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Comer Intuitivo: aprenda a desconstruir as dietas restritivas e mudar a sua relação com a comida

Especialista explica que é preciso aprender a diferenciar a fome real da emocional

Raquel Borges Publicado em 25/01/2021, às 08h00

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O 'comer intuitivo' descomplica a forma de lidar com a comida - silviarita por Pixabay
O 'comer intuitivo' descomplica a forma de lidar com a comida - silviarita por Pixabay

Enquanto algumas pessoas descontam suas frustrações na comida, outras se privam de alguns alimentos para manter a forma e entrar num padrão “aceito” pela sociedade. Uma abordagem conhecida como comer intuitivo define que esses comportamentos não são eficazes, pois o ideal é ter uma relação saudável com a comida, conhecer o próprio corpo e as emoções.

O método baseia-se no princípio de que as dietas restritivas não funcionam e a pessoa precisa se alimentar quando estiver com fome e parar ao se sentir saciado, seguindo um processo intuitivo, de acordo com
a sabedoria interna do corpo. 

Segundo a nutricionista e fisiculturista, Dani Borges, “É preciso consumir os nutrientes que o seu corpo precisa. Aprender a identificar os sinais de fome e diferenciar a fome real da emocional.

É uma abordagem que busca contribuir para o bem-estar e equilíbrio alimentar”. Além de construir uma conexão mais saudável com a comida, o comer intuitivo traz ainda outras consequências positivas. Estudos constataram que pessoas que adotaram o método apresentaram melhoras de autoestima, imagem corporal e qualidade de vida. 

Confira os dez passos que garantem a conexão entre mente, alimento e corpo.

1- REJEITAR A MENTALIDADE DE DIETA 
A alimentação se dá de forma flexível e harmônica. Regras não se sustentam por muito tempo quando o assunto é comida.

2- HONRAR A FOME
O corpo tem necessidades fisiológicas e é disso que se trata a fome. Por isso, é preciso aprender a reconhecer os sinais: queda de energia, dor de cabeça, entre outros. Além disso, os horários em que ocorrem também são importantes. Pessoas que realizam refeições muito tarde, repletas de carboidratos de alto índice glicêmico e logo vão dormir, têm maior propensão de ganhar peso.

3- FAZER AS PAZES COM A COMIDA
Esse princípio trabalha a permissão incondicional para comer, considerando suas preferências.

4- DESAFIAR O 'POLICIAL ALIMENTAR'
Há quem se alimente à espera de alguém para culpá-lo, como se houvesse sempre um policial fiscalizando se você está cumprindo as “regras” da dieta.

5- SENTIR SACIEDADE
Saber identificar os sinais que o corpo expressa quando está satisfeito, honrando não apenas a fome, mas também a hora de parar de comer.

6- DESCOBRIR O FATOR DE SATISFAÇÃO
Quais alimentos, em termos de sabor, textura, aroma, aparência, temperatura e volume satisfazem você?

7- LIDAR COM AS EMOÇÕES SEM RECORRER À COMIDA
Usar a comida como válvula de escape, muitas vezes, revela a incapacidade de lidar com as emoções. É preciso, portanto, aprender a se confortar sem envolver a alimentação nisso.

8- RESPEITAR O CORPO
O que seu corpo significa para você? Saber a importância dele ajuda a construir uma relação de respeito, que faz com que você tenha mais honra em relação ao que colocará dentro dele.

9- EXERCITAR-SE
O objetivo deve ser o bem-estar corporal.

10- NUTRIÇÃO GENTIL
Escolhas devem ser feitas para honrar o corpo, a saúde e o paladar. “Uma nutrição gentil significa adotar uma alimentação e
hábitos saudáveis, sem seguir um padrão predeterminado de dieta.

COMO APLICAR
Inicie aos poucos, criando uma mentalidade que rejeite o termo dieta, principalmente aquelas que não são individualizadas. “Respeite os sinais de fome, não trate a comida como ruim ou que não pode, aprenda a identificar a saciedade, respeite seu corpo, aceite a sua genética. Faça atividades físicas que proporcionem prazer e bem-estar”, afirma a profissional.