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‘Êta Mundo Bom!’ volta no Vale a Pena Ver de Novo; relembre a história e os personagens

Novela de Walcyr Carrasco substituirá ‘Avenida Brasil’ na faixa da tarde

Da Redação Publicado em 25/04/2020, às 17h30 - Atualizado às 18h50

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‘Êta Mundo Bom!’ volta dia 27 no 'Vale a Pena Ver de Novo' - Globo / João Cotta
‘Êta Mundo Bom!’ volta dia 27 no 'Vale a Pena Ver de Novo' - Globo / João Cotta

A novela ‘Êta Mundo Bom!’, transmitida originalmente em 2016 na Globo, voltará no Vale a Pena Ver de Novo, na próxima segunda-feira (27). A trama de Candinho (Sergio Guizé) fará dobradinha com a última semana de ‘Avenida Brasil’.

Para quem não se lembra, o que guia a história é bordão do protagonista de Guizé: “Tudo o que acontece de ruim na vida da gente é ‘pra meiorá’”. Logo no início, ele parte em busca de sua família perdida com apenas um colar como pista.

Escrita por Walcyr Carrasco, a direção geral e de núcleo é de Jorge Fernando, que comanda a novela com os diretores Marcelo Zambelli, Ana Paula Guimarães e Diego Morais.

Relembre a trama e os personagens:

O início da saga de Candinho

Anos 1920, mansão da rica fazenda Goytacazes. Candinho (Sergio Guizé) nasce numa noite chuvosa, em clima de total tensão. O parto é muito difícil, e o Barão de Goytacazes (Celso Frateschi) pode chegar de viagem a qualquer momento. Com a ajuda da mucama e de sua mãe – a Baronesa de Goytacazes (Natália do Vale) – Anastácia (Nathalia Dill), que engravidou sem ser casada, conseguiu despistar o pai durante os nove meses de gestação. Mas, no dia do nascimento do bebê, ele chega em casa e se depara com a situação. O Barão ordena ao capataz que suma com a criança imediatamente. A mucama consegue impedir que o homem de confiança do patrão jogue o recém-nascido do penhasco, mas também não vê outra saída e acaba embalando Candinho num cesto e colocando-o no rio, à mercê da correnteza. A única esperança de Anastácia um dia reencontrar o filho é o medalhão com uma foto dela que consegue colocar no pescoço do bebê antes de a mucama deixar o quarto.

Levado pelas águas, Candinho vai parar na fazenda Dom Pedro II, uma propriedade decadente no interior de São Paulo, onde vivem Quinzinho (Ary Fontoura) e Cunegundes (Elizabeth Savalla). O casal, que há tempos tenta um herdeiro sem sucesso, decide ficar com o bebê. Mas não demora para Cunegundes finalmente engravidar, e o menino vai sendo deixado de lado pelos “pais”, mesmo com a proteção de Eponina (Rosi Campos), irmã de Quinzinho, e Manuela (Dhu Moraes), a empregada da fazenda. Um amigo da família também está sempre por perto, apoiando Candinho: Pancrácio (Marco Nanini). Professor de filosofia muito sábio, esperto e generoso, ele acompanha a vida do rapaz desde que chegou à fazenda e se interessa por sua origem com a intenção de ajudá-lo.

E, para piorar a situação de Candinho, depois do nascimento da primogênita Filomena (Débora Nascimento), Cunegundes espera um casal de gêmeos.

Muitos anos depois…

Anos 1940. Adulto, Candinho (Sergio Guizé) tornou-se um caipira típico e vive como empregado na fazenda. Cuida dos animais, serve à mesa, faz de tudo, sem direito a quase nada. Mora num barraco do lado de fora da casa principal, de onde recebe as ordens, normalmente aos gritos. Não sai de perto de seu “meió amigo”, o burro Policarpo, para quem Candinho confessa seus segredos mais íntimos, como o amor por Filomena (Débora Nascimento). A bela morena corresponde, mas ninguém percebe o clima entre os dois, embora vivam grudados desde criança.

Até que um dia o primeiro beijo de Candinho e Filomena acontece. O casal é flagrado por Cunegundes, que, na mesma hora, arma um escândalo e exige, diante de toda a família, que Candinho seja expulso da fazenda. Na partida, ele pede para levar o burro Policarpo, seu amigo inseparável. Candinho vai embora, arrasado, deixando toda uma vida e seu grande amor para trás.

Preocupado, Pancrácio (Marco Nanini) alcança Candinho na estrada e o aconselha a ir para São Paulo, em busca de sua mãe. Soube, através do ex-capataz de uma rica fazenda, que um bebê fora abandonado na mesma época do seu nascimento, e que a mãe, de sobrenome Goytacazes, teria se mudado para a capital. Ainda usando o medalhão no pescoço, Candinho encontra uma missão: procurar sua mãe na cidade grande.

Enquanto isso, na fazenda…

Filomena (Débora Nascimento) passa os dias sofrendo com a partida de Candinho (Sergio Guizé) e acredita que nunca mais irá vê-lo. A mãe, Cunegundes (Elizabeth Savalla), não se conforma com o “chororô” da filha e diz que ela e sua irmã mais nova, Mafalda (Camila Queiroz), precisam se casar com homens ricos. Principalmente porque a família está endividada, com risco até de perder a propriedade. Ela avisa que as levará a um grande baile em Piracema, cidade próxima, onde provavelmente estarão todos os filhos de fazendeiros e comerciantes da região.

Na festa, Filomena não consegue parar de pensar em Candinho e fica sentada sozinha num canto. Até que um belo rapaz se aproxima e a convida para dançar. É assim que Filomena conhece Ernesto (Eriberto Leão), um homem vaidoso, sedutor e que se aproveita de mulheres ingênuas. Ele logo percebe que ela tem um dom especial para a dança e pensa em levá-la para trabalhar no Taxi Dancing – lugar onde os homens pagavam para dançar com as mulheres. As moças que trabalhavam no Taxi Dancing não eram associadas à prostituição, mas ficavam mal faladas. E, assim como já fez com outras mulheres, Ernesto quer levar Filomena para o Dancing que frequenta quase todas as noites e, com charme e muita lábia, passar a tirar dinheiro dela.

Desiludida com a partida de Candinho, Filomena permite que Ernesto vá à fazenda para pedi-la a seus pais em namoro. Embora apaixonada por Candinho, ela se sente atraída pelo charme de Ernesto e também quer se livrar da opressão da mãe e da vida entediante na fazenda. Mas Cunegundes, ao perceber que o pretendente – que se apresenta como caixeiro viajante – não é rico, proíbe a filha de namorá-lo.

Aparentemente, Ernesto desiste e vai embora, mas, depois, reaparece, escondido, e consegue falar com Eponina (Rosi Campos). Ele implora que ela convença Filomena a ir até a porteira, mais tarde, conversar com ele. Eponina, solteirona extremamente romântica, decide “bancar o cupido” e ajudar Ernesto. Filomena vai ao encontro do belo rapaz, que a faz acreditar que está perdidamente apaixonado e propõe que fuja para São Paulo com ele. Lá, se casariam e construiriam uma vida juntos. Certa de que nunca mais verá Candinho, ela aceita a proposta e vai embora com Ernesto na calada da noite.

Um caipira na cidade grande

Candinho (Sergio Guizé) chega a São Paulo após uma viagem cheia de aventuras ao lado de seu burro Policarpo. Logo se assusta com a imensidão da capital, a quantidade de carros passando, e quase é atropelado. Sem ter para onde ir, ele dorme na rua e é abordado por um policial, mas escapa com a ajuda de Pirulito (JP Rufino), um garoto simpático e animado, que vive nas ruas. Pirulito é esperto e passa a ensinar Candinho a se virar na cidade.

A afinidade entre os dois é imediata. Agora, além do burro Policarpo, Candinho tem sempre a companhia de Pirulito. O garoto sugere que paguem um quarto na pensão de Camélia (Ana Lúcia Torre) com o pouco dinheiro que Candinho trouxe da fazenda. Por causa de Policarpo, a dona da pensão aluga um barraco do lado de fora da casa, mas avisa: não tolera dívidas. Se deixarem de pagar, voltarão a dormir ao relento.

Candinho e Pirulito pensam em formas de ganhar dinheiro. Inicialmente, decidem vender cocadas, mas o moço do Interior, ingênuo, entrega todas a um único cliente, que some sem pagar. Depois, descobrem um tira-manchas milagroso, mas, na primeira demonstração, estragam a roupa de um possível comprador. Sem conseguir encontrar uma nova atividade, a dupla deixa de pagar a pensão. Camélia não se compadece e ainda exige que o burro fique como garantia. Arrasado, Candinho se separa pela primeira vez de Policarpo, mas promete que logo voltará para buscá-lo. Como “tudo o que acontece de ruim na vida da gente é ‘pra meiorá’”, Candinho, inesperadamente, encontra Pancrácio (Marco Nanini), o amigo da fazenda, vestido de mendigo na porta de uma igreja.

O professor arranjou uma forma bem estranha de sobreviver. Sem conseguir emprego para dar aulas de filosofia, tira seu sustento com as esmolas que ganha nas ruas, sempre disfarçado. Um dia está vestido de ex-combatente de guerra, no outro de mulher, outro dia finge ser cego e por aí vai. Candinho acha tudo muito esquisito, mas o reencontro é emocionante. Pancrácio mostra que continua sendo uma espécie de anjo da guarda e leva ele e Pirulito para morarem em sua casa. O professor vive numa residência humilde, lotada de livros, mas onde nunca falta o que comer. Sentados à mesa, enquanto saciam a fome, conversam sobre a vida. Pancrácio aconselha Candinho a não desistir de procurar sua mãe. Juntos, os dois buscam o sobrenome Goytacazes na lista telefônica, mas nada encontram. Pancrácio imagina que ela deva usar o nome de casada, então sugere que andem de igreja em igreja para descobrir onde se casou uma moça rica com este sobrenome quando solteira.

As voltas que o mundo dá

Logo após a viagem de trem para São Paulo com Ernesto (Eriberto Leão), em clima de romance, Filomena (Débora Nascimento) percebe que caiu em uma grande cilada. Ele a leva para um hotel decadente próximo à Estação da Luz, onde desembarcam, e pede um quarto só, para a indignação da jovem. Filomena questiona, mas acaba cedendo, certa de que os dois irão apenas dormir juntos. Só que Ernesto mais uma vez consegue o que quer da moça. Garantindo que irão se casar no dia seguinte, a convence a se entregar para ele. Mas depois da noite de amor, Ernesto diz, na maior cara de pau, que não se casará com ela, pois ainda não consegue sustentar os dois. Revela que não trabalha como caixeiro viajante e que vive de pintar quadros.

O mundo desaba para Filomena. Ela se arrepende, mas não tem como voltar atrás. Sua família jamais a aceitaria de volta. A moça, sem saída, acata a sugestão de Ernesto para trabalhar no Taxi Dancing. Tentando vencer a timidez a qualquer custo, começa a dançar no estabelecimento de Paulina (Suely Franco), onde também trabalham as jovens Diana (Priscila Fantin) e Clarice (Marianna Armellini), com quem acaba dividindo um apartamento.

Não demora muito, Ernesto começa a pegar o dinheiro de Filomena, sempre com o pretexto de comprar tintas e outros materiais para pintar seus quadros. Aos poucos, ela vai deixando a menina do Interior para trás e começa a tentar se vestir, falar e agir como as outras moças do Dancing. Até que numa noite Filomena briga com Ernesto e sai do salão de dança chorando, sem rumo. Candinho (Sergio Guizé), que está vendendo pipoca com Pirulito (JP Rufino) perto dali, mal consegue acreditar quando percebe que a mulher bem produzida que avista é Filomena.

Os dois se olham cheios de paixão. Candinho acalma seu grande amor e a leva até a casa de Pancrácio (Marco Nanini), onde adormecem pensando um no outro. No dia seguinte, Filomena cai em si e decide ir embora, sem avisar Candinho. Tem certeza de que não é mais digna dele. Candinho fica arrasado, mas não vai desistir de seu amor. Aos olhos dele, Filó, como a chamava na fazenda, é a mesma de sempre.

Tão perto, tão longe

Anastácia (Eliane Giardini), a mãe de Candinho, está perto, bem perto. Religiosa, ela frequenta a igreja quase todos os dias. A mesma igreja em que Pancrácio (Marco Nanini) costuma pedir esmolas, disfarçado. E ela sempre contribui com uma boa quantia. Certo dia, Candinho (Sergio Guizé) vai até o local em busca de informações sobre a moça de sobrenome Goytacazes e, por coincidência, Anastácia também está lá rezando, pedindo para encontrar o filho perdido. Mãe e filho chegam a ficar lado a lado, mas sem saber quem são.

Determinada a procurar o filho, Anastácia decide contratar o detetive Jack (Davi Lucas) por sugestão de seu advogado e braço direito, Dr. Araújo (Flavio Tolezani). Ela acaba de ficar viúva e agora é livre para ir atrás de seu herdeiro. Dona de uma fábrica de sabonetes muito bem sucedida, Anastácia não teve outros filhos e mora com os sobrinhos do falecido marido: Sandra (Flávia Alessandra) e Celso (Rainer Cadete). Falsos ao extremo, na frente da tia, se mostram muito interessados em ajudá-la a encontrar o filho, mas, na verdade, se articulam para que isso nunca aconteça. Afinal, se Anastácia chegar até o rapaz, eles perdem o direito à herança.

Por obra do acaso, Sandra conhece Ernesto (Eriberto Leão), e os dois logo percebem que têm muita sintonia e que podem se dar bem juntos. Começam uma parceria, que também dá direito a momentos de romance. Eles elaboram um plano para afastar de vez a sombra desse herdeiro. Por enquanto, Ernesto nem sonha que o filho da milionária Anastácia é o caipira que vive atrás de Filomena (Débora Nascimento). E, com os vilões no caminho, o reencontro de mãe e filho será um desafio quase impossível de se vencer.