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Ano Novo Chinês: Boi Metal traz trabalho e disciplina para 2021

Período, que começa nesta sexta-feira (12), vai até dia 31 de janeiro de 2022

Beatriz Cresciulo, com supervisão de Vivian Ortiz Publicado em 12/02/2021, às 08h20

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Ano Novo Chinês: Boi Metal traz trabalho e disciplia para 2021 - Pixabay
Ano Novo Chinês: Boi Metal traz trabalho e disciplia para 2021 - Pixabay

Fim do ano do rato e início do ano do boi! O ano novo chinês começa oficialmente nesta sexta-feira (12) seguindo o mesmo elemento de 2020: o metal.  O recomeço em 2021 confere pitadas de empreendedorismo e muita garra para realizar os objetivos.

Para iniciar a análise do período que acabou de começar, a professora de astrologia Vanessa Alvaiz explica que é preciso deixar uma coisa clara: o que ficou para trás é passado.

"O ano de 2019 marcou o término de uma década que não voltará mais. Durante 2020, percebemos e sentimos as mudanças. Vale lembrar que as transformações que ocorreram se deram devido à regência do Rato, que encabeça o ciclo composto por doze animais", explica.

ENTENDA O CALENDÁRIO CHINÊS

Acontece que, enquanto nas culturas ocidentais, o calendário oficial é o Gregoriano, baseado no Ano Solar (tempo gasto pela Terra no seu movimento de translação em volta do Sol), na China estabeleceu-se um calendário baseado no Ano Lunar, formado pelo decurso das doze luas novas.

A cada um dos anos é aplicado o nome de um dos doze signos do Zodíaco Oriental (rato, boi, tigre, coelho, dragão, serpente, cavalo, carneiro, macaco, galo, cão e porco). Na primeira lua nova, que sempre ocorre entre 20 de janeiro e 19 de fevereiro, inicia-se o ano novo chinês. 

ANÁLISE DE 2020 
O Rato, regente do ano que passou, mostrou a que veio.  Assim como o animal causa repulsa nos seres humanos, o ano regido por ele também foi marcado por grandes impactos na vida de todos. Historicamente, muitas pessoas tinham medo dos ratos por tê-los associados às ondas de epidemia da peste bubônica, que assolaram a Ásia e a Europa no século 14.

"Ainda assim, há uma lenda chinesa, que traz o rato como o animal esperto, ligeiro e mais rápido do zodíaco. Assim como o macaco, ele acaba transformando as coisas e as tornando em algo ainda maior do que são de fato", relata Alvaiz. 

ANÁLISE DO BOI METAL
Agora que o rato saiu de cena, é a vez do Boi metal comandar. A professora revela que o símbolo é considerado como um animal mais lento, trabalhador e segue o lema: “Devagar e sempre”.  O Boi preza pela lealdade, dedicação, fidelidade, trabalho a longo prazo, planejamento e segurança, sendo conservador.  

Embora o Boi tenha um aspecto pesado e masculino aqui para o Ocidente, no Oriente não é bem assim, já que na língua chinesa não existem gêneros. Portanto, não há um significado sexual na atribuição de gêneros.

O que acontece é que, devido à definição dos filósofos chineses, o Boi é considerado Yin, que significa escuridão, e remete ao subjetivo, público,  não ter o costume de sorrir muito, ser conservador no modo de se vestir, não ser espiritual, ter amor pela família e ser material. 

A  especialista conta ainda que o Boi  é profundamente convicto em suas opiniões e princípios, sabendo transmitir o que pensa com muita clareza. Tem uma destreza intelectual que é mais pronunciada do que a dos Bois dos outros elementos. Em geral, o Boi de Metal mostra uma forte inclinação pelos conhecimentos clássicos e pela erudição."

O Boi de metal nasceu para vencer e, mais do que os outros, não suporta sequer a menção da palavra 'fracasso'. Luta por seus objetivos com incrível obstinação, a ponto de desrespeitar as pessoas que, por infelicidade, se colocarem em seu caminho. Quando não consegue o que quer, o Boi pode tornar-se inflexível e intransigente. No seu aspecto mais positivo, é um líder nato e sabe conquistar o respeito e a admiração de todos", assegura. 


Já no que diz respeito ao elemento Metal, Alvaiz revela que ele fortalece ainda mais o caráter deste signo lunar, o que pode acabar causando um comportamento excessivamente rígido. No seu aspecto mais negativo, o Boi de Metal se fecha demais na sua própria maneira de ser e nem sempre é capaz de compreender uma atitude moderna ou pioneira.     

O QUE ESPERAR DO ANO DO BOI?
A astróloga infere que o ano será marcado por muito trabalho, perseverança, dedicação e disciplina. Boi é considerado o animal mais trabalhador do zodíaco chinês. Traz prosperidade para quem trabalhou.  As relações baseadas na sinceridade, comprometimento, terão sucesso. "Vale lembrar que o Boi ama a lealdade e a fidelidade", diz. 

LUNAÇÃO DE AQUÁRIO
Na noite da última quinta-feira dia (11/2) chegou a lua nova no signo de aquário, o que para a China significa que é ano novo! Para os chineses esse é um grande evento, o encontro de seis grandes astros no signo que simboliza o coletivo e aquele que será a grande estrela do ano, Aquário.

A numeróloga explica que, durante o ano de 2021, os planetas Saturno e Júpiter são os responsáveis por um processo de mudança e afirma que eles estarão no signo de aquário. "Ou seja, estarão chamando pelo coletivo, para olharmos para o lado. Além disso, o trabalho será constante e em grupo", diz. 


Aquário é um elemento ar. Ou seja, iremos mudar de hábitos, rotinas, dietas, mas a grande sacada será a mudança mental. Deverá encarar as mesmas situações, só que de maneiras diferentes.    

"Aquário consegue analisar as situações sob um ponto de vista prático e racional, como se estivesse fora delas. Como é o signo do elemento ar, ele flui. Não fica preso aos pormenores, por isso é considerado o revolucionário do zodíaco. Ele desafia as normas e convenções e questiona tudo o que é imposto. Além disso, é libertador, não se cala, procura saber sempre mais, compreender. Traz o sentimento de se libertar de algo, agir de maneira distinta, prática e lógica, no português claro, sem sofrência."

Urano é o regente de Aquário, o planeta que visa o progresso, o bem estar, o coletivo, a melhoria das condições da vida, um espirito de grupo e é capaz de sacrificar a sua vontade pessoal em prol daquilo que considera que beneficia os outros.  

Essa lunação com seis planetas no signo de aquário, tem um efeito mágico porque vamos entrar na vibração visionaria do signo.

"O convite aqui é desbravar novos caminhos, ver novas perspectivas, ampliar e desafiar sua mente, ir além daquilo que já conhece, sair da zona de conforto. Também sugere-se ficar atento à onde estamos colocando nossa energia, já que aquilo em que focamos ela, ganha força. Com essa lua nova em aquário, a expansão será maior, portanto, pense com carinho o que deseja e a forma que deseja", indica. 

Estamos em um período de fazer tudo acontecer! Precisamos ter consciência disso, esse é o primeiro passo. Depois disso, devemos visualizar, mentalizar e ver como podemos deixar de praticar a insanidade. Ou seja, fazer as mesmas ações e esperar resultados diferentes. A mudança chegará quando nos conscientizarmos e agirmos de uma maneira diferente.  

A lunação é mágica no sentido de fazer você despertar, mas não no intuito das mudanças serem concretizadas correndo. Observe tudo, permita-se pensar de várias de maneiras, acredite, conceba seus projetos, sonhos e verdades.   

"Se lembra do dia 20 de dezembro? Com aquela grande conjunção entre Saturno e Júpiter? Alguns acontecimentos daquele momento, podem ser ativados agora. Bora viver", reitera. 

A HISTÓRIA POR TRÁS DO BOI

A especialista revela que a lenda “Como o Boi Ganhou os seus Chifres” conta que, em uma pequena aldeia no alto das montanhas, vivia um menino de 10 anos de idade e a sua mãe viúva. Eles tinham um pedaço de terra na encosta da montanha, deixado pelo pai do menino, que foi para a guerra e morreu como herói numa batalha.

As outras famílias nas terras vizinhas, tinham dois bois e cavalos para ajudar a arar o campo. O menino e a mãe levavam uma vida dura e difícil sem a ajuda de nenhum animal na fazenda para ajudá-los a trabalhar a terra.
Os Bois, naquela época, se assemelhavam aos cavalos com a diferença de que eram maiores, mais fortes e mais mansos. O menino adorava os Bois e sempre admirava os animais dos vizinhos e comentava com a mãe:
- Como gostaria de ter um Boi só meu, mamãe:
- Não seja tolo, meu filho – dizia a mãe. – Não deseje coisas que não poda ter. Não percebe como somos pobres? Onde vamos conseguir dinheiro bastante para comprar um Boi?
- Eu sei, mãe – suspirava o menino - Mas assim mesmo eu posso sonhar com isso, não posso?

Na pobre aldeia no alto das montanhas, as crianças não iam à escola. Elas não aprendiam a ler ou a escrever. Em vez disso, deviam aprender sobre a terra para se tornarem camponeses como os seus pais e os pais dos seus pais antes deles. 

O menino começou a desenhar com carvão figuras do Boi no chão. O problema é que, lajotas de pedra e  os pedaços de bambus usados para fazer papel eram caros e difíceis de conseguir. Ele ser tornou um desenhista tão bom de Bois que começou a fazê-los cada vez maiores.

Até que um dia ele se tornou capaz de desenhar um Boi em tamanho natural na parede da cabana. O menino trabalhou com todo o capricho, desenhando cada pelo do Boi, e à medida que desenhava as orelhas, os olhos e a boca, ia falando e cantando para a sua figura de carvão, dizendo como seriam felizes juntos e como seria bondoso com o Boi.

- Você será o meu melhor amigo, o irmão que nunca tive e o pai que perdi – sussurrava o menino para o desenho do Boi. – Nós vamos fazer de tudo juntos. 

Na noite em que terminou o quadro do Boi, depois que que ele adormeceu, os deuses do céu compadeceram-se do rapaz e decidiram dar vida ao desenho do Boi. O desejo dele era muito sincero e puro. Quando acordou na manhã seguinte, o menino ficou surpreso e feliz a encontrar um grande e manso Boi lambendo a sua bochecha. O menino e a mãe mal podiam acreditar na sua sorte. O Boi os ajudou a trabalhar na sua pequena área da terra, plantando as sementes e afastando rochas e pedregulhos para abrir uma área maior onde pudessem semear outras espécies de plantas e até algumas árvores frutíferas.

Quando chegava a noite, o menino levava o Boi para dentro da cabana, já que ele era o seu bem mais precioso. O menino adorava conversar e cantar com o seu Boi, que sempre o escutava quieto e paciente.
As notícias sobre o formoso Boi logo chegaram à aldeia vizinha. Depois de mais ou menos um ano, um grupo de homens veio visitar o rapaz e a mãe.

Eles se ofereceram para comprar o Boi para o seu senhor, o Duque de Yore. Naturalmente, o menino e a mãe recusaram e disseram que nenhuma quantia de ouro os faria se separar do seu querido Boi. Foi então, que os homens se enraiveceram e amarraram fortes cordas ao redor do pescoço do Boi, arrastando-o para fora com a ajuda dos seus cavalos.


O menino chorou e implorou, mas os homens lhe bateram e o chutaram quando ele tentou interromper seu caminho. A pobre mãe foi impotente para ajudá-lo e protegê-lo, e os homens maus de Yone a empurraram e jogaram no chão. Sem a ajuda do seu fiel Boi, o menino e a mãe logo se viram desamparados e voltaram a trabalhar na terra sozinhos.

O inverno chegou, a mãe do menino adoeceu e já não podia mais ajudá-lo no trabalho.O menino pensava sempre no seu querido Boi e sentia muito a sua falta. Uma noite, enquanto a neve caía, o menino recomeçou a desenhar e fez outro Boi em tamanho natural na mesma parede da cabana.

Durante toda a semana ele fez o possível para se lembrar de todos os detalhes do Boi, mas quando finalmente colocou o ponto nos olhos para dar vida ao Boi, o menino não conseguiu concluir a tarefa. Ele se sentia como estivesse sendo desleal com o primeiro Boi, que fora tanto como um irmão quanto o melhor amigo. Enquanto se lamentava pelo Boi perdido, o menino dormiu e teve um sonho estranho. Sonhou que o Boi o procurava e falava:

-Por favor, não chore, irmãozinho. Eu voltarei logo para você. Eu voltarei logo para você. Mas primeiro você tem de fazer algo para me ajudar a me libertar destas pessoas ruins que me mantém prisioneiro. Quando acordar, terá de desenhar um par de chifres fortes na minha cabeça no seu desenho. Tenha fé, acharei um meio de voltar para casa.
O menino acordou e imediatamente fez o que o Boi lhe pediu no sonho. Depois de terminar o desenho dos chifres e colocar o ponto nos olhos do Boi, ele viu o Boi piscando para ele, como se o tivesse reconhecido. A mãe do menino não aprovou o segundo desenho do Boi e lhe falou assim:

- Não provoque o destino outra vez, meu filho. Outro Boi nos traria mais infortúnio e desgosto. Estamos destinados a permanecer pobres e a trabalhar duro durante toda a nossa vida. Esse é o nosso destino, meu filho, não adianta teimar.

O menino não discutiu com a mãe, sentou-se determinado e ficou em silêncio durante todo o dia, rezando do fundo do coração para que o Boi voltasse para casa. Quando a noite chegou, mãe e filho enrolaram-se nos seus pobres cobertores de lã e logo adormeceram.

Pela manhã, quando o menino e a mãe despertaram, o quadro do Boi tinha desaparecido da parede como antes. Fora da cabana, eles ouviram um mugido baixo, que era a voz familiar do querido amigo. Ao abrirem a porta, encontraram lá fora o Boi, ainda com algumas cordas no pescoço e também com sangue nos chifres.


Daquele momento em diante, os deuses perceberam a sabedoria do Boi ao pedir os chifres. Foi daí em diante que todos os outros Bois e búfalos ganharam chifres para que se protegessem contra aqueles que os maltratassem. Juntos, o menino e a mãe viveram felizes com o Boi durante muito tempo. Uma vez mais, o Boi lhes trouxe prosperidade e segurança e eles nunca mais ouviram falar dos homens maus de Yore.