AnaMaria
Busca
Facebook AnaMariaTwitter AnaMariaInstagram AnaMariaYoutube AnaMariaTiktok AnaMariaSpotify AnaMaria
Bem-estar e Saúde / Organismo

Fez exame de sangue e está com colesterol alto? Saiba como abaixar a taxa

Saiba como abaixar a taxa de colesterol no sangue

Júlia Arbex Publicado em 06/10/2019, às 15h00

WhatsAppFacebookTwitterFlipboardGmail
O colesterol é dividido popularmente entre “bom”, o HDL, e “ruim”, o LDL - Banco de Imagem/Getty Images
O colesterol é dividido popularmente entre “bom”, o HDL, e “ruim”, o LDL - Banco de Imagem/Getty Images

Embora muitas pessoas achem o colesterol maléfico, ele é primordial para o bom funcionamento do organismo

“A substância é um tipo de lipídio (gordura) que está naturalmente presente no corpo humano (75%) e o restante, 25%, é obtido por meio da alimentação. Ele é responsável pela estruturação da membrana das células, produção de hormônios, absorção de vitaminas lipossolúveis (A, D, E e K) e produção da vitamina E”, explica Bianca Bayer, nutricionista da Clínica Michelle Freitas (SP). 

O problema: o excesso, que, geralmente, está associado às doenças cardiovasculares, como infarto e acidente vascular cerebral (AVC).

Saiba como deve ser a dieta de quem precisa abaixar os níveis de colesterol no sangue. Se for seu caso, além de mais qualidade de vida, prepare-se para, de quebra, se despedir de alguns quilinhos!

O BOM E O RUIM 
O colesterol é dividido popularmente entre “bom”, o HDL, e “ruim”, o LDL. Essas siglas são lipoproteínas responsáveis por transportar o colesterol da corrente sanguínea para outros órgãos do corpo. 

A HDL significa lipoproteína de alta densidade. Já o LDL quer dizer lipoproteína de baixa densidade. 

“O LDL é aquele responsável por transportar o colesterol para células e tecidos. Ele recebeu esse nome porque quando seu nível está elevado, ocorre um acúmulo nas paredes arteriais que carregam o sangue para o cérebro e o coração. Com o passar o tempo, esse acúmulo se transforma em placas de gordura que vão reduzindo cada vez mais o fluxo de sangue, aumentando o risco de ataque cardíaco ou isquemia cerebral (falta de oxigenação adequada no cérebro). É considerado um valor alto quando é igual ou superior a 130 mg/ dL. Se o indivíduo já teve um problema cardiovascular ou possui algum outro fator de risco (tabagismo, excesso de peso, sedentarismo), seu controle deve ser mais rigoroso”, afirma Bianca. 

Já o HDL transporta o colesterol dos órgãos e tecidos para o fígado e, assim, evita o desenvolvimento de doenças cardíacas. É considerado um nível bom acima de 40 mg/dl, sendo ótimo acima de 60 mg/dl. “Para saber o colesterol total, basta fazer a soma dos dois tipos e seu valor não deve ultrapassar 190 mg/ dl”, diz ela.

COMO TER EQUILÍBRIO 
O primeiro passo para evitar e tratar o problema é aderir a uma dieta variada, na qual os alimentos in natura devem ser priorizados. A prática regular de atividade física (50 minutos, cinco vezes por semana) também se faz essencial. 

“Recomenda-se o uso de medicamentos quando as mudanças de hábito de vida não surtiram o efeito desejado. Ou, ainda, quando os níveis de colesterol são extremamente elevados e apenas a mudança de hábitos não vai colaborar. Pacientes que já tiveram doença nas artérias devem tomar medicação”, ressalta o cardiologista Marcelo Cantarelli. 

OS PERIGOS
“O acúmulo de colesterol ocorre lentamente e não causa, a princípio, sintomas. Ao longo dos anos, porém, seu excesso é fator crucial para a formação de aterosclerose, que pode causar a obstrução parcial ou total dos vasos sanguíneos, favorecendo a ocorrência de doenças cardíacas. Realizar exame de sangue é a maneira mais segura para ver se o nível de colesterol está dentro dos limites normais ou não”, pondera Nágila Raquel Teixeira Damasceno, diretora executiva do departamento de nutrição da Sociedade de Cardiologia do Estado de São Paulo. 

O exame deve fazer parte do check-up anual de todos os adultos, mas a frequência deve ser maior ainda nos indivíduos obesos e fumantes, e com um histórico familiar de doenças cardiovasculares. 

A ALIMENTAÇÃO IDEAL
O colesterol está presente, principalmente, em alimentos de origem animal, ou seja, carnes, frutos do mar, leite e derivados. Por isso, a principal mudança é a redução no consumo desses alimentos. A professora do curso de Nutrição da Anhanguera Santana, Amanda Barbosa Neto, deu mais dicas 

Prefira 

  • Alimentos integrais;
  • Frutas, legumes e verduras cruas e cozidas;
  • Leite e derivados desnatados;
  • Corte de carne bovina magra (paleta, patinho, coxão duro/mole, maminha); 
  • Alimentos grelhados, cozidos e no vapor; 
  • Alimentos in natura; 
  • Farelo de aveia; 
  • Leguminosas (feijão, grão-de-bico, lentilha, ervilha); 
  • Azeite extravirgem. 

Evite

  • Pão refinado, arroz, massas, biscoitos, cereais com açúcar;
  • Bolos e sorvetes; 
  • Salsichas, salames, toucinho, costelas, vísceras e embutidos em geral;
  • Queijos amarelos e cremosos, gema de ovo, leite e iogurte integral; 
  • Manteiga, margarina sólida, óleo de coco; 
  • Alimentos fritos (batata frita, coxinha); 
  • Alimentos ultraprocessados (salgadinhos); 
  • Molhos prontos para salada;
  • Uso de bebidas alcoólicas.