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Bem-estar e Saúde / Saúde feminina

Dúvidas sobre DIU: Separamos 10 mitos e verdades em relação ao contraceptivo

Tiramos as principais dúvidas sobre DIU, um tema popular entre as mulheres

Da Redação Publicado em 01/02/2022, às 08h00

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Quais são as principais dúvidas sobre DIU? Confira! - Unsplash
Quais são as principais dúvidas sobre DIU? Confira! - Unsplash

O dispositivo intrauterino (DIU) é um dos métodos contraceptivos mais seguros para as mulheres, podendo ser colocado de forma gratuita no Brasil pelo Sistema Único de Saúde (SUS). No entanto, apesar de seus vários benefícios, este é um método usado por apenas 3% da população feminina do país, segundo dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

Para desvendar as principais dúvidas sobre o DIU, e desmistificar o assunto, AnaMaria Digital conversou com o ginecologista e obstetra César Patez, que comenta os 10 mitos e verdades mais comuns quando o assunto é o dispositivo intrauterino. Confira!

É possível engravidar com o DIU? VERDADE

Nenhum método contraceptivo disponível atualmente apresenta 100% de eficácia. Portanto, é possível engravidar com o DIU ou com qualquer outro dispositivo. A diferença é que o DIU tem uma das taxas mais altas de eficácia. “As chances de engravidar são muito pequenas, podendo variar de 0,2 a 0,7 %. Mas, sim, elas existem”, explica o médico.

DIU aumenta o risco de infecção na mulher: DEPENDE

César Patez afirma que esse risco é real, mas geralmente diminui bastante após o primeiro mês de colocação do DIU. “É um quadro que pode ser tratado com antibióticos. E o DIU pode ser deixado no lugar, a menos que a infecção persista após o tratamento.”

DIU atrapalha a amamentação: MITO

Segundo o especialista, isso não passa de um mito. “Não atrapalha e nem possui nenhuma contraindicação. O DIU poderá ser colocado assim que o útero retornar ao tamanho e forma originais”, aponta.

Mulheres que nunca tiveram filhos podem usar: VERDADE

Não há nenhum impeditivo de colocação do DIU para mulheres sem filhos: “Desde que ela já tenha tido relação sexual, é possível colocar. É importante ressaltar que, antes da colocação, deve ser realizada uma ultrassonografia endovaginal para avaliarmos o tamanho e posição do útero. Assim, o profissional de saúde irá escolher o DIU mais adequado.”

O DIU é um método abortivo: MITO

Outro mito frequente que envolve o método contraceptivo. “O DIU impede uma gravidez ao impossibilitar a junção do óvulo com o espermatozoide. Por causa disso, o dispositivo age muito antes da fecundação, de forma que não há como ele provocar um aborto”, afirma o ginecologista e obstetra.

DIU atrapalha a relação sexual: MITO

“O DIU tem um fio muito fino que é usado para sua retirada quando for o momento necessário, mas ele não atrapalha a relação sexual nem causa prejuízos ao prazer da mulher”, enfatiza.

DIU tem contraindicação: VERDADE

Pacientes com infecção ginecológica ativa, anormalidades anatômicas do útero e câncer nessa mesma região não devem utilizar o DIU. “Se há gravidez presente ou suspeita, também não é recomendado, pois há elevado risco de aborto”, acrescenta.

A implantação do DIU é muito dolorida: MITO

Pelo contrário, a implantação do método é uma das que provocam menos dor e desconforto para a mulher. “Isso porque o procedimento pode ser realizado com anestesia local, o que minimiza qualquer possível dor. No dia seguinte, algumas cólicas podem surgir, mas não é regra. A maioria das mulheres não sente nenhum incômodo”, garante Patez.

O DIU pode alterar o fluxo menstrual: DEPENDE

Inicialmente, nos primeiros ciclos após a colocação do DIU, é possível que as cólicas e o fluxo aumentem, mas a tendência é que diminuam com o tempo. “Isso quando estamos falando do DIU de cobre. Já o DIU hormonal pode tornar o fluxo mais leve e diminuir as cólicas em alguns casos”, pontua.

O DIU pode prejudicar a fertilidade da mulher: MITO

Não passa de mito, de acordo com Patez. “Quem faz o uso do dispositivo e decide engravidar, precisa apenas procurar seu ginecologista para retirar o dispositivo. É um procedimento simples. Pouco tempo depois, a fertilidade é restabelecida no organismo e a mulher pode engravidar novamente”, completa.