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Eles também podem ter câncer de mama

Como ninguém cogita que a doença pode atingir o sexo masculino, o diagnóstico é feito tardiamente. Isso dificulta bastante o tratamento

Raquel Maldonado Publicado em 09/12/2016, às 14h51 - Atualizado em 07/08/2019, às 17h45

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Eles também podem ter câncer de mama - Istock
Eles também podem ter câncer de mama - Istock
Aposto que muita gente vai arregalar os olhos, mas os homens podem, sim, ser vítimas de tumores na mama. Ainda que apenas 1% do total de casos os atinja – enquanto 14 mil brasileiras morrem por ano dessa doença, menos de 200 homens têm o mesmo destino –, a questão merece vigilância constante.


Descoberta tardia
Como ninguém cogita a doença em homens, o diagnóstico é feito muito tarde. Em muitos casos, o câncer é flagrado em estágio avançado, quando já não existe chance de cura. Por isso, os tumores mamários em homens matam proporcionalmente mais do que os femininos. O preconceito também é um empecilho. “Eles acham que a mama está relacionada à masculinidade. Mesmo notando algo errado, não procuram o mastologista por acharem que é médico de mulher”, diz a patologista Cristiane Nimir, do Núcleo de Mastologia do Hospital Sírio-Libanês (SP).


Cada vez mais comum
Os casos vêm aumentando e a idade das vítimas, diminuindo. “O câncer era detectado em homens mais velhos, e acontecia, principalmente, por alteração genética. Hoje, o uso de hormônios nas academias favorece a doença em pacientes com predisposição
à doença”, diz. Essas substâncias fazem a mama se desenvolver e o tumor acaba aparecendo.


A prevenção
Manter o peso e fazer exercícios regularmente é sempre a melhor opção. Ficar de olho no histórico familiar também é essencial para se proteger. “Ter muitos parentes com câncer é um fator de risco. Se existe histórico de câncer de mama na família, independentemente de ser em homens ou mulheres, com idade abaixo de 45 anos, é bom ficar atento”, explica a médica. Além disso, um especialista deve ser ouvido diante de qualquer alteração. “Nas mulheres, a glândula mamária dificulta a percepção. No homem é mais fácil detectar”, complementa. Alguns sinais que merecem a sua atenção: carocinho na mama, textura diferente da
pele, líquido saindo.


A busca pela cura 
O tratamento é exatamente igual ao da mulher. Quimio, radio e hormonoterapia fazem parte da programação, dependendo da agressividade da doença. Cada caso é um caso, mas geralmente os pacientes são submetidos à mastectomia (retirada da mama). A diferença é que a cirurgia é menos mutiladora, pois a mama masculina é muito pequena.