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Famosos / Polêmica

Presidente da Fundação Palmares diz no Twitter que não é afro-brasileiro

Sérgio Camargo ressaltou que o termo teria sido cunhado pela ''esquerda escravocrata'' para fomentar o rancor e dividir o país

Da Redação Publicado em 07/01/2021, às 10h26 - Atualizado às 10h26

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Sérgio Camargo foi nomeado presidente da Fundação por Jair Bolsonaro - Instagram@sergiodireita
Sérgio Camargo foi nomeado presidente da Fundação por Jair Bolsonaro - Instagram@sergiodireita

Sérgio Camargo, presidente da Fundação Cultural Palmares, escreveu em seu Twitter, na madrugada da última quarta-feira (6), que não é “afro-brasileiro”.

De acordo com sua visão, nenhum negro nascido no Brasil é. Para ele, a termologia foi criada pela “esquerda escravocrata”, já que o prefixo “afro” seria uma maneira de fomentar o rancor e dividir o país. 

“Não sou um afro-brasileiro! Nenhum cidadão preto nascido no Brasil é! A esquerda tenta nos prender ao passado e usa o prefixo ‘afro’ para fomentar o rancor e dividir o povo. Pretos são 100% brasileiros e ajudarão a fazer do Brasil um país melhor, livre da esquerda escravocrata”, escreveu Camargo.

OUTRAS POLÊMICAS
Esta, porém, não é a primeira vez que Sérgio Camargo se envolve em polêmicas. Em pleno no dia da Consciência Negra do ano passado, ele negou a existência de racismo estrutural no Brasil. 

Em outra ocasião ele fez críticas ao movimento negro, alegando as obras de Monteiro Lobato deveriam ser prioridade de leitura ao invés das pessoas ouvirem artistas, como os rappers Mano Brown e Emicida.  

Vale ressaltar que, nos últimos meses, as obras de Lobato passaram a serem contestadas por suas conotações racistas presentes nos livros. De acordo com o site Aventuras na História, em O Sítio do Pica-pau Amarelo, a personagem de Tia Nastácia é chamada, entre outras conotações racistas usada para inferiorizá-la por sua cor, de “negra beiçuda”. 

Mais recentemente, a bisneta do escritor, Cleo Monteiro Lobato, retirou os termos pejorativos de reedições dos contos.

Ele também já atacou Alcione nas redes sociais. Na ocasião, o presidente da Fundação Palmares afirmou que a cantora é uma "barraqueira, que incita ao crime e à violência contra um negro que tem opiniões próprias". Ele ainda se referiu ao trabalho da artista como "insuportável música". Alcione optou por não responder o ataque diretamente.