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Famosos / Há 28 anos

Raul Gazolla relembra planos de amigo para matar assassino de Daniela Perez

Atriz foi morta brutalmente pelo ator que fazia seu par romântico na época, Guilherme Pádua

Da Redação Publicado em 11/01/2021, às 14h20 - Atualizado às 14h25

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Raul Gazolla e Daniella Perez eram casados quando a atriz foi assassinada, em 1992 - Divulgação
Raul Gazolla e Daniella Perez eram casados quando a atriz foi assassinada, em 1992 - Divulgação

Raul Gazollavoltou a falar sobre o assassinato de sua esposa, Daniella Perez que ocorreu em 1992. O ator deu uma entrevista para o canal 'Rap77', na última quinta-feira (7), contando que, na época do crime, um amigo seu queria se vingar de um dos responsáveis pelo crime, Guilherme de Pádua, explodindo a delegacia onde ele estava preso.

"Eu tinha um amigo que era infrator. Quando ele soube do caso, não foi me visitar, não foi no enterro, nada... Quando passou o enterro, mandou me chamar na casa dele e eu fui. Falou: 'Gazolla, tô mandando descer todas as pessoas que eu conheço e a gente vai explodir a 16ª [Delegacia de Polícia da Barra da Tijuca] e vai matar o cara. Porque ninguém faz isso com mulher de amigo nosso”, relembrou.

O ator, porém, foi contra a ideia: "Eu fiquei umas duas horas convencendo ele de que não deveria fazer isso. Porque eu sou gente boa? Não. Porque eu falei assim: 'essa história está mal contada, tem mais coisa aí. Esse rapaz precisa viver para contar a verdade'. Aí o cara falou 'tá bom, ok. Você tem razão, vamos deixar correr com a Justiça’”.

"Além do mais, é o seguinte ... Quando você explodir a 16ª para matar alguém, você vai matar inocentes, cara! Eu não posso dormir com esse barulho na minha cabeça'”, continuou sobre o que falou para o tal amigo.

Ainda durante a live, Gazolla contou que costuma dividir os fatos da sua vida entre "antes de Dani e depois da Dani". Ele ainda comentou que tudo o que aconteceu "foi um trauma."

CASO DANIELLA PEREZ
Em 28 de dezembro, o crime contra Daniella Perez, completou 28 anos. O assassinato da filha da autora de novelas Glória Perez, é considerado um dos crimes mais brutais conhecidos no Brasil.

Na época, Dani, que tinha apenas 22 anos, foi morta por seu companheiro de novela, Guilherme Pádua, com ajuda de sua então esposa, Paula Nogueira Thomaz. Os dois interpretavam um par romântico na novela 'De Corpo e Alma'.

De acordo com o site Aventuras na História, a atriz e dançarina caiu em uma emboscada, após as gravações da novela, em 1992. O casal, então, a matou com mais de 18 golpes de faca. Segundo os resultados da autópsia que saíram na ocasião, Dani teve o pescoço, o pulmão e o coração perfurados.

Na época, a mãe da vítima precisou reescrever o rumo dos personagens Yasmim, interpretado pela filha e seu par romântico Bira, interpretado pelo assassino. O sumiço da personagem Yasmin, foi explicado com uma viagem de estudos para o exterior, já o personagem interpretado por Pádua, simplesmente deixou de existir.

De acordo com a investigação do crime, Guilherme estaria pressionando a atriz a convencer sua mãe, autora da novela em que Pádua e Perez contracenavam, a aumentar sua participação na trama, que havia sido diminuída justo na semana do assassinato.

Ainda segundo os arquivos, o ex-ator não ficou satisfeito e arquitetou o crime junto de sua esposa, que tinha um ciúmes doentio da então mulher de Raul Gazolla.

Na ocasião, em menos de um dia a notícia já havia rodado o país e, para não levantar nenhuma suspeita, o assassino compareceu ao velório da vítima, fingindo estar abalado com o acontecimento. No mesmo dia, o casal acabou confessando tudo.

CONDENADOS
Na noite do episódio brutal, uma testemunha ligou para a polícia descrevendo que havia avistado uma movimentação estranha na região da Barra da Tijuca e informando as placas dos veículos que estavam no local.

A polícia, então, começou uma investigação e perceberam que o carro de Pádua se encaixava com a descrição da testemunha, além de perceberem que o ator havia mudado sua placa.

Guilherme e a esposa foram detidos imediatamente e condenados por homicídio duplamente qualificado: por motivo torpe e impossibilidade de defesa da vítima. Eles foram sentenciados com 19 anos e seis meses de regime fechado, mas só cumpriram seis.

Hoje, Guilherme é pastor evangélico e não é mais casado com Paula Nogueira, de quem se separou em 1994.