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O que fazer para seu filho dormir tranquilo

Saiba driblar a agitação noturna para garantir que as crianças aproveitem as horas de descanso essenciais para o desenvolvimento infantil

Ana Bardella Publicado em 07/09/2017, às 14h00 - Atualizado em 07/08/2019, às 17h45

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O que fazer para seu filho dormir tranquilo - Shutterstock
O que fazer para seu filho dormir tranquilo - Shutterstock
Seu filho deveria estar cansado, mas, mesmo com o anoitecer, segue cheio de energia. É uma luta para ele se aquietar na cama. O problema? “Criança que dorme mal fica irritada facilmente e tem a concentração e o desempenho escolar prejudicados. Além disso, pode ter dificuldade para acordar cedo e ficar desanimada”, alerta Clay Brites, neuropediatra da plataforma Neuro Saber. Veja como garantir uma boa noite de sono ao seu filho:

1 Estabeleça uma rotina
Não é mito: fazer as coisas sempre no mesmo horário facilita – e muito! – o repouso dos pequenos. Logo, seguir sempre os mesmos passos, como dar banho na criança ou contar uma história (cuidado para não ser muito agitada) antes de ir para a cama também facilita esse processo. “O próprio cérebro se adequa a essa sequência repetitiva, criando uma disciplina para dormir”, complementa o especialista.

2 Torne o ambiente aconchegante
Quanto mais estimulação visual ou sonora o pequeno sofrer à noite, mais dificuldade ele terá para conseguir dormir rapidamente. Então, tente reduzir os barulhos da casa assim que anoitecer, evitando conversar alto ou mesmo propor brincadeiras tumultuadas a partir desse período. Deixe a televisão na sala. Ou seja, nada de ter um aparelho extra no quarto das crianças. Ele pode ser prejudicial para o descanso.

3 Cuidado com os eletrônicos
Celulares e tablets também devem ser utilizados com moderação. Recentemente, uma pesquisa conduzida pela Universidade de Londres, na Inglaterra, revelou: a cada hora que um bebê entre 6 meses e 3 anos de idade usa um aparelho eletrônico (com tela que responde ao toque), ele perde pelo menos 15 minutos de sono por noite. A Sociedade Brasileira de Pediatria desencoraja esse contato com as tecnologias antes dos 2 anos e recomenda que, entre 3 e 5 anos, ele seja limitado a, no máximo, apenas 1 hora por dia. No entanto, nunca antes de dormir ou no horário das refeições da família.

4 Sem escapulidas no meio da noite
Muitas vezes, os pequenos preferem dormir junto dos pais. Porém, a prática não é a mais recomendada, pois pode interferir
negativamente no seu ritmo de sono. “Se alguém se mexer muito à noite, ele poderá despertar de madrugada. Já se um dos dois precisar levantar cedo, ele também pode acordar antes da hora...”, exemplifica Brites. Teve um pesadelo e correu para o quarto dos pais? Tudo bem deixá-lo ali por uma noite, mas procure não fazer da situação uma rotina.

5 Drible o famoso medo do escuro
Muitas crianças se sentem desprotegidas quando estão na escuridão e insistem para que os mais velhos deixem, pelo menos, uma luz acesa enquanto estão deitados. No entanto, a ausência de luz é necessária para que o organismo libere uma substância
chamada melatonina. Trata-se de um hormônio capaz de garantir que o corpo entre em relaxamento profundo e realmente descanse à noite. Por isso, deixe no cômodo apenas uma penumbra, como um abajur distante ou uma luz noturna plugada na tomada, para que o pequeno não se sinta desconfortável.

6 Sem longas sonecas durante a tarde
Se seu filho acorda cedo para ir à escola, ele provavelmente sente sono durante o período da tarde. “Tudo bem deixá-lo descansar, desde que não ultrapasse uma hora e meia de sono”, explica o neuropediatra.

7 Procure pelo pediatra
Caso essas medidas não estejam funcionando, converse diretamente com o médico do seu filho. Doença ou distúrbios de desenvolvimento, como déficit de atenção, autismo ou transtornos hormonais podem estar por trás da dificuldade em pegar no sono. É preciso investigar!

Molhou a cama outra vez?
Fazer xixi durante o sono é normal até os 5 anos. Caso o problema se estenda, procure um médico. “Estima-se que uma a cada dez crianças enfrente esse distúrbio por diferentes motivos”, explica Eliane Garcez da Fonseca, pediatra especializada em incontinência urinária na infância. Produção exagerada de urina ou uma contração constante da bexiga são alguns dos possíveis motivos – e todos eles têm tratamento. Não brigue, grite ou faça a criança passar por constrangimento por causa disso.