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Bem-estar e Saúde / PROCEDIMENTO

Rinoplastia: entenda cirurgia que a ex-BBB Flayslane fez para remover carne esponjosa

Especialista explica tudo o que você precisa saber sobre o procedimento, que pode ser realizado para corrigir disfunções respiratórias

Marcela Del Nero Publicado em 11/06/2020, às 08h20 - Atualizado em 25/06/2020, às 23h14

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A artista foi uma das participantes da 20ª edição do 'BBB' - Instagram/@flay
A artista foi uma das participantes da 20ª edição do 'BBB' - Instagram/@flay

A ex-BBB Flayslane realizou recentemente uma rinoplastia para a retirada de uma carne esponjosa do nariz. De acordo com a cantora, o excesso de tecido atrapalhava sua profissão. Ela também aproveitou a quarentena, devido a pandemia do novo coronavírus, para ter um pós-operatório mais tranquilo.

"Quando vi que não ia colocar ninguém em risco, eu decidi fazer logo, enquanto estou parada. Porque assim, quando voltarem os trabalhos, não precisarei parar fazer isso", explicou ela em suas redes sociais.

De acordo com um estudo da Sociedade Brasileira de Cirurgia Plástica (SBCP), o procedimento no nariz está entre os dez mais realizados no país.“Com a cirurgia, é possível alterar o tamanho e formato do nariz e até mesmo resolver problemas respiratórios”, explica a cirurgiã plástica Tatiana Moura, membro da SBCP, para AnaMaria Digital.

O QUE É CARNE ESPONJOSA E QUAIS SEUS RISCOS?
A otorrinolaringologista Maura Neves, da Associação Brasileira de Otorrinolaringologia e Cirurgia Cérvico-Facial (ABORL-CCF), ressalta que carne esponjosa é uma maneira popular de descrever o revestimento interno do órgão do olfato.

“Este se comporta como uma esponja, que aumenta de tamanho quando absorve água. No caso do nariz, o acúmulo de sangue aumenta o tamanho da carne, que pode ser causado por quadros de alergia, infecção ou inflamação local”, diz.

De acordo com a especialista, o excesso de tecido causa obstrução nasal e leva a pessoa a respirar pela boca, o que pode facilitar a presença de ronco e apneia do sono. "As condições ainda tendem a piorar a qualidade de vida dos pacientes, comprometendo o aprendizado nas crianças e rendimento no trabalho nos adultos", ressalta.

Além disso, é possível que ocorram alterações dentárias, de mastigação e crescimento da face. “Respirar pela boca ainda facilita infecção respiratória pois não ocorre o condicionamento normal do ar pelo nariz”, alerta Maura.

QUEM PODE FAZER?
O procedimento é indicado quando o desenvolvimento facial já está concluído e para quem está insatisfeito com o formato natural do nariz. A cirurgia ainda pode ser associada a outros procedimentos nasais, como a correção do septo nasal e a turbinectomia, processo indicado para a remoção da carne esponjosa.

Vale ressaltar que, caso o paciente decida mexer tanto na estética quanto na parte respiratória, o trabalho entre o cirurgião plástico e otorrino deve ser em conjunto.“Há profissionais que fazem ambas as cirurgias. Então, essa opção também é possível”, indica Maura.

COMO É FEITA?
O nariz é uma parte delicada do rosto. Por isso, a rinoplastia é um procedimento extremamente complexo, que exige anestesia geral e que pode levar de uma a três horas. São duas técnicas possíveis: a aberta e a fechada. Ambas envolvem incisões na região interna da narina.

Na aberta, também é feita uma incisão externa na superfície inferior da columela, tecido que divide as narinas. Desse modo, o cirurgião consegue erguer a pele do órgão para que as estruturas internas se tornem visíveis. Essa técnica é usada principalmente quando são necessárias grandes mudanças na ponta do nariz, já que facilita a visualização dos pontos que precisam ser corrigidos. No entanto, há desvantagens: “Resulta em uma cicatriz externa”, afirma a especialista.

Já na rinoplastia fechada, todos os cortes são feitos pela parte interna do nariz. O procedimento é mais rápido e sem cicatriz visível. “Neste caso, há menor visibilidade das estruturas do nariz. Por isso, a escolha da técnica depende da complexidade da cirurgia”, diz a médica.

PÓS-OPERATÓRIO
O nariz e seu entorno ficam bastante inchados. Por isso, os efeitos da cirurgia só começam a se tornar visíveis um mês depois, e o resultado, em um ano. “O tempo de recuperação também depende da técnica, mas, normalmente, é de duas semanas. Durante este período é preciso permanecer em repouso, evitar exercícios físicos e o tabagismo”, recomenda Tatiana.

Como em qualquer procedimento, as complicações incluem a possibilidade de hematomas, infecções e, principalmente, sangramentos. Por isso, também é indicado que o paciente não tome anticoagulantes duas semanas antes e depois da operação, além de não consumir álcool uma semana antes da cirurgia e não fumar no mês anterior ao procedimento.