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Você no azul: Consórcio ou financiamento?

Com dinheiro na mão é sempre mais fácil conseguir bons descontos

Marcela Kawauti (*) Publicado em 22/01/2016, às 16h00 - Atualizado em 07/08/2019, às 17h44

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Você no azul: Consórcio ou financiamento? - Shutterstock
Você no azul: Consórcio ou financiamento? - Shutterstock
Estou pensando em comprar um carro. O consórcio é a melhor alternativa, já que os juros costumam ser menores? ”  

P. L., por e-mail


Ele foi uma opção popular nos anos 80, quando a economia era instável e havia poucas opções de crédito para comprar bens de alto valor, como um automóvel, por exemplo. 

O consórcio funciona assim: a empresa administradora reúne interessados em comprar um determinado bem, que pagam parcelas mensais. Ao longo do período do consórcio, há sorteios para contemplar uma dessas pessoas com uma carta de crédito. Há também a possibilidade de os interessados darem lances (uma quantia em dinheiro) para aumentar as chances de sorteio. As taxas cobradas são as de administração, em geral, abaixo das aplicadas pelos bancos para os financiamentos tradicionais.

Agora, na hora de decidir se o consórcio é a melhor opção no seu caso, é preciso ir além. Ele só será vantajoso se você for sorteada no início. O raciocínio é o seguinte: caso demore para conseguir a carta de crédito, teria sido melhor guardar o dinheiro em um fundo que oferecesse uma remuneração e comprar à vista. E mais, com dinheiro na mão é sempre mais fácil conseguir bons descontos.

Lembrando que no consórcio, a necessidade de se planejar é igual a do financiamento tradicional. Se você ficar inadimplente, terá apenas uma parte do dinheiro de volta, dependendo do contrato. E antes de qualquer coisa, analise a urgência da compra, já que no consórcio você pode ter sorte e ser sorteada no início, ou ser a última a ser contemplada. Além disso, compare as todas as taxas (juros, administração e demais cobranças). E se puder esperar, considere a possibilidade de guardar dinheiro e pagar tudo de uma vez.



Marcela Kawauti é formada em economia pela USP e tem mestrado da FGV. Com mais de dez anos de experiência, é economista-chefe do SPC Brasil e colaboradora do portal de Educação Financeira Meu Bolso Feliz.