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Idade é relativo! Asilo ou cuidador que fique em casa?

A grande maioria de nós irá, em algum momento da vida, ficar dependente de outra pessoa

Dr. Paulo Camiz Publicado em 19/01/2017, às 16h00 - Atualizado em 07/08/2019, às 17h45

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Idade é relativo! Asilo ou cuidador que fique em casa? - Shutterstock
Idade é relativo! Asilo ou cuidador que fique em casa? - Shutterstock
"Meus sogros não estão conseguindo mais se virar sozinhos, mas não querem morar com os filhos. Asilo ou um cuidador, qual a melhor opção?”

J. I., por telefone


A mentalidade latina dos brasileiros nos diz para mantermos todos em casa, em vez de lidar com o sentimento de culpa de colocar um familiar numa residência para idosos. Mas, em países desenvolvidos, os mais velhos já se programam para ir morar num local
desses! Será que isso é abandono? Se os cuidados forem bons ou até melhores do que em casa, não! Não há por que sentir culpa. O que faz pensarmos assim é a má impressão causada pelos residenciais que visitamos e que se encontram fora das exigências da Anvisa. Agora, se for contratar cuidador, deve-se levar em consideração as leis trabalhistas e pagar horas extras para o que exceder oito horas diárias. Muito cuidado com as empresas que não fazem contratos de carteira assinada com seus funcionários. Elas estão fora da lei e isso pode repercutir sobre a família que a está contratando. Além de exigir uma boa formação técnica, é bom avaliar a índole do cuidador. Vale ressaltar que também há uma mudança importante de toda a dinâmica da casa, onde haverá mais gente vivendo. De qualquer forma, o que vale é a mentalidade do paciente ou familiar. A grande maioria de nós irá, em algum momento da vida, ficar dependente de outra pessoa. Vamos nos preparar para um dia sermos cuidados?


Mercado aquecido
Maior expectativa de vida e famílias mais enxutas estão fazendo com que o mercado de cuidadores de idosos cresça cada vez mais. Segundo um levantamento feito pelo Núcleo Nacional das Empresas de Serviços de Atenção Domiciliar (Nead), praticamente aumentou em quatro vezes o número de empresas deste setor entre os anos de 2005 e 2013 – de 108 para 400 companhias. Isso
quer dizer que o crescimento é cerca de 5% a cada ano.

"A decisão depende de uma série de fatores e é dificultada pela sensação de culpa que os familiares podem sentir"


Dr. Paulo Camiz é geriatra e professor da Faculdade de Medicina da USP. É também idealizador do projeto “Mente Turbinada”, que desenvolve exercícios para o cérebro. Para ler outros artigos escritos por ele, acesse ogeriatra.com.br


Envie suas perguntas para dr. Paulo Camiz pelo e-mail anamaria@maisleitor.com.br