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Sharon Stone revela ter perdido 9 filhos; entenda o aborto de repetição

Entenda as causas e o tratamento do aborto de repetição, que afetou Sharon Stone

Isabella Placeres, com supervisão de Vivian Ortiz Publicado em 24/06/2022, às 16h24

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O médico Geraldo Caldeira explica que há três possíveis causas para o aborto de repetição - Reprodução/Instagram
O médico Geraldo Caldeira explica que há três possíveis causas para o aborto de repetição - Reprodução/Instagram

Sharon Stone, conhecida por ser um ícone de beleza na década de 1990, deu um depoimento contundente em seu Instagram, revelando ter sofrido nove abortos espontâneos antes de adotar seus três filhos: Roan (22), Laird (17) e Quinn (16).

"Nós, como mulheres, não temos um espaço para discutir a profundidade dessa perda. Eu perdi nove crianças por aborto espontâneo. Não é algo simples, tanto em termos físicos quanto emocionais", contou a atriz, ressaltando que a situação acaba sendo encarada em solidão e em segredo, como se fosse um fracasso.

“Ao invés de recebermos a compaixão, a empatia e o suporte tão necessários. Deixados para a ideologia masculina, a saúde e o bem-estar das mulheres acabaram no mínimo escanteados, mas, na verdade, ignorados e violentamente oprimidos", escreveu.

POR QUAL MOTIVO ISSO ACONTECE?

O ginecologista e obstetra Geraldo Caldeira, membro da Sociedade Brasileira de Reprodução Humana (SBRH), explica que essa condição tem nome: aborto por repetição. De acordo com o médico, isso ocorre quando a mulher tem três abortos consecutivos ou mais. Existem três principais causas:

1- Ovopatia (má formação do óvulo): o embrião é alterado geneticamente; isto se dá, geralmente, por uma idade mais avançada da gestante e tem maiores chances de ocorrer a partir dos 38 anos.

2- Alteração uterina: alguns exemplos disso são a endometrite (um tipo de inflamação do endométrio) e sinéquia (aderência dos pequenos lábios vaginais).

3- Trombofilia: acontece quando a paciente produz microcoágulos que entopem a circulação dentro do útero.

Antigamente, de acordo com Caldeira, os médicos aguardavam que a pessoa tivesse três abortos para investigar. Hoje, dependendo da idade da paciente, já é pesquisada a presença de trombofilia, além da realização de histeroscopia para verificar se existe alguma má-formação na cavidade uterina ou presença de endometrite.

Quando a paciente é mais velha, o médico costuma orientar que se faça fertilização in vitro com estudo genético do embrião, para assim minimizar o risco de aborto durante a gestação.