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O transtorno pré-menstrual que acaba com a qualidade de vida

Os cuidados consigo mesma devem ser constantes, estimulados e apoiados por familiares e amigos

Da Redação Publicado em 25/05/2019, às 15h00 - Atualizado em 07/08/2019, às 17h47

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Esses sintomas as atacam todos os meses antes da menstruação - Patrícia Gebara
Esses sintomas as atacam todos os meses antes da menstruação - Patrícia Gebara

Inchaço, especialmente nos seios – dói só de tocar! – cólica, dor de cabeça, irritabilidade, enjoo, acne. De 75% a 80% das mulheres sabem do que estou falando. 

Esses sintomas as atacam todos os meses antes da menstruação. Eles podem até melhorar com determinados comportamentos, como ingerir chocolate (o doce tem triptofano, que produz serotonina, o hormônio da felicidade).

Nesse caso, identifica-se síndrome pré-menstrual (SPM). Já quando os sintomas são muito intensos e viram uma condição médica, o que acontece com 2% a 9% dos casos, estamos diante do transtorno disfórico pré-menstrual (TDPM). 

Mais grave, ele piora o desempenho social, profissional, concentração, raciocínio, humor, enfim, a qualidade de vida. Não é fácil chegar ao diagnóstico, pois embora os sinais sejam semelhantes à depressão e à ansiedade, a TDPM está especialmente ligada ao ciclo menstrual e combina pelo menos cinco destes indicativos: sensibilidade aumentada à rejeição, aumento de conflitos interpessoais, desesperança, nervosismo, agitação, desconcentração, fadiga, ansiedade... 

Mesmo em termos jurídicos, muito se discute sobre a condição mental da mulher nesse estado. Logo, os cuidados consigo mesma devem ser constantes, estimulados e apoiados por familiares, amigos, campanhas de conscientização… 

Embora uma atleta também possa sofrer desse problema, a atividade física é essencial na prevenção dos transtornos, especialmente no que diz respeito à dor e ao inchaço. Os exercícios produzem analgésicos naturais, as endorfinas. 

Uma alimentação equilibrada também ajuda, pois fornece os nutrientes para que tudo corra bem no organismo, como aminoácidos, vitaminas e magnésio. A reposição dessas substâncias poderá fazer parte do tratamento. 

Terapias são poderosos instrumentos de autoconhecimento e aquisição de habilidades para lidar com os sintomas da síndrome.

LUIZ SCOCCA é psiquiatra com mais de 20 anos de atendimento em consultório próprio, além da participação em grupos de estudo, congressos e projetos sociais. Formado pela USP e membro das associações brasileira e americana de psiquiatria: ABP e APA.