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"Como é que fico sem o meu filhinho?"

Aprenda a contornar a síndrome do ninho vazio, situação que tem tirado o sono de Adisabeba na novela A Regra do Jogo!

Luciana Bugni Publicado em 01/04/2016, às 14h00 - Atualizado em 07/08/2019, às 17h44

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"Como é que fico sem o meu filhinho?" - João Miguel Júnior/TV Globo
"Como é que fico sem o meu filhinho?" - João Miguel Júnior/TV Globo
Na novela A Regra do Jogo, Adisabeba (Susana Vieira) tem sofrido um bocado para aceitar que o filho Merlô (Juliano Cazarré) não mora mais com ela. O rapaz achou por bem sair de casa para amadurecer. Ela não se conforma e  pede que ele volte. 
O trauma – que é absolutamente natural devido ao caminho da vida – tem nome: síndrome do ninho vazio. E a sensação é justamente essa. O que fazer com a casa que fica enorme, com o quarto que ficou livre e pior: com o tempo ocioso? A terapeuta familiar Celina Sevieri dá algumas dicas de como contornar a questão!


1 Por que isso acontece?
A mãe sente posse em relação ao filho. Quando ele vai embora, sente que está perdendo algo dela, por mais que saiba que é do mundo. No momento em que ele vai morar em outro lugar, ela vai dedicar mais tempo para si mesma. 


2 Mas o que fazer com esse tempo livre?
O ideal, segundo Celina, é dar um outro significado ao seu papel como mãe.  Se for casada, converse primeiro com o marido. “Filhos crescem e tomam o rumo deles. O diálogo é fundamental para saber como um pode ajudar o outro dentro de casa.”


3 Posso ajudar meu filho agora?
Precisa ter bom senso. Esperar que peça um conselho ou ajuda antes de dar. Isso é difícil, exige paciência. E, quando receber a visita dele, faça disso um momento agradável, sem cobranças. “Provoque situações gostosas e não passe o tempo todo reclamando que ele vem pouco à sua casa”, diz Celina. Se, em toda visita, a mãe está se lamentando ou fazendo coisas que irritam, acaba afastando-o. E segure a gana de ficar dando palpite! Por mais duro que seja, hein? Sem chantagens emocionais. “É justo com ele parar a vida em função da mãe? Ela já casou e saiu de casa uma vez, o filho não tem direito?”, pergunta Celina.


4 É possível ficar feliz pra valer com a situação?
É, sim. Por mais tristinha que esteja, dá para ver o lado positivo. Tem coisa mais gratificante que se dar conta de que criou um filho independente, capaz de cuidar de si mesmo? Baita vitória constatar que ele sabe se virar sozinho! Sem falar na honra de virar consultora para assuntos variados – “mãe, como faz aquele bolo que adoro?” Substitua o vazio que machuca pela nova rotina de amor entre vocês! 


Veja outras ideias:

✔  Faça cursos que sempre quis, mas nunca teve tempo. No site da prefeitura de sua cidade pode haver boas opções gratuitas.
✔  Entre em grupos de mulheres que realizam alguma atividade. Pode ser na igreja ou na escola do bairro: um coral ou um grupo de caminhada, por exemplo. 
✔  Mude algumas coisas na casa, se envolva com o projeto da reforma, como customizar móveis ou pintar cômodos. 
✔  Leia, veja filmes.
✔  Faça artesanato.
✔  Se jogue de cabeça no trabalho. 



A tecnologia ajuda e muito!
Se antes era preciso esperar o fim do expediente para falar no telefone com o filho, hoje o contato está mais fácil. O WhatsApp pode trazer para perto uma pessoa que está longe a qualquer hora do dia. Aproveite! Mas é bom lembrar que nada substitui ouvir a voz de alguém que a gente gosta. Ligar também é legal!



Quando Adisabeba exagera no apego ao filho Merlô

Eu vim te buscar, meu bebê. Vai arrumar suas coisas e vem embora comigo, porque sua casa é no Morro da Macaca. E você largou mamãe lá, jogada, abandonada, como se fosse um cachorro!


Cada cantinho que eu vou eu lembro do Merlô. Cada barulho da porta eu acho que é meu filho chegando. É um pedido de uma mãe desesperada.


Ele é minha vida, faz uma falta danada no meu coração.