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Família/Filhos / Educação

Autoridade excessiva: entenda por que é prejudicial na educação de crianças

Gritos, ameaças e agitação são mais fortes em amedrontar do que ajudar

*Monica Romeiro Publicado em 13/11/2021, às 08h00

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Gritar não é a solução na educação dos filhos - Derek Thomson/Unsplash
Gritar não é a solução na educação dos filhos - Derek Thomson/Unsplash

É muito comum, ao educar uma criança, perceber que ela se tornou prontamente obediente após ouvir gritos dos pais ou responsáveis. Contudo, por mais que pareça o contrário, isso está longe de ser positivo, porque, ao gritar com seu filho, ele não passa a obedecer porque entendeu, mas sim por medo. 

O grito, se usado em excesso, pode até causar dificuldade no aprendizado e maior probabilidade de desencadear depressão, de acordo com estudo da Universidade de Michigan (EUA). Ou seja, apesar do grito parecer ser eficiente para que seu filho faça ou pare de fazer o que você pediu, você não obterá sucesso na educação. Será obediência pelo medo, não pela escuta. 

Além disso, uma pesquisa da Universidade de Pittsburgh (EUA) demonstra que os gritos afetam o desenvolvimento psicológico das crianças, impedindo o crescimento de adolescentes seguros e autoconfiantes, podendo se tornar adultos agressivos, depressivos ou defensivos.

Gritar não traz autoridade e nem muito menos reforça o papel e a responsabilidade dos pais como educadores e cuidadores dos filhos. Em vez disso, acaba se refletindo em traumas e submissão dos pequenos, além de gerar um ambiente intenso de conflitos, principalmente, se os pais gritam entre si.

Logo, para garantir que haja uma mudança de comportamento, alguns passos são fundamentais para serem aplicados no meio do caminho.

TEM QUE PRATICAR!
O primeiro passo para diminuir os gritos é entender que ele não é eficiente e que, para perder esse hábito, é preciso praticar - o que pode levar um pouco mais de tempo. Assim, se seu filho não está dando atenção ao que você fala, aproxime-se e peça para que ele pare o que está fazendo e olhe para você, sem telas e distrações. 

Quanto mais nova a criança, mais breve e clara deve ser a mensagem. Lembre-se de usar um tom de voz firme e calmo. 

FALOU, CUMPRIU!
Outra dica é você sempre cumprir o que prometeu. Se você disser que a criança ficará um dia sem brinquedo, realmente tire o brinquedo. Ameaças vazias não educam e seu filho não confiará em sua palavra em qualquer outra ocasião. 

RESPIRA, NÃO PIRA
Quando você perder o controle ou sentir que está prestes a gritar, se afaste por um instante para respirar, conte até 10 e se recomponha. Mas, se você berrou, hora de recomeçar. 

Perdoe a si mesmo e peça desculpas ao seu filho. Explique que esse é um comportamento que você não quer repetir e que vai se esforçar mais na próxima vez. Peça a ele para trabalharem nisso juntos: ele obedece antes de você gritar e você será mais paciente. Uma parceria em que todos saem ganhando.

*Monica Romeiro é conselheira maternal, criadora do canal Almanaque dos Pais e autora do livro ‘Vem cá me dar Um abraço’.