O ator fez um balanço sobre a qualidade da teledramaturgia brasileira
Da Redação Publicado em 09/02/2021, às 18h11 - Atualizado às 18h16
Em 2021, a teledramaturgia brasileira completa 70 anos. Nesse período, muitas novelas mobilizaram o país, ditaram tendências, trataram de assuntos importantes e revelaram muitos talentos. Um deles é Antônio Fagundes.
Com papéis inesquecíveis, como Otávio Jordão, em ‘A Viagem’; Bruno Mezenga, em ‘O Rei do Gado’; Ivan Meireles, em ‘Vale Tudo’; Juvenal Antena, em ‘Duas Caras’; e César Khoury, em ‘Amor à Vida’, o ator tem um extenso currículo na TV Globo. Por isso, é difícil imaginar qual dos trabalhos mais o marcou pessoalmente.
Mas temos a resposta! Fagundes disse, ao ‘Podcast Novela das 9’, do ‘GShow’, que a novela 'Renascer' deveria ser reprisada.
"Tem uma novela que eu realmente sou apaixonado por ela... e por um acaso eu fiz essa novela, mas de qualquer forma é uma novela que eu sou apaixonado, que é Renascer. É uma novela do Benedito Ruy Barbosa e que também é uma dessas novelas que toda vez que é reprisada, faz um enorme sucesso", contou.
Na produção, o artista interpretou o Coronel José Inocêncio, pai de família bondoso, justo e querido pelos empregados, e dono de um verdadeiro império de cacau.
TELEDRAMATURGIA BRASILEIRA
Na visão do ator, o Brasil sabe ‘fazer novelas como ninguém’: "A teledramaturgia brasileira é uma das melhores do mundo. Hoje em dia, uma série [estrangeira] é quase uma novela. Ela mantém uma história mestre correndo durante todos os episódios, tem um suspense de um capítulo pro outro, enfim... tem uma estrutura dramatúrgica igual à da novela, que os estrangeiros todos vieram beber aqui", acredita.
Fagundes defende a estrutura das novelas mais antigas. "A coisa ficou meio dispersa hoje em dia, dramaturgicamente. Quando você pega as novelas daquela época, você pega novelas estruturadas de uma forma fantástica, as histórias são contadas como o autor queria que elas fossem contadas. E, naturalmente, com poucos personagens, com poucos cenários... e as cenas às vezes duravam 10 minutos. É uma coisa que você não acha mais hoje em teledramaturgia. Uma cena de um minuto hoje em dia é uma cena enorme em televisão", declarou, ainda no podcast do ‘GShow’.
