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Câncer de mama: essa luta não é solitária!

Suzana Gullo, mulher de Marcos Mion, é uma das 57 mil brasileiras que foram (ou ainda serão) diagnosticadas com câncer de mama neste ano. O casal é a prova de que o apoio da família torna o tratamento mais eficaz e menos doloroso

Ana Bardella Publicado em 12/10/2016, às 10h00 - Atualizado em 07/08/2019, às 17h45

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Câncer de mama: essa luta não é solitária! - Marco Pinto/Revista Contigo
Câncer de mama: essa luta não é solitária! - Marco Pinto/Revista Contigo
Quem acompanha a carreira de Marcos Mion sabe que, em frente às câmeras, ele inventa todo tipo de maluquice. Mas a verdade é que, da porta de casa para dentro, o apresentador do programa Legendários é um dedicado pai de família. Do matrimônio com Suzana Gullo, com quem é casado há 11 anos, são frutos: Romeo (11), Donatella (8) e o caçula, Stefano (6). Apaixonado, ele usa as redes sociais sempre que possível para declarar seus sentimentos pelos quatro.
O apresentador já tinha impressionado os fãs pelo carinho e verdade com que lidou com o diagnóstico de autismo de Romeo. No mês de agosto, tomou a decisão de dividir com o público uma notícia bem dolorosa: a de que, no início do ano, sua mulher descobrira um câncer em uma das mamas e que havia passado recentemente por sessões de quimioterapia para fazer o tratamento. Na época com 39 anos, Suzana se manteve reservada e só resolveu se pronunciar, pelo Instagram, depois que essa fase do tratamento terminou: 

"Claro que receber um diagnóstico, ainda que precoce, de câncer de mama, não é fácil para nenhuma mulher. Temos várias fases: questionamento, tristeza, medo, insatisfação, até que atingimos a aceitação. E com ela vem a coragem, a luta! Para mim, a fé foi e será sempre uma grande aliada. Obrigada, meus amores, meu marido, meus médicos, meus filhos... Durante esse período vocês foram base, força, alegria, confiança e serenidade”.

A designer ainda frisou que, graças ao esposo, antecipou em dez meses seu diagnóstico. Isso porque sua consulta de rotina estava marcada somente para novembro, mas ele, ao sentir o caroço na região, fez com que procurasse o médico. Isso ressalta a importância do autoexame – e, como aconteceu com eles, até o marido pode ajudar. Para a AnaMaria, Mion esclareceu: 

"Apesar do intenso trabalho de conscientização, nunca achamos que vai acontecer conosco. Mas o câncer de mama não distingue raça, classe social, nem idade. O alicerce mais forte para o combate é a família. Tanto é que sempre me referi a ele no plural. ‘Nosso problema, nossa vitória’. Aprendi nesse processo o que é honrar com amor os votos do casamento. Pois estar junto na alegria é fácil. Quando fiquei sabendo que esse tipo de câncer, em alta escala, é acompanhado do divórcio, achei um absurdo. Nessas horas, o homem tem que ser a pilastra, o norte, a força e estar do lado, incondicionalmente, da sua esposa”. 

Apesar de já ter finalizado uma das fases mais agressivas do tratamento, Suzana ainda precisará passar por sessões de radioterapia antes de completá-lo. Mas, no intervalo entre esses dois processos, o casal resolveu fazer uma viagem especial: como ambos são católicos, foram para Portugal e França conhecer, rezar e peregrinar por pontos religiosos desses países. Mais um ponto positivo da parceria: a fé ajuda, sim!


De olho na prevenção!

Apesar de também acometer os homens, o câncer de mama é muito mais comum em mulheres. Heliégina Palmieris, ginecologista e mastologista do Hospital São Camilo, explica que as chances de desenvolvimento aumentam de acordo com: 
✔ Sobrepeso e sedentarismo 
✔ Primeira menstruação precoce (antes dos 11 anos) 
✔ Menopausa tardia (após os 55 anos)
✔ Ter histórico de câncer de mama ou ovários na família 
✔ Ser fumante
✔ Exposição prolongada à terapia de reposição de hormônios


Não esqueça os exames!
✔ Autoexame: a mulher deve se posicionar em frente ao espelho e tocar a mama direita com a mão esquerda e vice-e-versa. Assim, pode perceber qualquer anormalidade, como a existência de caroços, coloração avermelhada, líquidos (que não leite) saindo pelos mamilos ou posicionamento “errado” dos mamilos, como se eles estivessem para dentro. 

✔ Exames de rotina: ultrassom das mamas e mamografia (para as mulheres acima dos 40 anos) devem ser feitos anualmente. Para as mulheres com histórico familiar de câncer de mama, pode ser requerida também uma ressonância magnética. 

O diagnóstico precoce é fundamental, porque diminui o risco de mortalidade. Além disso, quando o tumor é descoberto cedo, há menos chances de a mulher precisar retirar a mama. O tratamento varia de caso para caso, mas em todos eles um ingrediente é fundamental: que a mulher seja apoiada por um parceiro, um familiar ou um amigo querido. Tudo isso torna o processo de cura mais eficaz.