AnaMaria
Busca
Facebook AnaMariaTwitter AnaMariaInstagram AnaMariaYoutube AnaMariaTiktok AnaMariaSpotify AnaMaria
Descomplica / Lugar de mulher é onde ela quiser

Tecnologia nas mãos delas: veja dicas para ajudar mulheres a ingressarem na carreira de TI

Entenda como a mudança de mentalidade e a busca por uma rede de apoio podem favorecer o ingresso no mercado de trabalho e a busca por independência

Karla Precioso Publicado em 08/01/2022, às 14h30

WhatsAppFacebookTwitterFlipboardGmail
Confira dicas para que mulheres consigam se estabelecer no setor de TI - Unsplash
Confira dicas para que mulheres consigam se estabelecer no setor de TI - Unsplash

Segundo um levantamento da Microsoft, somente 18% dos graduados em ciência da computação no Brasil são do sexo feminino. Além disso, de acordo com a mesma pesquisa, o número de mulheres empregadas no setor de TI no país está estimado em apenas 25%. 

Para Mariel Reyes, fundadora e CEO da {reprograma}, startup social paulistana, que visa capacitar mulheres em programação e conectá-las ao mercado de trabalho, a equidade de gênero no setor está ligada a uma questão cultural. Afinal, os estereótipos são incorporados desde cedo, fazendo com que as garotas acreditem que não são boas para as exatas, logo cria-se um intelecto de que computador é apenas para meninos. 

Várias histórias servem para exemplificar que as lutas das mulheres por igualdade de gênero não são de agora, muitas das conquistas demoraram para chegar.

“Ao longo dos anos, elas alcançaram direitos sociais, políticos e trabalhistas por meio de movimentos reivindicatórios no Brasil. Em 1879, por exemplo, ganharam direito de cursar faculdades. Outra conquista aconteceu em 1932, quando a Constituição Federal Brasileira passou a permitir que as mulheres votassem, após uma luta de mais de dez anos liderada pela ativista e bióloga Berha Lutz”, comenta Reyes. 

Atualmente, ainda há obstáculos a serem superados, principalmente na igualdade de gêneros no mercado de trabalho e, em especial, na área de tecnologia. A seguir, a especialista cita cinco dicas que podem ajudar as mulheres a ingressarem na carreira de TI e a conquistarem sua independência. Confira! 

1. CONFIAR NA CAPACIDADE

O primeiro passo é trabalhar a “síndrome do impostor”, que está ligada ao fato das mulheres não acreditarem na capacidade delas em aprender a programar, além de se enxergarem como profissionais. Por isso, é muito importante trabalhar esse mindset.

2. TER REFERÊNCIAS FEMININAS

É importante que as mulheres tenham modelos que elas se identifiquem e se inspirem, pois referências podem servir de espelho para que elas possam alcançar o sucesso profissional. Na {reprograma}, temos
ex-alunas que se tornaram professoras e monitoras dos cursos de back e front-end, que ensinam e influenciam positivamente essas mulheres.

3. REDE DE APOIO

Após a formação na área de TI, por meio de um curso técnico ou graduação, é importante manter e criar novas conexões com as mulheres, pois, ao longo do caminho, podem surgir dúvidas sobre o mercado de trabalho, a troca de experiências e o compartilhamento de vagas na área.

4. SORORIDADE

Promover a possibilidade de mulheres se apoiarem umas às outras é essencial, pois, através disso, elas entendem que não estão competindo entre si, e que juntas podem chegar mais longe. Afinal, o apoio feminino é importante em um ambiente que, ainda, não é igualitário pelo grande volume de cadeiras ocupadas por homens na área de TI.

5. AMBIENTE SEM JULGAMENTO

Ao procurar por vagas na área de TI, as mulheres devem buscar por empresas que tenham como valor a diversidade. Dessa forma, haverá um ambiente seguro, onde elas podem aprender e fazer perguntas sem nenhum julgamento.

INICIATIVAS SOCIAIS NA ÁREA DE TI

Em meio a um cenário de obstáculos na área de TI, principalmente para as mulheres, é importante que haja iniciativas sociais que auxiliem na formação e empregabilidade do público feminino. Um dos objetivos da {reprograma} é aumentar o volume de cadeiras ocupadas por mulheres na área da tecnologia. Com isso, a startup oferece as competências necessárias para que elas ingressem no mercado de trabalho, por meio da formação dos cursos de back e front-end.

A CEO explica que, durante o programa, as alunas têm a possibilidade de conhecerem, por meio de mentoras, eventos e convivência, outras mulheres na área da tecnologia que estão dispostas a compartilharem todo o conhecimento que elas detêm. Assim, as alunas são encorajadas a enfrentar os obstáculos de um setor que, por enquanto, é predominantemente ocupado por homens, e a mudarem suas vidas por meio da tecnologia.