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Aborto espontâneo: saiba por que acontece e os fatores de risco

Se o aborto se tornar algo recorrente, é recomendável procurar um atendimento médico

Da Redação Publicado em 25/12/2020, às 21h00

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Aborto espontâneo é a perda de uma gestação em sua fase inicial - 1388843/Pixabay
Aborto espontâneo é a perda de uma gestação em sua fase inicial - 1388843/Pixabay

Um dos assuntos que as minhas pacientes mais temem é o aborto. Primeiramente, vamos ao conceito: aborto espontâneo é a perda de uma gestação em sua fase inicial. Legalmente no Brasil, se constitui um aborto a perda do feto/embrião até 20 semanas e com peso inferior a 500 gramas. 

As causas podem ser várias. É possível atuar, no entanto, nos casos de insuficiência lútea, em que a queda da produção de progesterona pode causar a interrupção da gravidez. Consegue-se, por exemplo, melhorar as condições da camada interna do útero, o endométrio, para que o embrião consiga aderir a ele e formar a placenta. 

Porém, a malformação do embrião é algo que pode ocorrer e não tem como reverter. Essa malformação, caso seja incompatível com a vida, levará ao abortamento, independentemente de qualquer ação da paciente, do médico ou de ambos. Algo que ressalto ser bem importante são os sinais de que algo de errado na gestação está ocorrendo. 

Mulher com gestação confirmada e que apresente sangramento vaginal com cólica em baixo ventre deve procurar o médico. Vale dizer que o sangramento vaginal pode ocorrer nos três primeiros meses de gestação e não representar abortamento. 

De qualquer forma, mesmo nesse caso, deve-se avisar ao médico. E também ficar atenta se os sintomas da gestação (náuseas, vômitos, alteração de apetite, distúrbios do sono) cessarem de repente. Isso pode ocorrer por perda do embrião ou porque a mulher atingiu o segundo trimestre de gravidez (quando tais sintomas tendem a melhorar). 

Lembro sempre que o aborto é, em sua maioria, uma ação natural para evitar a evolução de uma gravidez com um feto sem condições de sobreviver. Porém, se o aborto se tornar algo recorrente (se ocorrer pelo menos duas vezes seguidas),é recomendável procurar um atendimento médico para que se possa avaliar se há ou não um problema específico que possa ser a causa do abortamento.

ALEXANDRE PUPO Ginecologista do Hospital Sírio-Libanês, obstetra, membro do corpo clínico do Hospital Albert Einstein. Ele também é mastologista e membro titular do núcleo de mastologia do Hospital SírioLibanês. É diretor clínico da Clínica Souen, onde atende: www.clinicasouen.com.br