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Como ensinar Programação de Computadores para crianças?

Esse conhecimento é fundamental, independentemente da área de formação e atuação futuro da criança

*Juliano Schimiguel, colunista de AnaMaria Digital Publicado em 15/09/2021, às 09h00

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O conhecimento de programação é algo importante. - Annie Spratt/Unsplash
O conhecimento de programação é algo importante. - Annie Spratt/Unsplash

O tema de hoje é extremamente relevante, pois envolve o aprendizado de programação de computadores por crianças e jovens. Sim, eu sei!  Em um primeiro momento, pode parecer que “programação” seja um conhecimento requerido apenas para aqueles que desejam fazer curso técnico na área, ou que almejam o curso superior nessa área, como Ciência da Computação, Engenharia de Computação, Tecnologia em Análise e Desenvolvimento de Sistemas, Sistemas de Informação, Redes de Computadores, entre outros.

Entretanto, sabia que o conhecimento de programação é algo fundamental, independentemente da área de formação e atuação futura da criança? Isso porque ela envolve trabalhar com fundamentos básicos e essenciais para o ser humano, como raciocínio, lógica matemática, lógica computacional e tomada de decisões, além do pensamento crítico e reflexivo.

Em muitas escolas particulares, atualmente, alunos do Ensino Fundamental I e/ou II podem fazer matérias que envolvem a Cultura Maker, onde trabalham com atividades de programação de computadores básicas, por exemplo, usando conceitos e elementos de Robótica, Lego, ou programação através do sistema Scratch, que possibilita programar usando blocos e caixinhas, sem necessariamente entrar em contato com linhas de código programáveis.

Existem alguns estabelecimentos de ensino que, inclusive, realizam parceria com empresas especializadas e fornecem material impresso e online, além de softwares e aplicativos que possibilitam aos alunos programarem de um forma simples e lúdica. Entre esse locais, podemos destacar a empresa ViaMaker Education, localizada em Sorocaba (SP), que possui material na forma de apostilas para orientação no desenvolvimento de atividades com Lego, em sala de aula.

Eles também têm o aplicativo ClubeMaker (para Smartphones), que propõe atividades semanais para que os alunos desenvolvam em suas residências (atividades sem o uso do computador: utilizando materiais reciclados, cola, tesoura, sulfite, etc.). Além disso, existe também o portal AstroCoder, onde os estudantes têm lições semanais ou quinzenais envolvendo tópicos relevantes de conteúdo, como Matemática, Ciências, Geografia, etc.. São propostas atividades e problemas que devem ser resolvidos através de programação, em uma plataforma semelhante ao Scratch.

PENSAMENTO COMPUTACIONAL
Especificamente o aplicativo Cluber Maker, citado anteriormente, trabalha com um conceito chamado de Pensamento Computacional, ou Computação Desplugada, que é o ensino e aprendizagem de conceitos, elementos e teorias da computação sem o uso do computador. A proposta do Pensamento Computacional é exatamente resolver situações-problema do dia a dia utilizando-se de fundamentos da computação, de forma fácil e lúdica. Uma simples troca de pneu de um carro, trocar o pneu da bicicleta, ou fazer um bolo utilizando uma receita, por exemplo, são conceitos de algoritmos, trabalhado na computação. 

Gostaríamos de destacar também o aplicativo Grasshopper, desenvolvido pelo Google. Trata-se de um app voltado para aprendizado de programação, e pode ser utilizado por crianças, jovens e iniciantes. Ele foi lançado em outros países em 2018, mas só neste ano foi disponibilizada a versão para o Brasil. Entre outros recursos, o aplicativo possui jogos e lições interativas para ensinar linguagens de programação, como o JavaScript. É possível aprender a criar animações e resolver problemas envolvendo a criação de websites em HTML e CSS.

Logo em sua tela inicial, já é possível escolher o nível de experiência com programação: nenhuma experiência, alguma experiência e bastante experiência. No caso daqueles que não sabem nada, o app garante que é possível aprender programação do zero com cinco minutos de estudo por dia. O aplicativo apresenta alguns conceitos iniciais, como o que seria “código”, o que é “linguagem de programação”, o “por que aprender a programar”.

Em seguida, ele questiona o motivo do aluno querer aprender programação: quer desenvolver jogos, quer mudar de profissão, quer adquirir habilidades para seu trabalho atual, é apenas curioso ou não tem certeza, quer desenvolver um app ou site? O mais legal é que o app emite certificados oficiais, após a conclusão dos cursos.

Esperamos ter desvendado um pouco o mundo da programação para crianças e iniciantes... e até a próxima coluna!

*JULIANO SCHIMIGUEL é Pesquisador, Orientador de Doutorado e Mestrado, Professor Universitário (Universidade Cruzeiro do Sul – São Paulo/SP, Centro Universitário Anchieta – Jundiaí/SP) e escreve sobre Tecnologias da Informação e Comunicação (TICs), além de seu impacto na sociedade e no ensino e aprendizagem. Para encontrá-lo, basta acessar seu LinkedIn ou mandar um e-mail: schimiguel@gmail.com