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Idade é relativo! A vida sexual na terceira idade

Ao contrário do que muitos pensam, os idosos podem e devem praticar sexo se esse for o desejo deles e se tiverem condições para tal.

Dr. Paulo Camiz Publicado em 08/09/2017, às 14h00 - Atualizado em 07/08/2019, às 17h45

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Idade é relativo! A vida sexual na terceira idade - iStock
Idade é relativo! A vida sexual na terceira idade - iStock
"Meu pai, viúvo, arrumou uma namorada. Quais os prós e contras de ele ter uma vida sexual ativa na terceira idade?”

K. P., por e-mail

Se eles não possuem disposição para transar, pode-se ajudar com o que a medicina atual dispõe. Mas vale sempre lembrar dos cuidados necessários. Pode-se fazer tudo, desde que com segurança. No caso do envelhecimento com qualidade, existe a possibilidade de manutenção de vida sexual ativa. Além disso, a ajuda de medicamentos para disfunção erétil também viabilizou
essa realidade. Porém, é importante salientar que o uso de remédios deve ser precedido por avaliação médica e que, pelo esforço realizado por parte, principalmente, dos homens, pode resultar em eventos circulatórios, como o infarto do miocárdio. A favor da prática está o benefício emocional que essa fonte de prazer traz. Um idoso que desempenha a vida sexual na sua plenitude precisa estar bem biologicamente, psicologicamente e socialmente. Deve-se estar atento também, dependendo da idade da parceira, se existe o risco de gravidez. Logo, isso deve ser conversado e, se for o caso, prevenido. Também se faz importante o cuidado com quaisquer DSTs, em geral evitáveis com uso de métodos de barreira. No entanto, também vale considerar a realização de exames de sangue para o casal.

Sim, ainda é possível dar e receber prazer
Há no imaginário popular a ideia de que os idosos fazem pouco ou nunca praticam sexo. No entanto, pesquisas mostram que isso é um grande mito. Sim, a frequência diminui, mas segundo uma pesquisa realizada pela Universidade de São Paulo (USP) em seu núcleo de sexualidade no ano de 2013, a ampla maioria dos homens (87%) e pouco mais da metade das mulheres (51%) acima dos 61 anos têm uma vida sexual minimamente ativa.

Dr. Paulo Camiz é geriatra e professor da Faculdade de Medicina da USP. É também idealizador do projeto “Mente Turbinada”, que desenvolve exercícios para o cérebro. Para ler outros artigos escritos por ele, acesse ogeriatra.com.br

Envie suas perguntas para dr. Paulo Camiz pelo e-mail anamaria@maisleitor.com.br