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Anticoncepcional: entenda todos os mitos e verdades do método contraceptivo

A pílula protege de doenças sexualmente transmissíveis? É 100% eficaz? Especialista responde

Júlia Arbex Publicado em 11/08/2019, às 09h00 - Atualizado em 18/08/2019, às 10h56

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Não existe nenhum método contraceptivo que seja 100% competente - Banco de Imagem/Getty Images
Não existe nenhum método contraceptivo que seja 100% competente - Banco de Imagem/Getty Images

A pílula anticoncepcional chegou ao mercado nos anos 60 e revolucionou a saúde e o comportamento das mulheres. Elas passaram a ter mais autonomia sobre o próprio corpo, com a tomada de decisão a respeito de querer ou não ter filhos, gerando também uma mudança na relação com o sexo, principalmente sem a condição de estarem casadas. 

No Brasil, seu comércio teve início em 1962. Hoje, o anticoncepcional está sendo questionado, levando em conta seus riscos. Além disso, as mulheres procuram uma partilha de responsabilidade sobre a contracepção com os homens, já que questões de saúde da mulher voltaram a ganhar força. 

Conversamos com os ginecologistas e obstetras Alberto Guimarães, Domingos Mantelli e Maysa Rodolfo sobre o método contraceptivo.

PODE CAUSAR INCHAÇO 
Verdade - Geralmente, os principais efeitos colaterais são: inchaço, diminuição da libido, dores de cabeça e irregularidade menstrual com escapes. Vale ressaltar que o aumento de peso não deve ser exagerado. Se isso ocorrer, fale com o médico. Talvez seja o caso de rever a prescrição.

A PÍLULA SERVE PARA EVITAR A GRAVIDEZ 
Verdade - Ela é composta por hormônios sintéticos que simulam os nossos hormônios naturais: estrogênio e progesterona. Quando estes compostos estão no organismo, a ovulação e a preparação do útero para a gestação não ocorrem.

PODE SER CONSIDERADO UM MÉTODO ABORTIVO 
Mito - O anticoncepcional não permite a ovulação e, consequentemente, não há fecundação e formação do embrião. Como não há gravidez, também não ocorre abortamento.

A PÍLULA É 100% EFICAZ 
Mito - Não existe nenhum método contraceptivo que seja 100% competente. No entanto, sua eficácia é superior a 99%, quando tomada corretamente. O efeito protetor depende do uso diário, de preferência no mesmo horário, respeitando o período de pausa, se houver. Além disso, é aconselhável usar preservativo nas relações sexuais no primeiro mês de utilização da pílula. 

Vale lembrar os principais fatores que podem alterar o efeito do medicamento: consumo excessivo de bebidas alcoólicas, vômitos ou diarreia após a ingestão da pílula, atraso para tomar ou esquecimento e uso de algumas medicações, que podem diminuir o efeito, como antibióticos, remédios para tratamento e prevenção de crises convulsivas, para controle de HIV e alguns fitoterápicos.

O ANTICONCEPCIONAL PRECISA SER CORTADO POR ALGUNS MESES PARA O ORGANISMO “RESPIRAR” 
Mito - Não há nenhuma comprovação científica demonstrando que o uso contínuo de anticoncepcional traz algum risco à saúde. Além disso, a ingestão da pílula não afeta a chance de uma mulher saudável e em idade fértil engravidar futuramente.

EXISTE FASE MÍNIMA E MÁXIMA PARA TOMAR A MEDICAÇÃO 
Verdade - Pode ser utilizada precocemente pelas meninas que planejam iniciar ou já iniciaram a vida sexual e nas mulheres até a fase de climatério e menopausa.

É NORMAL TER UM PEQUENO SANGRAMENTO DURANTE A CARTELA 
Verdade - Às vezes ocorre o chamado “spotting”, que significa escape. A troca ou o recomeço do uso do anticoncepcional pode causar sangramento vaginal bem leve porque o corpo está se adaptando aos níveis hormonais do contraceptivo. Em geral, a regularização ocorre no ciclo seguinte.

A PÍLULA PREVINE DOENÇAS SEXUALMENTE TRANSMISSÍVEIS 
Mito - O que previne o contágio de DSTs é o preservativo. Portanto, a prevenção dupla (anticoncepcional + camisinha) sempre é a melhor opção.