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Dr. Drauzio explica tudo sobre a menopausa

Um dos médicos mais conceituados do Brasil ensina a atravessar essa fase sem perder a qualidade de vida

Ana Bardella Publicado em 04/11/2016, às 10h00 - Atualizado em 07/08/2019, às 17h45

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Dr. Drauzio explica tudo sobre a menopausa - Shutterstock
Dr. Drauzio explica tudo sobre a menopausa - Shutterstock
O intervalo maior entre as menstruações é só o primeiro de uma série de sintomas que chegam com o climatério (período que antecede a menopausa) e que podem se estender por anos. Por sorte, algumas mulheres passam por essa fase sem sofrer. Já para outras o tormento é grande. As ondas de calor, o ganho de peso, o humor instável e a falta de apetite sexual comprometem (e muito) a qualidade de vida. Durante o 11º Encontro de Mulheres, organizado pelas Farmácias Pague Menos, conversamos com Drauzio Varella, que destaca as principais queixas femininas e o que pode ser feito para aliviá-las.


Ondas de calor
É natural que, com a aproximação da menopausa, as mulheres sintam calores seguidos de arrepios. Eles também podem acontecer durante a noite, algo que prejudica a qualidade do sono. “O que pode reduzir a intensidade das crises é a reposição hormonal”, adianta o médico. O problema está nas pacientes que, por algum motivo, não podem recorrer a esse tratamento, como aquelas que sofrem com o câncer de mama. “Acompanho de perto as pesquisas sobre esse assunto, mas até hoje não foi descoberta uma alternativa para aliviar o sintoma. A única prática que reduz um pouco o incômodo é a atividade física”, explica. Drauzio esclarece, ainda, que esse mal pode se estender por alguns anos. Estudo publicado na Suécia no final de 2014 concluiu que, quanto mais cedo os calores começam, mais tarde eles terminam. Na prática, a mulher que começa a ter ondas de calor antes mesmo de entrar no climatério, quando sua menstruação ainda está regular, leva em média sete anos para se livrar deles. Já as que  só são afetadas quando as menstruações já foram interrompidas demoram cerca de três anos para se sentirem melhor.


Ganho de peso
É fundamental que a mulher passe a prestar mais atenção na alimentação quando entra na menopausa. É que a queda dos hormônios sexuais facilita a subida dos ponteiros da balança. “O ideal é cortar o máximo possível os carboidratos”, alerta Drauzio. O sedentarismo também pode contribuir para o acúmulo de gordura no corpo, sobretudo no quadril. Por isso, se movimentar é fundamental.


Humor instável
“Algumas pacientes dizem: ‘Meus filhos estão criados, meu marido gosta de mim e não tenho problemas sérios... Mas, de repente, me dá uma vontade de chorar!”, conta o médico. O choro fácil e a irritabilidade não precisam mesmo de motivos pra acontecer. Eles aparecem assim, de  supetão. Na opinião de Drauzio, o caminho para se sentir melhor também passa pela prática de exercícios físicos, que ajuda a colocar o humor lá para cima.


Falta de desejo
Parte das mulheres não sente alteração na vida a dois. Em compensação, outras perdem pra valer o apetite sexual. “É como se algo
desligasse na cabeça”, explica o especialista. “Casamentos chegam a terminar nessa fase, porque os homens não compreendem o
que está acontecendo. Eles acreditam que o problema é pessoal e está relacionado a eles”, completa. A reposição hormonal também é o tratamento mais indicado para a ausência de libido. Além disso, algumas medidas locais (como cremes vaginais com
estrogênio) podem melhorar a sensação de secura vaginal.


Mais ativa!
Você deve ter percebido que um dos conselhos mais frequentes de Drauzio para aliviar os sintomas da menopausa é se movimentar.
Quer saber quais as práticas mais indicadas por ele? Exercícios vigorosos, como correr, andar de bicicleta e nadar. Isso mesmo! O
próprio médico é adepto das corridas e garante: apesar de nosso corpo ser ‘preguiçoso’ por natureza (já que seu primeiro impulso é o repouso e não o movimento), se nos dedicamos às atividades físicas, o organismo agradece!


Mais uma questão 
A falta de lubrificação da região íntima não é um problema só durante o sexo. Ela também favorece o aparecimento de infecção urinária, pois a mulher acaba perdendo as defesas imunológicas da entrada da vagina, algo que facilita o acesso de germes na região.