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Lightyear é censurado em 14 países por cena de beijo lésbico

Animação da Disney Pixar, Lightyear sofreu censura por breve cena de beijo entre duas personagens femininas

Da Redação Publicado em 16/06/2022, às 12h34

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Lightyear é censurado em 14 países - Instagram/@pixarslightyear
Lightyear é censurado em 14 países - Instagram/@pixarslightyear

Lightyear’, o novo filme de animação da Pixar, sofreu censura em pelo menos 14 países da Ásia e do Oriente Médio por uma cena de beijo entre duas personagens femininas. A animação, um spin-off da franquia Toy Story, estreia hoje no Brasil (16 de Junho), em um lançamento que deveria ser mundial. 

A maioria dos países que censuraram o filme de seus cinemas, no entanto, já possuem um longo histórico de polêmicas envolvendo direitos humanos da comunidade LGBTQIAPN+. Entre eles estão os Emirados Árabes, cuja agência reguladora de mídia justificou o banimento por "violação dos padrões de conteúdo de mídia do país". 

Outro país em que o lançamento do longa ainda é incerto é a China, o maior consumidor do mercado cinematográfico do mundo. Colaboradores do estúdio Pixar afirmaram receber pedidos para cortar algumas cenas “progressistas demais”, de alguns Estados, coisa que se negaram a fazer. 

Curiosamente, não foram apenas países considerados conservadores que censuraram o trecho, já que a própria Disney o cortou no começo do ano, ação revogada diante dos protestos de toda a equipe. A empresa, que vive um cenário bastante contraditório, sob acusações de censura homofóbica por artistas do setor, também possui um grande portfólio de filmes com a temática da diversidade e filmes banidos inclusive em estados do próprio Estados Unidos.

Segundo 'Correio Braziliense', Galyn Susman, produtora do filme, ressaltou sobre os pedidos de alteração e a importância da cena para a trama: “A Disney não vai modificar o material, nós não vamos cortar nada, especialmente algo tão importante como o relacionamento amoroso e inspirador, que mostra a Buzz o que ele está perdendo por causa das escolhas que ele está fazendo."

DIVERSIDADE NAS ARTES

A última década do cinema vem se mostrando um forte exemplo da luta pelos direitos humanos ao redor do mundo, principalmente no que se diz respeito à gênero, etnia e sexualidade. 

Quando ‘A Bela e a Fera’ foi lançado em 2017, cinemas no sul dos Estados Unidos e na Rússia proibiram a exibição do filme por conter um personagem gay. Mais recentemente, em 2019, a Disney foi alvo de críticas ao anunciar Halle Bailey, uma atriz negra, para protagonizar o live-action de ‘A Pequena Sereia’, previsto para ser lançado em Maio de 2023.

Um dos dubladores originais de ‘Lightyear’, Taika Waititi  se pronunciou sobre o absurdo dos banimentos, expressando sua solidariedade à comunidade queer: "Nós esperamos por um tempo em que não precisaremos nem ter essa conversa. [...]  Então, sempre que esses pequenos passos que os estúdios estão fazendo... as vezes parecem pequenos, mas são passos. São passos para normalizar humanidade e amor."