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Dinheiro / Você no azul

Foi demitida e está com dívidas? Saiba o que fazer

A sugestão é separar do valor total o equivalente a seis meses do seu último salário para pagar suas contas

Da Redação Publicado em 14/04/2019, às 16h00 - Atualizado em 07/08/2019, às 17h47

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Quanto mais demorar a pagar suas pendências, maior será o valor gasto com juros - Banco de Imagens/Getty Images
Quanto mais demorar a pagar suas pendências, maior será o valor gasto com juros - Banco de Imagens/Getty Images

Acumular dívidas em atraso é ruim para sua vida financeira não apenas pela possibilidade de negativação, que restringe seu acesso ao crédito, mas também pelo pagamento de juros: quanto mais demorar a pagar suas pendências, maior será o valor gasto com juros. Por isso, normalmente, a estratégia de se livrar das dívidas o quanto antes, de fato, é a mais correta.

Porém, estar desempregada implica em um período indeterminado sem uma fonte de renda fixa, e ter alguma quantia para pagar as contas durante esse tempo é essencial. Dessa forma, independentemente das dívidas que você tenha, minha sugestão é separar do valor total da sua indenização, pelo menos, o equivalente a seis meses do seu último salário.

Essa quantia vai garantir que você consiga pagar suas contas enquanto procura por uma recolocação no mercado. Além disso, é muito importante reorganizar suas contas e colocar todas as despesas no papel, separando os gastos essenciais daqueles que podem ser cortados.

Fazer isso pode ser difícil, mas é preciso fazer o ajuste cortando, de fato, todos os gastos que não são essenciais, já que o momento é de apertar o orçamento. Com o restante do valor, tente renegociar suas dívidas. Muitos credores dão descontos bem vantajosos para pagamento à vista. Se o valor for insuficiente para tudo isso, priorize a sua reserva financeira.

Como o desemprego é uma situação imprevisível, não adianta pagar todas as dívidas e ficar sem dinheiro enquanto não encontra uma recolocação. Mas, assim que encontrar, quite suas pendências e, em seguida, inicie a constituição da reserva para imprevistos, que lhe dará tranquilidade caso passe por situações inesperadas novamente. Boa sorte!

MARCELA KAWAUTI aprendeu economia na graduação da Universidade de São Paulo e no mestrado da Fundação Getúlio Vargas, além de ter mais de dez anos de experiência. É economista-chefe do SPC Brasil e colaboradora do portal de Educação Financeira Meu Bolso Feliz.