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O que o ciclo menstrual diz sobre seu corpo

Algumas características da menstruação podem sinalizar a presença de doenças ou de outras alterações que precisam ser tratadas. Fique atenta!

Silvia Regina Publicado em 29/09/2015, às 10h00 - Atualizado em 07/08/2019, às 17h44

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saúde ciclo menstrual 988 - shutterstock
saúde ciclo menstrual 988 - shutterstock
Talvez você não acredite, mas a menstruação pode dizer muito sobre a sua saúde. Alterações entre um ciclo e outro – que, na maioria das mulheres, ocorre a cada 28 dias – devem ser informadas ao médico. Cólicas intensas, coágulos, fluxo exagerado ou muito fraco, por exemplo, são problemas que não devem ser desprezados pela mulher, pois revelam doenças que merecem atenção e tratamento. A seguir, você vai descobrir de que forma a menstruação mostra como seus órgãos reprodutores estão funcionando. Na dúvida, é melhor começar a prestar atenção...

Fluxo

á ouviu falar de sangramento disfuncional? É quando a quantidade de fluxo menstrual se altera – principalmente, logo que a menina começa a menstruar ou próximo à menopausa. 
O fluxo intenso pode ser resultado de alterações hormonais que provocam o aumento do útero ou o espessamento do endométrio (camada interna que reveste esse órgão), mioma e adenomiose (presença do endométrio na camada muscular do útero).
Já o fluxo fraco costuma ser resultado de alterações hormonais, deformidade uterina causada por uma cicatriz, por exemplo, 
ou uso de medicamentos.

Intervalos 

O ciclo é o período de tempo entre o primeiro dia de uma menstruação e o início da outra. Esse intervalo dura até 30 dias. Acima dos 40 anos, esse período pode ser mais longo e, com isso, indicar ovários policísticos, hipotireoidismo, excesso de prolactina e até menopausa. Um intervalo curto, com menos de 20 dias, também é sinal de alerta. As causas mais comuns são estresse, infecções ginecológicas, endometriose, alterações da tireoide e insuficiência do corpo lúteo (quando o ovário não produz progesterona suficiente).

Cólica 

As cólicas são causadas pela produção das prostaglandinas – substâncias presentes no endométrio, a membrana que reveste a parte interna do útero, e que ajudam na contração desse órgão. É normal aparecerem e sumirem logo após o primeiro dia do fluxo. Mas há mulheres em que as dores são tão fortes que prejudicam sua qualidade de vida, pois surgem acompanhadas de náuseas e enxaqueca. Quando muito intensas, costumam ser sinal de mioma, endometriose e estenose do canal cervical uterino (estreitamento que obstrui o canal do útero).

Sangramento de escape

É quando você pensa que a menstruação já acabou e, do nada, o sangramento reaparece. Se for discreto, é considerado normal e é causado por uma queda de hormônios na ovulação ou pelo uso de anticoncepcionais – o que exige apenas um ajuste na dose. Se o sangramento for mais intenso, pode ser sinal de pólipos uterinos, miomas e até inflamação no colo do útero.

Vai e vem

A menstruação deve bater cartão todo mês. Em algumas mulheres, ela se torna irregular, ou seja, aparece num mês e no outro nem dá as caras. Nesses casos, há indício de síndrome dos ovários policísticos, hipotireoidismo, aumento da prolactina, obesidade e até excesso de exercícios!

Cheiro forte 

O sangue menstrual tem um odor característico, que varia de mulher para mulher. Cada uma conhece o seu. Quando fica muito forte, pode indicar infecção no canal vaginal, provocada até por algo que ficou um tempo por lá – a exemplo de um absorvente interno ou preservativo.

Menstruar ou não, eis a questão!

É comum encontrar mulheres que optaram por não menstruar. Essa interrupção pode ser feita com pílulas anticoncepcionais de uso contínuo, injetáveis ou não, com o uso de implante anticoncepcional hormonal ou com o DIU hormonal (diferente do DIU de cobre). A escolha da técnica vai depender do objetivo da mulher. “Pode ser livrar-se de uma enxaqueca relacionada à menstruação, cólicas menstruais que não melhoram com outros recursos ou até tratamento de endometriose. 
Há mulheres que simplesmente desejam menstruar menos vezes ao longo de um ano ou não menstruarem”, explica o ginecologista Luciano Pompei, de São Paulo. Os métodos não são cem por cento garantidos. “Algumas vão apresentar menstruações esporádicas e outras podem ter sangramentos frequentes, mas de pequena intensidade”, alerta ele.Como existem diferentes métodos e todos envolvem o uso de hormônios, a análise profissional é indispensável para avaliar o estado de saúde da mulher e possíveis contraindicações. Só assim o médico vai decidir, com você, a melhor maneira de interromper a menstruação e orientá-la corretamente em como proceder.