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Qual o momento certo de levar a filha ao ginecologista?

Existe momento certo para levar a filha no ginecologista? Especialista explica

Da Redação Publicado em 08/02/2020, às 14h30

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Uma dica é a menina acompanhar a mãe nos exames de rotina - Banco de Imagem/Getty Images
Uma dica é a menina acompanhar a mãe nos exames de rotina - Banco de Imagem/Getty Images

É preciso entender o processo de desenvolvimento da puberdade, pois é a partir daí que se determina o momento de levar a jovem ao ginecologista

As meninas iniciam o processo de amadurecimento sexual entre os 9 e 10 anos com o surgimento do broto mamário ou telarca. Em seguida, inicia o crescimento dos pelos pubianos e o estirão de crescimento (entre os 9 e 14 anos). 

A primeira menstruação (menarca) ocorre dois a três anos após o surgimento do broto mamário, entre os 11 e 14 anos. Se a telarca se iniciar antes dos 8 anos, caracteriza-se a puberdade precoce e isso pode determinar alterações no crescimento e desenvolvimento biopsicossocial da criança. 

A puberdade e as mudanças biopsicossociais se entrelaçam, já que as alterações no corpo levam a uma mudança de percepção de quem a menina é e como ela se insere na sociedade. 

Mudanças de comportamento e novos desejos também surgem e estímulos sexuais passam a fazer parte da vida da jovem mulher. É bom entender que a irregularidade hormonal característica dessa fase faz com que muitas garotas tenham sangramentos abundantes, cólicas e ciclos irregulares. 

Assim, o momento ideal de levá-la ao ginecologista pode ser determinado por questões médicas ou de ordem social. As primeiras são para entender e tratar ciclos menstruais irregulares com hemorragias e/ou cólicas. 

As segundas envolvem questões de reprodução, riscos ligados ao início da vida sexual ativa, orientação sobre os cuidados com o desenvolvimento do corpo na vida adulta. Em qualquer caso, o ideal é que um responsável que ela confie seja o elo de sua relação com o médico. 

Uma dica é a menina acompanhar a mãe nos exames de rotina, para diminuir a ansiedade e a sensação de desconhecimento sobre a consulta ginecológica. O exemplo materno tende a ser um facilitador na organização desse vínculo da jovem com o ginecologista que será responsável pela sua saúde nos anos futuros.

ALEXANDRE PUPO é ginecologista do Hospital Sírio-Libanês, obstetra, membro do corpo clínico do Hospital Albert Einstein. Ele também é mastologista e membro titular do núcleo de mastologia do Hospital Sírio-Libanês. É diretor clínico da Clínica Souen, onde atende: www.clinicasouen.com.br