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Família/Filhos / Superação

Duda Rodrigues tinha 15% de chance de sobreviver após dar à luz gêmeas prematuras e ficar intubada com covid-19

Conheça a história emocionante da apresentadora da TV Caras

Karla Precioso Publicado em 23/10/2021, às 14h30

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Nas dificuldades, Duda colocou as filhas em primeiro lugar - Instagram/@dudarodrigues.oficial
Nas dificuldades, Duda colocou as filhas em primeiro lugar - Instagram/@dudarodrigues.oficial

A vida da apresentadora do 'Programa Saúde e Você', da TV Caras, Duda Rodrigues, parece ter saído de um verdadeiro conto de fadas. Duda, como é conhecida por todos, sempre foi sinônimo de força, foco e fé! Menina do interior de São Paulo, ganhou seu espaço com dedicação e profissionalismo. Com um carisma inegável, sua trajetória é marcada por muita força, persistência e coragem.

A história começa quando conheceu seu marido, o empresário Tarcisio Rodrigues, em um evento. Em poucos meses, casaram e logo viria o planejamento de uma família. Sim, chegara a hora de Duda realizar seu grande sonho de ser mãe. O casal seria pai das gêmeas Raphaela e Manuella. A gestação foi desafiadora, pois todos os obstáculos que uma grávida poderia passar, ela passou. Por orientação de seu médico, algumas semanas antes do nascimento, a gravidez seria acompanhada de perto com uma internação prematura, de modo que o desenvolvimento das crianças sucedesse sem riscos.

Mas, em seguida, veio a notícia de que ela e o esposo estavam infectados pela covid-19. Ambos são levados à UTI. E, assim, a vida das pequenas começava a ser escrita. A mamãe de primeira viagem, então, precisava fazer uma escolha. E ela não se fez de rogada. Suas filhas eram prioridade total. Rapha e Manu nasceram prematuras. O estado de Duda piorava e, em pouco tempo, foi preciso fazer a intubação. Depois de dias em estado crítico e com mais de 85% do pulmão comprometido, na Páscoa deste ano, as coisas começam a melhorar.

Em poucos dias, foi feita a extubação e ela já se mostrava pronta para uma nova batalha: se recuperar para conhecer aquelas que seriam sua maior razão de vida: suas filhas. Superados os obstáculos, a apresentadora está em casa ao lado de seu fiel escudeiro e suas garotinhas: “Eu renasci”, afirma. A tão sonhada família está completa e mais forte do que nunca, sempre acompanhada pela fé, compaixão e a certeza de que, para Deus, o impossível não existe. Pode acreditar, essa família é exemplo disso!

PASSOS DE LUTA

“Costumo dizer que gerei duas vidas e tive que salvá-las para depois lutar pela minha”.
Desde o início, a gravidez já era de risco, afinal a apresentadora entraria em trabalho de parto, de gêmeas, aos 42 anos. No entanto, Duda só não imaginava que as dores pudessem ser maiores do que ela já esperava.

“Fui internada com antecedência porque estava com diabetes gestacional e hipertensão. Uma semana depois, ainda no hospital, descobri que contrai o coronavírus. Alguns sintomas clássicos começaram a aparecer, como perda de olfato e um cansaço muito grande. Foi nesse momento que toda a história começou a mudar”.
Como as crianças ainda eram muito prematuras [estavam só com 32 semanas], meu médico orientou a não realizar o parto naquele momento, pois eu poderia colocar a saúde delas em risco. Se elas tivessem nascido naquele período, provavelmente, teriam precisado de uma UTI ainda mais intensiva ou até mesmo uma intubação.

“Estava tão preocupada com as minhas filhas, que eu não tinha noção da gravidade que entraria logo em breve”
Seguindo recomendações médicas, o tratamento contra a covid-19 foi postergado por causa da gestação. Porém, Duda não imaginava as consequências severas que isso poderia acarretar. Exames como tomografia e ressonância para entender se há comprometimento dos pulmões não puderam ser realizados de prontidão. Naquele momento, os bebês precisavam amadurecer os pulmões - e as vidas deles eram mais importantes para a apresentadora.

“Somente quando minhas filhas nasceram, na 34a semana, eu me senti pronta realmente para lutar contra a doença”.
Logo depois do parto, ela fez os exames e viu que os sintomas agravaram. No início, precisou usar oxigênio com capacidade máxima e, logo depois, outra máscara que, às vezes, precisava ser utilizada com morfina. Durante a internação, Duda foi e voltou da Unidade de Terapia Intensiva, ao menos, três vezes. Com 85% de comprometimento dos pulmões, ela contraiu pneumonia, como decorrência do primeiro diagnóstico. Em paralelo, os sintomas estavam cada vez mais agravados e precisou ser intubada.

“Foi o momento mais sofrido. Eu imaginava que estava com os dias contados para ver as crianças, mas não foi como eu esperava”.
Antes da intubação, ela conseguiu acompanhar os primeiros dias das filhas por meio de chamadas de vídeo. Apesar do mínimo contato, ela relembra que, desde o nascimento, não pode pegar as filhas no colo.

“Diria que está sendo a parte mais fácil, porque eu pedi tanto para ter as minhas filhas que, hoje, não há dificuldade, sangramento, dor nas costas ou nas pernas, na alma, não trauma que sejam maiores do que o amor, a paciência e a realização de poder cuidar das joias que eu tenho”.
Depois de todo o sofrimento, a apresentadora não consegue enxergar dificuldades na conciliação de maternidade e recuperação pós-covid. Ela vive o momento mais feliz de sua vida.

“Eu passei quatro dias amarrada, porque estava agressiva. Nesse momento, eu só pensava nas minhas filhas, porque eu estava totalmente perdida, mas sabia que precisava criar duas meninas lindas e fortes”.
Enquanto permaneceu intubada, as chances de sobrevivência eram quase mínimas. Os médicos chegaram a dar apenas 15% de expectativa, mas o apoio e cuidado médico foram fundamentais. Ela saiu do tratamento intensivo e os traumas começaram a aparecer. Teve confusões mentais e outras inúmeras e incômodas reações.

TRAUMA APÓS A DOENÇA

“Estou tentando entender muita coisa. Foi tudo muito sofrido e é uma mistura de perda, de revolta e medo. Me revolto em ver que muitas pessoas ainda não se conscientizaram. A mistura de sentimentos só reforça que a humanidade ainda precisa mudar e melhorar muito”.

Após os sustos, a apresentadora afirma que ainda tenta assimilar tudo. E faz um apelo:
“Solidariedade, amor ao próximo e compaixão”. As sequelas permanecem, mas ela segue a luta bravamente: “É livramento da morte, mas um caminho para sobreviver, e viver”.