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Saiba a importância da mamografia e do teste de rastreamento

Qual a importância da mamografia e do teste de rastreamento?

Da Redação Publicado em 01/12/2019, às 08h30

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No Brasil, a doença é mais frequente a partir dos 40 anos - Banco de Imagem/Getty Images
No Brasil, a doença é mais frequente a partir dos 40 anos - Banco de Imagem/Getty Images

O câncer de mama é o mais comum nos países desenvolvidos e acomete mulheres principalmente na sexta década de vida, após a transição para a menopausa. Já no Brasil, a doença é mais frequente a partir dos 40 anos. 

Com isso, chega-se à conclusão de que as populações americana e brasileira são diferentes em relação ao momento da vida em que o câncer de mama pode ocorrer. Isso é de fundamental importância para definir a sua forma de rastreamento e estabelecer medidas preventivas. 

O fato é que, se seguirmos modelos americanos ou europeus, com rastreamento a partir dos 50 anos e até os 69, identificaremos apenas 48,9% dos casos. Já se rastrearmos a partir dos 45 anos, apenas 79,2% dos casos serão identificados. 

Se adotarmos a estratégia proposta pela Sociedade Brasileira de Mastologia, que se baseia nos índices nacionais de incidência de câncer de mama, com início do rastreamento em populações de baixo risco a partir dos 40 anos, a detecção dos casos será de 89,3%. 

Vale ressaltar que a perda de 10,7% dos casos corresponde às situações onde a doença é biologicamente muito agressiva e cresce rapidamente. Assim, em relação à eficácia do rastreamento pleiteado à mulher brasileira, o método está perfeitamente adaptado à nossa população. 

Resta, porém, definir o quanto isso gera de resultados, visto que confirmar a doença ou suas lesões precursoras deveria gerar redução de mortalidade e identificação de cânceres em fase mais inicial. 

Estudos também apontam que 30% dos casos detectados por mamografia não causariam dano ou evoluiriam para óbito. Por conta disso, países europeus avançados colocam em xeque a mamografia. 

Mas o grande ponto não envolve apenas a redução de óbito pela doença, mas também a qualidade de vida da paciente. E aí está o grande benefício desse exame e do rastreio adequado: ao detectar lesões de menor tamanho, ‘menores’ são as cirurgias, o tratamento com quimioterapia, os ‘danos’ estéticos e psicológicos. 

ALEXANDRE PUPO é ginecologista do Hospital Sírio-Libanês, obstetra, membro do corpo clínico do Hospital Albert Einstein. Ele também é mastologista e membro titular do Núcleo de Mastologia do Hospital Sírio- Libanês. É diretor clínico da Clínica Souen, onde atende: www.clinicasouen.com.br