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Cátia Fonseca relembra imprevistos durante programas ao vivo: ''Surtar só piora''

A apresentadora garante: o segredo para ser feliz é fazer apenas o que lhe dá prazer

Karla Precioso Publicado em 29/08/2020, às 08h00

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À frente do programa 'Melhor da Tarde', ela garante estar no melhor momento de sua carreira - Instagram/@catiafonseca
À frente do programa 'Melhor da Tarde', ela garante estar no melhor momento de sua carreira - Instagram/@catiafonseca

Cátia Fonseca, de 51 anos, tem uma longa trajetória na televisão. São mais de duas décadas de carreira, passando pela RecordTV, Gazeta e a finada Manchete. 

Em 2015, lançou seu próprio canal no YouTube, em que traz entrevistas, receitas e vídeos de viagens e, desde 2017, está à frente do Melhor da Tarde, na Band. No dia 1º de agosto deste ano, também estreou na Rádio Bandeirantes, comandando o programa Do Bom e do Melhor, nas manhãs de sábado. 

Diversão e muito fôlego. Eis a receita para acompanhar a rotina dela, uma das apresentadoras mais queridas da televisão. Num papo divertido e descontraído, AnaMaria se surpreendeu com a capacidade da estrela de se dividir entre a casa, o estúdio, a família... 

Ufa! Ela é uma mulher comum, tem energia ímpar e o sorriso sempre estampado no rosto. Talvez aí esteja o segredo de tamanho sucesso. Vem ver.

CARREIRA 
Catia iniciou sua trajetória profissional na extinta Rede Mulher. Nos anos 1990, ela honrou a responsabilidade de substituir Ana Maria Braga no comando do programa Note e Anote, da RecordTV. 

Prova disso é que ela acumula mais de 25 anos ininterruptos no ar. Em 2002, retornou para a TV Gazeta para apresentar a atração vespertina Mulheres. Saiu de lá em 2017 para estar à frente do Melhor da Tarde, na Band − um passo importante para a carreira, pois ganhou novamente a visibilidade de estar ao vivo em uma emissora de alcance nacional (durante 15 anos na Gazeta, seu carisma ficou restrito ao público paulistano).

“Pensamos bem sobre como montaríamos o Melhor da Tarde, até porque fazia bastante tempo que não trabalhava em rede nacional. É ótimo ver os resultados! Mas esse formato de programa passa por ajustes diários. O que deu certo um dia, no outro pode não dar. Acaba sendo meio viciante porque a gente sempre entra sem saber direito como vai ser”, conta. 

A iniciativa de usar a cozinha de casa para fazer o programa durante a quarentena foi uma experiência inovadora: “Eu, o Neri Szimanski e o Rô [Rodrigo Ricó, marido e diretor do programa] começávamos às 8h da manhã e só parávamos às 22h. Uma trabalheira danada! Organizar a casa, as receitas, os quadros... Mas valeu a pena porque alcançamos nosso objetivo: criar mais empatia com o público. Se a hora pedia para as pessoas ficarem em casa, nós também precisávamos ficar. Somos todos iguais e nos colocamos no lugar delas. Foi um sucesso!”, confessa. 

Conhecida por sua espontaneidade, a apresentadora já viu viralizar vídeos de vários imprevistos ocorridos nos programas. 

E lida muito bem com isso: “No decorrer da carreira, fiquei mais de 220 mil horas no ar. Boa parte delas, ao vivo! Portanto, muita gafe aconteceu mesmo. Mas, se eu fosse me preocupar, perderia a naturalidade. Uma vez, um médico que estava participando pela primeira vez ficou nervoso e pôs a mão no meu joelho por baixo da mesa, pedindo socorro. Então, tentei me mostrar calma, falar mais devagar e ele relaxou. De um jeito ou de outro, a gente acaba arrumando uma maneira de contornar as coisas. O principal é deixar rolar: surtar só piora. Se o imprevisto acontece, temos que driblá-lo. Sempre lidei bem com isso. Aliás, não costumo nem planejar o que vou dizer. O público gosta disso. Sou uma mulher comum e procuro levar isso para o estúdio também. Acho que tem dado certo, né?” [risos], se diverte.

O NOVO E A INQUIETUDE 
“Sou de aproveitar as oportunidades. Faço o que sinto que vai ser bom para mim. Quando chegou o convite da Band, por exemplo, eu estava tranquila. E assim fiquei. Claro que o novo nos deixa um pouco alertas, mas logo tudo vai tomando um rumo tranquilo. Fora que adoro um desafio! Também não costumo perguntar para os outros se devo ou não fazer alguma coisa. Não podemos terceirizar nossas responsabilidades. Nesse ponto, meu lado masculino é mais forte do que o feminino. Sou muito racional, não emocional”, declara. 

Com o passar dos anos, o que as pessoas mais desejam para sua vida é sossego, comodidade e estabilidade. Isso pode valer para a maioria, mas não para Catia: “Fico irritada quando eu sei que poderia ter feito algo melhor e deixei passar. Sou muito exigente com os outros, mas também me cobro bastante. Detesto saber que poderia estar em outro patamar. Por isso, sou inquieta, agitada. Não dá para ficar parada, né? O novo só vem se corrermos atrás dele”. 

De segunda a segunda, ela pula da cama entre 6h e 6h30 da manhã. E já começa a trabalhar: “Respondo a e-mails, vejo as notícias do dia, organizo as tarefas domésticas... Tenho mil atividades para fazer como qualquer pessoa”, explica.

DE BEM COM A VIDA 
“Foi-se o tempo que achava tudo ser culpa minha. Não carrego mais o peso de precisar agradar a alguém. Preciso ser feliz . Coisas do cotidiano também não me irritam mais. Me libertei de muita coisa. Dormir com a louça suja na pia? Não podia nem imaginar isso. Agora, fecho a porta e ela que fique lá [risos]. Fui mãe pela primeira vez bem jovem, tinha 18 para 19 anos. Então, não ia para a balada, não saía. Até podia, mas colocava a maternidade em primeiro lugar. Quando meu segundo filho nasceu, tinha aquela vida: da casa para o trabalho e vice-versa, como uma mulher comum – porque eu sou uma mulher comum, repito. Mas, quando cresceram, comecei a fazer as coisas de que gostava e tinha deixado para trás.” 

E Catia ainda dá um conselho: “Mulheres que estão na minha faixa etária: é a hora de voltar a estudar, trocar de emprego, fazer o que você tiver vontade”. Viver de bem com a vida é o lema da apresentadora.

RAINHA DO MERCHANDISING 
Por estar há tanto tempo comandando programas, a apresentadora já ganhou o título de Rainha do Merchandising. Como ela encara isso? 

“É uma honra, afinal, o cliente só quer associar sua imagem a quem tem credibilidade. Se faço vários merchans, é sinal de que minha imagem agrega valor”, fala orgulhosa.

TRABALHO COM O MARIDO 
Conheci o Rodrigo há muito tempo, quando estava na RecordTV. Sempre o enxerguei como meu diretor. É ele quem comanda a aeronave, eu tenho que confiar no seu trabalho. Quando começamos a namorar, isso continuou. E permanece assim até hoje. Sabemos separar o diretor e o marido, a apresentadora e a esposa”, termina.

TEMPO LIVRE 
“Aos finais de semana, também não sou de ficar parada. Faço o almoço, cuido das plantas, arrumo os armários... Aliás, tenho mania de organização e todas as minhas coisas são etiquetadas. Aquelas manias de dona de casa mesmo. Para relaxar, assisto a tudo quanto é série e vejo muita televisão. Fico de olho em tudo!”, relata.

A VAIDADE 
A estrela da Band conta que não é vaidosa em excesso: “Em 1999, fiz uma lipoaspiração e coloquei silicone nos seios. Em 2003, troquei a prótese. Depois, não fiz mais nenhuma intervenção. Apenas aplico botox entre as sobrancelhas a cada oito meses (deveria fazer antes, mas não faço). Realizo meus exames anuais, tento ser saudável. Depois de uma certa idade, você passa a se gostar do jeito que é, sem grandes neuras. É o amadurecimento. Quero qualidade de vida, é isso que eu busco insistentemente”, afirmou ela.  

RELAÇÃO COM A CULINÁRIA 
Boa de garfo ela é, e ninguém duvida! Os quadros culinários sempre foram seu carro-chefe. E não é à toa. Além de colocar a mão na massa, de entender do riscado, Catia declara o quanto ama comer. 

“Eu penso em comida o tempo todo! Na minha família, a cozinha era o lugar de receber as pessoas. Sentávamos todos com aquele monte de comida à mesa. Por isso eu gosto de cozinhar (sempre me inspirei na minha mãe, que sustentou as filhas graças aos seus dotes culinários) e de comer também. Nossa Senhora, isso é muito bom!”. 

Ela conta ainda que prepara as próprias marmitas para almoçar durante a semana – prática cada vez mais comum entre os trabalhadores. 

“Acho mais saudável comer aquilo cuja procedência você conhece. Fora isso, é bom também porque controlo a quantidade de comida. Já que gosto de cozinhar, tem final de semana que preparo porções para 20 dias.” E o segredo é congelar os alimentos separadamente em potes pequenos: “Faço uma marmitinha só de feijão, outra de arroz, outra de carne, legumes... Assim eu trago para o trabalho o que eu estou a fim de comer no dia. Hoje, por exemplo, peguei arroz, carne moída e vagem refogada. Desse jeito a gente não enjoa e varia o cardápio. Às vezes, eu ainda trago um ovo e coloco na marmita”, finaliza dando risada.