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Você e a garotada: Quanta personalidade, hein?!

Só ofereça a possibilidade de escolha quando você tiver tempo e achar que deve

Dra. Deborah Moss Publicado em 31/10/2016, às 14h00 - Atualizado em 07/08/2019, às 17h45

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Você e a garotada: Quanta personalidade, hein?! - Shutterstock
Você e a garotada: Quanta personalidade, hein?! - Shutterstock
"Minha filha tem 3 anos e começou a dizer qual roupa quer usar. Nem sempre o look fica bom, mas ela dá escândalo se a gente sugere outra combinação. O que fazer?”

J.A., por WhatsApp

Com essa idade, as crianças sabem muito bem o que desejam, mas não necessariamente do que precisam. Então, se der a ela a opção de escolha, você terá de arcar algumas vezes com o resultado bizarro do look ou com possíveis roupas inapropriadas ao clima e à situação. O desejo dela é sobre o imediato, sem ter, ainda, a capacidade de avaliar todas as variáveis que estão incluídas nessa escolha (ocasião, frio ou calor, conforto etc). Sendo assim, só ofereça a possibilidade de escolha quando você tiver tempo e achar que deve. Outra dica: para facilitar sua vida, mesmo nestas situações, restrinja as opções a apenas duas peças. Assim, ela se sentirá ativa na escolha sem ter um “armário” de possibilidades para escolher. Isso não significa que sua filha aceitará as restrições numa boa, principalmente porque você diz que ela costuma fazer escândalos quando é contrariada e só se acalma na hora em que consegue o que quer. Ainda assim, saiba que agora é a hora de enfrentar as birras e de mostrar que a última palavra é a sua, independentemente da reação dela. Já pensou se ela decide ir para a escola com uma roupa diferente do uniforme? Ou se teima em ir a um casamento calçando chinelo? Existem momentos na vida em que não nos resta a opção de escolha. Já em outros, somos privilegiados com um cardápio de possibilidades. Com o tempo e as experiências do dia a dia, sua filha perceberá isso e você poderá até valorizar os momentos em que a decisão final foi dela.



Nessa fase, as birras se intensificam, e muitos pais ficam assustados e constrangidos. Quando elas acontecerem, respire, pense que é apenas fase e não dê atenção ao chilique. Afinal, sem plateia não há show!


Dra. Deborah Moss neuropsicóloga especialista em comportamento e desenvolvimento infantil e mestre em psicologia do
desenvolvimento pela Universidade de São Paulo (USP). Consultora do sono certificada pelo International Maternity and Parenting Institute, no Canadá.


Envie suas perguntas para dra. Deborah Moss pelo e-mail anamaria@ maisleitor.com.br