AnaMaria
Busca
Facebook AnaMariaTwitter AnaMariaInstagram AnaMariaYoutube AnaMariaTiktok AnaMariaSpotify AnaMaria
Bem-estar e Saúde / ATENÇÃO

Está arrancando os cabelos? Pode ser tricotilomania; entenda a condição

O tratamento pode envolver um tempo de medicação, porém as terapias são as abordagens mais importantes

Da Redação Publicado em 04/07/2020, às 08h00 - Atualizado em 06/07/2020, às 19h37

WhatsAppFacebookTwitterFlipboardGmail
O tratamento pode envolver um tempo de medicação, porém as terapias são as mais importantes abordagens desse transtorno - Lisa Redfern/Pixabay
O tratamento pode envolver um tempo de medicação, porém as terapias são as mais importantes abordagens desse transtorno - Lisa Redfern/Pixabay

Muita gente tem o hábito de arrancar os cabelos. E a isso se dá o nome de tricotilomania, ou seja, uma desordem comportamental caracterizada pelo impulso incontrolável de arrancar pelos, fios ou tufos de cabelo

Algumas áreas chegam a apresentar falhas decorrentes dos puxões – e isso causa vergonha, porém, ainda assim, quem tem o problema não consegue parar. E, a partir do momento que a pessoa tenta não puxá-los, a ansiedade aumenta. 

O mal age como uma droga e, não à toa, é classificado como transtorno do impulso. Quando ela finalmente puxa o cabelo, experimenta uma sensação de alívio. Há casos que o paciente mastiga e até engole os fios, o que pode causar uma obstrução do estômago ou outra parte do aparelho digestivo, sendo necessário até a realização de cirurgia. 

O ato em si está ligado a emoções negativas ou positivas, como estresse e relaxamento. Se você se viu nesses sintomas e se sente com vergonha ou impotente para se livrar do mal sozinha – o que muitas vezes acontece –, recorra à ajuda de um psiquiatra. Como foi dito, isso não é só um hábito ruim, é um transtorno mental. 

O problema acontece especialmente com os jovens (aparece no início da adolescência e pode durar a vida toda) e, muitas vezes, é genético. O especialista deve avaliar a área afetada, levantar uma série de questões a respeito dos sentimentos envolvidos, verificar se afetou outra parte do corpo e se há outra doença por trás da tricotilomania (depressão, ansiedade, transtorno obsessivo-compulsivo). 

O tratamento pode envolver um tempo de medicação, porém as terapias são as mais importantes abordagens desse transtorno. 

As chamadas terapias cognitivo-comportamentais, terapia de aceitação e comprometimento e treino de reversão de hábito. É triste ver uma pessoa nesse estado, temos que procurar entender que se trata de um transtorno. E ajudá-la antes de criticá-la.

LUIZ SCOCCA é psiquiatra com mais de 20 anos de atendimento em consultório próprio, além da participação em grupos de estudo, congressos e projetos sociais. Formado pela USP e membro das associações brasileira e americana de psiquiatria: ABP e APA.