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Livre-se das emoções que engordam como a ansiedade, tristeza, estresse e culpa

Ansiedade, tristeza, estresse, culpa: livre-se das emoções que engordam

Júlia Arbex Publicado em 19/10/2019, às 15h00

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São escolhas emocionais que acabam fazendo com que entremos em um ciclo vicioso - Banco de Imagem/Getty Images
São escolhas emocionais que acabam fazendo com que entremos em um ciclo vicioso - Banco de Imagem/Getty Images

Você sabia que a nossa alimentação pode ser afetada pelo que sentimos? Isso acontece porque, segundo a psicóloga e especialista em nutrição emocional e emagrecimento, Daiana Peixé, o ser humano é guiado principalmente pela busca do prazer

“Quando estamos tristes, bravos e ansiosos, optamos por alimentos que estejam associados ao prazer e ao afeto, que conseguem preencher uma determinada necessidade emocional. Se não estivermos atentos, porém, isso pode causar não só o ganho de peso como também outros problemas, como a compulsão alimentar”, explica. 

Quer um exemplo? Você chega em casa após um dia cansativo de trabalho e pede uma pizza. Automaticamente, seu cérebro associa esse ato a algo bom. 

Sendo assim, da próxima vez que você chegar em casa cansada, sua mente pedirá automaticamente por aquela recompensa. São essas escolhas emocionais que acabam fazendo com que entremos em um ciclo vicioso. 

AnaMaria conversou com especialistas e daremos as dicas para você comer com mais consciência e manter a sua saúde em dia.

A GENTE É O QUE SENTE
O cortisol é um hormônio importante, pois deixa nosso organismo preparado para situações de perigo, mantendo a pressão normal e diminuindo a queima calórica para poupar energia em caso de risco. 

O problema é que nosso organismo não sabe a diferença entre uma situação de risco real e imaginária. Assim, em momentos de estresse, tensão, ansiedade e tristeza, por exemplo, o corpo interpreta que estamos em perigo e libera cortisol, que, em excesso, aumenta o risco de desenvolvermos diabetes, hipertensão arterial e depressão. 

Segundo a especialista, quando os níveis do cortisol estão muito elevados, o corpo não consegue queimar gordura e o açúcar vai direto para o abdome. Confira o que incluir e o que tirar do cardápio e quais mudanças adotar no dia a dia para regular os níveis do hormônio.

  • Consuma alimentos ricos em triptofano: esse aminoácido presente no arroz integral, na soja, nas oleaginosas, carnes, ovos, leite e derivados proporciona prazer e bem-estar;
  • Diminua a ingestão de cafeína: essa substância é estimulante, o que faz com que os níveis de cortisol aumentem. Algumas bebidas que possuem o item são: café, chá-mate, chá-preto, chá-branco, chá-verde e refrigerantes à base de cola;
  • Coma de três em três horas: isso não é uma regra, viu? Há pessoas que esperam a fome chegar para se alimentar e ficam bem assim. No entanto, se ficar sem comer por muito tempo a deixa ansiosa ou estressa seu organismo, coma a cada três horas;
  • Pratique atividades físicas: natação, corrida e dança ajudam a diminuir o estresse e, assim, regulam o nível de cortisol. Exercícios de respiração, meditação e alongamento também ajudam;
  • Mastigue bem os alimentos: nosso corpo demora cerca de 20 minutos para entender que está saciado. Por isso, quem come devagar, normalmente, consome 30% menos comida em comparação às pessoas que fazem a refeição em menos de dez minutos;
  • Evite ir ao mercado com fome: vá às compras após uma das refeições principais, como almoço ou jantar. Quando estamos satisfeitos, tendemos a comprar somente aquilo que é necessário e evitamos levar besteiras para casa.

TRANSTORNOS ALIMENTARES
Comer doces depois de um dia estressante no trabalho, devorar a comida em momentos de tristeza e exagerar na quantidade das refeições quando está ansiosa são exemplos claros de uma alimentação movida pela emoção. 

“A compulsão alimentar nada mais é que preencher um vazio, como se a comida fosse um substituto do amor e do colo. A anorexia é a mesma coisa”, afirma. 

Imagine que você e seu marido brigaram e você só pensa em comer um chocolate. O doce talvez a deixará aliviada por alguns minutos, mas não resolverá o problema. 

“Para mudar a situação, o primeiro passo é analisar seu comportamento e emoções, principalmente diante da comida. Ou seja, veja se aconteceu alguma coisa naquele dia que a fez comer para se sentir melhor e se isso ocorre constantemente. Perceba se busca prazeres imediatos para se sentir bem. Faça essa análise diariamente. Se necessário, não tenha vergonha em buscar ajuda de um psiquiatra e/ou endocrinologista”, conclui.