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Não é frescura: entenda a rinite e outras alergias respiratórias

Você tem aquela amiga que não para de espirrar e vive com o nariz vermelho? Pode até parecer capricho, mas isso pode levar a complicações bem mais sérias

Izabel Duva Rapoport Publicado em 23/05/2018, às 11h51 - Atualizado em 07/08/2019, às 17h46

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A família toda merece atenção - Shutterstock
A família toda merece atenção - Shutterstock

Sofrer com espirros e nariz escorrendo não é apenas um incômodo passageiro para quem tem rinite, asma ou qualquer outra alergia respiratória. Além de não conseguir se concentrar direito nas atividades do dia a dia porque não para de espirrar e passar a noite em claro porque a garganta coça, a pessoa alérgica corre o risco de ter complicações mais sérias na sua saúde, se não tiver alguns cuidados na rotina. E esse é um alerta para muitas pessoas! De acordo com Mariana Sasse, gerente médica da GSK, as doenças alérgicas afetam cerca de 30% da população mundial. "Ou seja, se você não é alérgico, é muito provável que alguém muito próximo a você tem ou já teve alguma crise", diz. 

E por ser comum, muitas pessoas acabam não dando a devida atenção. "Para muita gente, isso pode parecer mero capricho. Porém, a verdade é que as alergias respiratórias incomodam, fazem as crianças perderem aula, reduzem nossa produtividade, nos impedem de ter um sono reparador e diminuem nossa qualidade de vida", afirma Felipe Prado, diretor da Sterilair, aparelho de ar que ajuda a combater as causas de alergia como ácaros, poeira doméstica, mofo (fungos), pelos e penas de animais, pólen, cigarro, perfumes e odores fortes.

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A alergia respiratória também é considerada crônica. "A asma e a rinite são doenças inflamatórias crônicas das vias respiratórias, desencadeadas pela exposição frequente e repetida aos alérgenos inaláveis e agravada por poluentes ambientais. Por isso, é fundamental que as pessoas tenham cuidados frequentes com a casa e com a saúde", alerta a médica. Entre os primeiros sintomas estão espirros, congestão nasal, coriza, prurido nasal, inchaço dos lábios e das vias respiratórias e irritação dos olhos.

Rinite e asma 
De acordo com Mariana, nem sempre uma doença desencadeia a outra, mas existe uma relação muito frequente entre elas. "Cerca de 80% das pessoas que têm asma apresentam também rinite. Por outro lado, a rinite alérgica é considerada um fator de risco para a asma, sendo observado que em torno de 40% dos pacientes com rinite apresentam asma", conta. Segundo dados da Associação Brasileira de Alergia (ASBAI), a rinite atinge mais de 2 milhões de pessoas no Brasil, acometendo quase 30% das crianças e adolescentes, e seus sintomas ficam restritos às vias aéreas superiores e aos olhos. Já a asma pode se desenvolver a partir da rinite e apresenta sintomas como tosse, chiado no peito, falta de ar e cansaço. Segundo Felipe Prado, além de reduzir a qualidade de vida, essas alergias podem levar a complicações como: 

Respiração pela boca
Por causar o congestionamento do nariz de forma crônica, uma das complicações mais comuns da rinite é a respiração pela boca, que acontece principalmente à noite. Dessa forma, a pessoa pode apresentar um ressecamento das mucosas, o que aumenta a tendência a inflamações e infecções de garganta, além de diminuir a qualidade do sono e provocar os tão desagradáveis roncos.

Tendência a apresentar outras doenças

Faringite e laringite: as secreções nasais escorrem para essas vias, favorecendo a tosse e a irritação local. O ressecamento das mucosas também contribui para uma maior chance de inflamação e infecção na garganta.

Conjuntivite alérgica: ocorre principalmente nas pessoas com alergia ao pólen. Além de piorar a rinite, deixa os olhos vermelhos, coçando e lacrimejantes.

Sinusite: surge em até 70% das pessoas com rinite em consequência da inflamação e do inchaço da mucosa nasal, que atrapalham a saída da secreção e criam um ambiente favorável ao desenvolvimento de bactérias e das infecções.

Otite média: a rinite leva a uma disfunção da tuba auditiva, causando inflamação e infecção. É mais comum em crianças e se manifesta por sintomas como dor, febre e até mesmo perda da audição.

Asma: a rinite é um fator de risco para o desenvolvimento da asma, pois há uma tendência para a chamada hiper-reatividade brônquica, condição em que os brônquios têm uma reação exagerada aos alérgenos.

Como evitar
As alergias respiratórias não têm cura, mas a prevenção e o tratamento contribuem para uma boa qualidade de vida. Dessa forma, a melhor maneira de fugir das crises é evitar o contato com os alérgenos adotando medidas como:

• Limpar a casa com aspirador de pó e pano úmido

• Abrir janelas e manter armários bem ventilados para evitar o mofo

• Consertar infiltrações para evitar o excesso de umidade

• Ficar longe do cigarro e da fumaça

• Lavar roupas de cama e cobertores com frequência

• Impedir que os animais de estimação entrem no quarto da pessoa alérgica

• Eliminar tapetes, carpetes e objetos que acumulem pó (como bichos de pelúcia)

• Usar aparelho de purificação do ar para eliminar ácaros, fungos, odores de animais e cheiro de cigarro. "Dê preferência a um purificador de ar que não necessite de troca de filtro e que tenha um baixo consumo de energia, assim ele poderá ficar ligado 24 horas por dia", recomenda o especialista.