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Crônica da Xênia: Já é tarde para tentar corrigi-los

O adolescente é visto como rebelde, mas nem toda a ousadia se justifica pela idade...

Xênia Bier Publicado em 20/07/2017, às 16h00 - Atualizado em 07/08/2019, às 17h45

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Crônica da Xênia: Já é tarde para tentar corrigi-los - Shutterstock
Crônica da Xênia: Já é tarde para tentar corrigi-los - Shutterstock
Não me lembro de quando começou o endeusamento da adolescência. Acredito, essa parcela enorme da população não tinha autonomia para consumir e, então, o mercado se movimentou com uma monstruosa propaganda, desmoralizando os mais velhos (entenda-se: os pais). O mundo foi sacudido pela apologia daqueles que não acreditavam em quem tinha mais de 30 anos. E os adolescentes adquiriram o direito de atormentar, além dos familiares, a sociedade. Não respeitam ninguém. Palavrões pesados – e não sou puritana! Mas me entristece ouvir uma linda jovem com palavras que, quando eu era moça, ou até mais velha, só ouvia na boca das mulheres chamadas... Desculpe, “da vida”, pois agora é profissão. Quando fico indignada ou magoada, logo ouço: “É a idade deles”. E porque é adolescente, o quarto precisa ser um chiqueiro?! Gavetas parecem ninho de rato. Sempre de mau humor, de mal com a vida... Dia desses, berrei: “Parecem anticristos!” As mídias supervalorizaram tanto os adolescentes que não há mais como os pais colocarem limites. Quer ir ao cinema à tarde, esquece. Eles não vão pelo filme, mas para infernizar com o celular. A pipoca, a gritaria... Como os professores aguentam? Não concordo que se dê liberdade para quem não tem maturidade para vivenciá-la. Me assusta o cinismo, a falta de respeito com os “autores da idade”, os pais. São todos iguais. Falam a mesma língua, usam as mesmas roupas e aniquilam os velhos com a mesma crueldade. Socorro!


“Não concordo que se dê liberdade para quem não sabe vivenciá-la. Me assusta o cinismo e a falta de respeito dos jovens com os pais”