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Família/Filhos / Relação

Entenda porque os pais não devem transferir seus medos aos filhos

Os pais não devem transferir seus medos aos filhos: entenda os motivos

Da Redação Publicado em 25/12/2019, às 19h00 - Atualizado em 02/03/2020, às 09h19

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Mesmo que você acredite que aquele medo é justificado, nunca exagere com uma criança - Banco de Imagem/Getty Images
Mesmo que você acredite que aquele medo é justificado, nunca exagere com uma criança - Banco de Imagem/Getty Images

“Como os pais são responsáveis por desenvolver fobia nos filhos?” M. C., por e-mail. 

As possibilidades de os pais terem ações que repercutem em desenvolver fobias em crianças são significativas. É óbvio que nenhum pai, mãe ou responsável deseja que seu filho desenvolva o problema, mas é inegável que os sistemas familiares podem facilitar o desenvolvimento de algum medo exacerbado. 

Nos processos terapêuticos que conduzo, venho utilizando o software TF Mind como ferramenta útil para a percepção dos medos exacerbados. Essa metodologia ajuda na desconstrução dos medos advindos desde a infância. 

O principal é que os pais saibam que os seus medos não podem ser transferidos aos seus filhos. Isso quer dizer que, se você tem medo de dentista, isso não pode ser justificativa para o seu filho evitar ir ao profissional. 

Do mesmo modo, se você tem medo de agulha, não pode incutir isso no seu filho a ponto de ele desenvolver o mesmo receio. Se você tem pavor de sangue não pode querer que o seu filho evite esse tipo de exposição. 

Por isso, além do exemplo positivo, os pais devem tomar cuidado com as palavras, ou seja, tentar sempre expor de modo otimista, sem deixar de ser realista, as situações que poderão gerar algum medo aos pequenos. Seus medos são reforçados pela repetição. Os medos dos seus filhos também. 

Então, não repita para ele o quanto tomar injeção é uma coisa ruim e/ou um castigo para crianças desobedientes. Ele vai acreditar, mesmo depois de crescer, e talvez nem se lembre o porquê. Mesmo que você acredite que aquele medo é justificado, nunca exagere com uma criança. 

Lembre-se de que a mente dela é fértil e tudo o que você plantar ali crescerá muito mais do que na sua mente calejada pelo tempo. 

Assim, chegamos a um outro ponto fundamental na criação de crianças sem fobia: escutar, entender, aceitar, ajudar e valorizar a autonomia do seu filho. 

NATALY MARTINELLI - Psicóloga Clínica especialista no tratamento psicológico utilizando ferramentas de realidade virtual (TFMind entre outros software) e hipnoterapia para transtornos de ansiedade. Acredita na dessensibilização por meio da exposição gradativa e na busca pelas razões da fobia para sua ressignificação. Site: www.natalymartinelli.com.br