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Qual é a real diferença entre sentir medo e sofrer de fobia?

Você sabe a real diferença entre sentir medo e sofrer de fobia?

Da Redação Publicado em 09/06/2019, às 09h00 - Atualizado em 07/08/2019, às 17h47

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A terapia cognitivo-comportamental (TCC) pode ser uma saída - Banco de Imagem/Getty Images
A terapia cognitivo-comportamental (TCC) pode ser uma saída - Banco de Imagem/Getty Images

O medo é um mecanismo de defesa atrelado à sobrevivência. A diferença entre ele e fobia? No segundo caso, a ansiedade é tão intensa que compromete a lucidez. Enquanto a fobia é irracional, o medo, embora instintivo, permite o acesso à razão para agir em uma determinada situação. 

Quando o indivíduo evita uma situação, a fobia é classificada como simples. Por exemplo, a pessoa não dirige, não voa de avião, não fala em público, não namora... E quando tenta, fracassa, reforçando o problema.

Um modelo? A fobofobia: fobia de sentir… fobia! O impacto é a limitação extrema, pois ao evitar fazer o que gera a fobia (viagem, palestra, namoro) nada acontece e a criatura se sente melhor. Isso, então, se torna uma escolha, ela fica sem aquilo e pronto. 

Mas e quando não é possível se esquivar de tal situação, como em uma profissão que exige voar? A terapia cognitivo-comportamental (TCC) pode ser uma saída. Por meio de estratégias elaboradas com o terapeuta, o paciente mudará a maneiras de pensar e agir. 

A autoajuda, em grupo ou não, também ajuda. Ambas começarão com uma mudança no estilo de vida, exercícios físicos, alimentação balanceada, sono regular, redução do consumo de álcool e cafeína.

Medicamentos são coadjuvantes: entram em cena só para amenizar períodos de ansiedade extrema. Quando transtornos ansiosos mais graves acompanharem as fobias simples, antidepressivos são indicados. 

Para reduzir possíveis sintomas físicos, como palpitações e tremores, existem algumas drogas. Os familiares podem ajudar a vítima a conscientizar-se do problema e incentivar a busca por ajuda profissional. 

Desestigmatizar o transtorno é algo que todos devemos fazer, especialmente quem convive com alguém com o problema. Não reforçar as fobias mas também não negar que elas sejam sentidas pela pessoa.

LUIZ SCOCCA é psiquiatra com mais de 20 anos de atendimento em consultório próprio, além da participação em grupos de estudo, congressos e projetos sociais.