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Dinheiro / Finanças

Vamos falar de dinheiro: perdi o emprego durante a pandemia, e agora?

Especialista em finanças, Nathalia Arcuri dá algumas alternativas para aumentar a renda neste período tão problemático

Juliana Ribeiro/ Vivian Ortiz Publicado em 04/09/2020, às 08h20 - Atualizado em 02/12/2020, às 13h42

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Nathalia Arcuri mostra alternativas que podem aumentar a renda - Nayara bardin/AnaMaria Digital
Nathalia Arcuri mostra alternativas que podem aumentar a renda - Nayara bardin/AnaMaria Digital

Além da questão de saúde, a pandemia do novo coronavírus modificou a vida de muitas pessoas no Brasil e no mundo. Isso porque muitas delas sentiram o grande impacto causado pela falta de renda repentina, seja porque foi demitido ou por ter sido obrigado a fechar o próprio negócio devido a situação econômica. E o que fazer?

Para quem se questiona se este seria o momento certo para empreender, Nathalia Arcuri, CEO de um dos maiores canais de finanças do mundo no YouTube, o 'Me Poupe!', garantiu, durante sua participação na live de AnaMaria Digital, que é possível, sim. 

Durante o bate-papo, ela destacou ainda a importância de se reinventar em momentos de crise e começar um negócio sem grandes custos.

PERDI O EMPREGO E NÃO TENHO DINHEIRO GUARDADO. E AGORA?

Infelizmente, esta é a realidade de grande parte dos brasileiros neste momento, visto que nem todos conseguiram, ou mesmo pensaram, em fazer um “pé de meia” para momentos emergenciais como os que estamos vivendo.

Segundo Arcuri, o primeiro passo é pensar naquela reserva financeira que não foi feita no passado e ter a consciência de que, a partir de agora, isso é realmente necessário para ter mais tranquilidade no futuro. "Todo mundo sabe que se está empregado, pode também ficar desempregado. Ou seja: essa 'segurança' que a gente pensa que tem é muito irreal", diz. 

A especialista ainda destaca a importância de criar bons hábitos em relação às finanças, além de sempre tentar manter tudo organizado. "A melhor coisa a fazer é parar tudo e olhar para os hábitos financeiros, como por exemplo, pegar o extrato dos últimos três meses e ver exatamente onde você gastou o seu dinheiro", aconselha Nathalia. 

DÁ PARA EMPREENDER COM POUCO DINHEIRO?

O melhor caminho, mesmo durante a pandemia, é buscar alternativas. "Trata-se de um cenário diferenciado, em que todo mundo está economizando, com medo. Ninguém quer gastar dinheiro à toa, e nem pode. Por isso, é agora que a gente precisa se reinventar", ressalta.

Nathalia aconselha começar pesquisando para identificar quais são as reais necessidades do mercado: "Para onde as pessoas estão indo? No que estão gastando seu dinheiro? é preciso tentar entender as tendências de consumo que surgiram durante a  quarentena."

Um excelente exemplo citado por Arcuri é o caso de uma aluna dela que perdeu o emprego e, junto com a mãe, começou a fazer renda extra produzindo máscaras de proteção facial, itens essenciais em tempos de pandemia. "No primeiro mês elas faturaram mais de R$20 mil reais", conta Arcuri. Ou seja: aqueles que se anteciparam e conseguiram entender o que as pessoas precisam nesse momento acabaram conseguindo gerar uma renda considerável.

Além das máscaras, Nathalia cita as quentinhas, marmitas ou alimentos que possam ser entregues na casa das pessoas como boas opções para faturar na atual conjuntura. Neste caso, uma verba inicial entre R$ 100 ou R$ 150 (dependendo da sua região) já dá para começar o negócio. Aproveite as redes sociais, como Instagram e Facebook, para divulgar seu trabalho.

NÃO TEM PRODUTO? OFEREÇA SERVIÇOS!

Todo mundo possui um ou múltiplos talentos. E em tempos complicados como agora, talvez seja o momento de colocá-los em prática para aumentar a renda. Um bom exemplo dado por Arcuri é em relação às aulas particulares.  

"Se você fala inglês ou espanhol, por exemplo, será que não dá para extrapolar o seu mercado de trabalho? E se você trabalhava como professor de Educação Física em uma escola, será que não consegue usar os meios digitais para chegar em mais gente?", sugere.

Um outra possibilidade é gravar algum curso em vídeo e disponibilizar em plataformas especiais, como Hotmart, cujas pessoas pagam para ter acesso ao seu conteúdo. Além disso, criar vídeos no Youtube ou se tornar um afiliado digital são opções que muitas pessoas podem aderir sem precisar sair de casa, sugere a especialista financeira.

NÃO FIQUE PARADO ESPERANDO AS COISAS VOLTAREM AO 'NORMAL'

Para Nathalia, não é uma boa estratégia ficar esperando as coisas voltarem a ser como antes para, então, começar a pensar no que fazer. "Nós estamos vivendo um momento em que ou a gente se transforma, ou o mundo vai nos obrigar a fazer isso da pior maneira possível. Não existe jeito fácil de falar isso: precisa se mexer, se colocar à prova", afirma.  

Arcuri também chama a atenção para um detalhe importante: é hora de parar de se preocupar com a opinião dos outros, deixar a vergonha de lado e 'arregaçar as mangas' .

"'Poxa, mas o que meus pais vão pensar de mim?', 'mas vou lavar carro?', 'vou entregar comida?', 'vou virar motorista de aplicativo?'. Sim! Ou você prefere roubar? Passar fome? Ou prefere não fazer nada?", questiona a especialista, que completa: "É preciso entender que isso pode ser temporário, só não pode esperar a 'água bater na bunda', o dinheiro secar ou o seu FGTS acabar pra você tomar uma atitude".

QUERO EMPREENDER, MAS NÃO TENHO DINHEIRO. VALE A PENA PEDIR UM EMPRÉSTIMO NO BANCO?

Uma das maiores dificuldades quando se pensa em abrir um negócio é a falta de recursos financeiros. Para dar este pontapé inicial, será que é uma boa ideia fazer um empréstimo?

Segundo Nathalia, depende. Para ela, o melhor capital e investimento que qualquer empreendedor pode fazer é, antes de tudo, entender o seu negócio e qual o modelo dele. "Que tipo de produto vou vender? Ou qual serviço vou oferecer? Já tenho clientes ou não? É preciso perguntar para as pessoas o que elas estão precisando para aí, sim, ter um plano bem amarradinho", explica. 

Arcuri destaca que existem negócios em que é possível começar sem muito dinheiro, como as quentinhas, por exemplo, que dependem de um capital inicial menor. "Começa pequenininho, fazendo um teste, e aí o negócio vai crescendo a partir daquilo. A gente não precisa esperar ter tudo pronto para começar o próprio negócio. Então dá para começar pequeno", garante. 

No entanto, se a sua ideia é começar com o mínimo de estrutura, façam primeiro um plano de negócio. Tudo para que esse empréstimo do banco não vire um 'tiro no pé' e você tenha uma noção de como vai devolver esse dinheiro. 

Por fim, Nathália Arcuri dá a dica de ouro: vá estudar! "Procure o Sebrae Online, busque por uma consultoria gratuita na web… O que não falta hoje em dia é conteúdo para as pessoas se capacitarem, até mesmo de graça", conclui.