Jornalista é baleada na saída da Sapucaí; ex-Esquenta segue sem movimento dos pés

A jornalista Nathalia Santos foi baleada na saída da Marquês de Sapucaí, na última segunda-feira (11) - 1º dia de desfiles das escolas de samba do Grupo Especial do Carnaval do Rio. A profissional, que participava do extinto 'Esquenta', passou por uma cirurgia e segue sem movimento nos pés.

Ela e o marido foram vítima de uma tentativa de assalto na avenida Ayrton Senna, no sentido Linha Amarela. O táxi em que o casal estava foi atingido por dois tiros. Um deles acertou o quadril da jornalista, que não corre risco de morte.

“Tive medo do que poderia acontecer comigo, como mãe, pensamos sempre nos nossos filhos em primeiro lugar, mas, graças a Deus, fui socorrida rapidamente e muito bem acolhida por toda a minha família, amigos e equipe”, disse Nathalia.

DETALHES DA AÇÃO

A jornalista, que é deficiente visual, participou do 'Encontro' desta quinta-feira (15). No bate-papo virtual com Patrícia Poeta, ela detalhou a ação dos bandidos: "A gente não recebeu a anunciação do assalto. Foi do nada, e a gente ouviu as duas balas. Falei: 'É tiro'. E que fui atingida". 

"Eu só pensava nos meus filhos e falava: 'não quero morrer, não quero morrer'. Na minha cabeça era: 'eu não quero deixar meus filhos agora'". Ela é mãe de Davi, de 3 anos, e Amora, de 9 meses, que ainda é amamentada pela mãe: "Estou morrendo de saudades", acrescentou.

SEM MOVIMENTO DOS PÉS

Internada no CTI, Nathalia passou por uma cirurgia no fêmur. No entanto, a bala segue alojada no quadril da jornalista, que segue sem o movimento dos pés: "Não é uma coisa que está me preocupando agora. Estou muito feliz de estar viva", celebrou.

"Se eu for ficar viva com esse pé mexendo ou não mexendo, Deus é que vai saber. Estou muito feliz de poder estar aqui contando essa história, porque poderia não estar”, afirmou. De acordo com os médicos, o quadro difícil já era esperado. Por isso, a recuperação pode ser demorada.

VERSÃO DO TAXISTA

O motorista do táxi em que o casal estava prestou depoimento à polícia sobre o caso. Segundo o taxista, três homens saíram de uma área de mato repentinamente. Mas, por conta da alta velocidade da via, não conseguiu parar o veículo. Por isso, os criminosos atiraram no carro.