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Alivie o sofrimento de trabalhar em pé

Dores nas costas, joelhos, calcanhares, pés... São tantos os problemas de quem não pode sentar durante o dia que até o humor acaba

Ana Bardella Publicado em 01/11/2017, às 14h00 - Atualizado em 07/08/2019, às 17h45

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Alivie o sofrimento de trabalhar em pé - iStock
Alivie o sofrimento de trabalhar em pé - iStock

Cabeleireiros, funcionários de fábricas, vendedores de lojas, diaristas... Quem passa o tempo todo em pé sabe bem dos desconfortos. Não à toa uma pesquisa realizada pela empresa Pés sem Dor revelou: para seis em cada dez trabalhadores bastam três horas nessa posição para que as dores comecem a incomodar. O resultado disso? Funcionários insatisfeitos e que rendem muito menos em suas tarefas. “Esses desconfortos reduzem a capacidade produtiva, o humor e prejudicam até mesmo a relação entre os colegas”, adverte Mateus Martinez, fisioterapeuta-chefe da marca. Saiba por que essas complicações aparecem e como evitá-las:

Qualidade de vida
Ao passar muitas horas em pé, a pressão nos discos (que servem para distribuir a carga da coluna) aumenta. “No início, a origem das dores costuma ser muscular. Mas, com o passar do tempo, o quadro pode evoluir para rupturas na cartilagem e até uma hérnia de disco”, alerta Orlando Righesso Neto, ortopedista e coordenador da Comissão de Campanhas da Sociedade Brasileira de Coluna. A posição costuma gerar dores na parte de baixo das costas, joelhos, tornozelos e pés. “Essa situação afeta a satisfação do trabalhador. Tanto que aproximadamente três em cada dez deles estão em busca de outro emprego”, completa Thomas Case, coautor do estudo.

Além das dores
Outros problemas, tais como calos, bolhas, fungos, inchaço e unhas encravadas também podem surgir devido às condições de trabalho. E doem! Principalmente para os funcionários que precisam utilizar sapatos específicos, como botas de bico de aço ou de borracha. Os saltos altos (que muitas mulheres usam diariamente nos ambientes corporativos por diversos motivos) contribuem igualmente para o desenvolvimento de problemas nos pés. Também por isso, a incidência dos sintomas no sexo feminino é mais recorrente do que no masculino. Além disso, a posição é maléfica para a circulação do sangue. O retorno venoso pode ficar comprometido com o tempo e aparecem varizes.

Não é brincadeira!
Sabia que as faltas no trabalho aumentam conforme o número de horas que a pessoa passa de pé? Três em cada dez mulheres já se ausentaram do emprego pelo menos uma vez por estarem sofrendo com dores. Até mesmo o risco de acidentes no trabalho sobe por esse motivo: quem é do sexo feminino e passa mais de oito horas por dia em pé ou caminhando tem um risco 54 vezes maior de se acidentar do que aquelas que passam o expediente sentadas! Viu só que perigoso? Sentir dor não é normal. Pelo contrário: trata-se de um indício de que o
funcionamento do corpo não anda bem. Por isso, se o desconforto for muito intenso, estiver evoluindo ou persistir por mais de um mês, procure um ortopedista. E evite a automedicação, pois ela pode mascarar sinais de uma lesão mais profunda. Vale a pena ficar esperta
para se sentir melhor!

Prevenir é o melhor remédio!
Para os autores da pesquisa, tomar medidas preventivas é mais eficaz e econômico do que deixar o tempo passar de mãos atadas. Confira algumas dicas do ortopedista para aliviar seus desconfortos e não permitir que eles evoluam para algo mais grave:


■ Alternância de postura: procure ficar somente uma hora em pé e faça intervalos curtos (de, no mínimo, cinco minutos) para descansar. Isso alivia a pressão sob a coluna.


■ Pratique exercícios que melhorem a postura. Entre os mais recomendados estão RPG, pilates e ioga.


■ Evite o cigarro e procure manter uma alimentação equilibrada. O sobrepeso piora (e muito) os sintomas. 

■ Utilize meias de compressão de acordo com a recomendação do seu médico. Elas facilitam a circulação do sangue e aliviam a sensação de cansaço nas pernas. 


■ Avalie as condições de trabalho. Ficar debruçada sobre um balcão muito baixo, por exemplo, pode prejudicar sua saúde.


■ Pergunte ao ortopedista se existe a necessidade de utilizar palmilhas ortopédicas. Elas também são aliadas na luta contra as dores.