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Tem certeza de que você tem cuidado bem dos seus rins?

Mulheres têm características que favorecem o aparecimento de determinados problemas renais. E não dá para bobear com um órgão que, se malcuidado, causa 600 mil mortes femininas por ano no mundo!

Ana Bardella Publicado em 05/04/2018, às 18h40 - Atualizado em 07/08/2019, às 17h46

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Mulheres precisam dar ainda mais atenção ao órgão! - iStock
Mulheres precisam dar ainda mais atenção ao órgão! - iStock

Você já deve ter ouvido que algumas doenças são perigosas porque avançam silenciosamente, ou seja: sem dar sinais de que estão progredindo e prejudicando cada vez mais o corpo. Infelizmente, alguns problemas renais fazem parte dessa categoria. Por serem considerados potentes, os órgãos (responsáveis por filtrar o sangue) aguentam o tranco de manter o organismo mesmo quando perdem uma parte significativa da sua capacidade de funcionamento. E quando os sintomas começam a ser notados, o estrago pode já estar feito. É por isso que precisamos dar uma atenção especial a essa parte do corpo!

O perigo: doença renal crônica

“Trata-se de uma condição na qual o rim já foi tão danificado que, mesmo que a origem do problema seja controlada, o órgão continua doente e precisa receber cuidados”, explica Rubens Lodi, membro do Departamento de Diálise da Sociedade Brasileira de

Nefrologia. Em geral, a perda das funções está relacionada com outras doenças, que sobrecarregam o órgão, fazendo-o trabalhar excessivamente. Entre os problemas estão: diabetes e hipertensão, além de lúpus, artrite reumatoide e crises de cistite.

Por que mulheres devem estar atentas?

Da lista citada anteriormente, apenas o diabetes e a hipertensão são comuns em ambos os sexos. “Se levantarmos o tema infecção urinária em uma roda de mulheres, por exemplo, é provável que muitas delas se manifestem dizendo que já sofreram com a doença. Já se tocarmos no assunto em um grupo de homens, poucos ou nenhum deles já terão passado por essa experiência”, diferencia o médico. As crises frequentes do problema são chamadas de cistite. E, se não tratadas a tempo, podem atingir os rins. As infecções renais frequentemente deixam cicatrizes nos órgãos. Quanto mais vezes elas ocorrerem, maiores as chances de perder parte das funções renais.

Lúpus e artrite também são males majoritariamente femininos e que, com o passar dos anos, podem danificar o tecido dos rins, comprometendo as suas funções – principalmente quando as doenças não estão totalmente controladas. Tudo isso contribui para o aumento de problemas renais em pessoas do sexo feminino. Estima-se que um em cada quatro mulheres entre 65 e 74 anos sofra com a doença renal crônica. É um problema de dimensões grandes e, por isso, é a oitava causa de morte prematura de mulheres ao redor do mundo.

A prevenção está nos exames!

“Para não deixar que as disfunções renais se agravem a ponto de se tornar um problema crônico, é necessário olhar para os rins a cada vez que for se submeter a um checkup”, orienta Lodi. Assim, se aparecerem alterações nos exames de creatinina ou urina, o médico poderá investigar as causas. Além disso, para quem sofre com os problemas citados, o ideal é consultar um especialista da área (nefrologista) para que ele faça uma avaliação mais precisa sobre o funcionamento do órgão.

Gravidez: atenção especial!

Sabia que, durante a gestação, os rins ficam bastante sobrecarregados e seu funcionamento pode chegar a 170%? Isso é natural e, por si só, não prejudica o organismo da mãe. No entanto, por essa condição exigir muito do corpo, se a gestante já tiver ou desenvolver algum problema que possa atrapalhar o processo de filtragem do sangue, os riscos para sua saúde e para a saúde do bebê aumentam. Para saber se tudo está correndo bem, faça os exames do pré-natal!