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Entrevista Alexandre Nero

“Fui só o coadjuvante do ano em casa”

Luciana Bugni e Roseane Santos Publicado em 01/04/2016, às 10h00 - Atualizado em 07/08/2019, às 17h44

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Entrevista Alexandre Nero - Cadu Pilotto
Entrevista Alexandre Nero - Cadu Pilotto
Alexandre Nero está em um momento especial. Na vida profissional, encara seu segundo protagonista, o complexo Romero Rômulo, de A Regra do Jogo. Em casa, diz viver um papel de coadjuvante: o de pai de primeira viagem. Noá, seu filho com a produtora de moda Karen Brusttolin, nasceu em dezembro e o ator se derrete em elogios para falar dos dois. 
“Quero deixar explícita minha admiração por essa dupla dinâmica, popularmente conhecida como mãe e filho. Fui o sub-
sub-sub-subcoadjuvante do ano em casa (aquele ator que faz a árvore na peça do colégio) para que esses dois guerreiros pudessem ser indiscutivelmente os astros principais. Foram e são sucesso de público e crítica”, ele postou em sua conta no Instagram com uma foto dele, de Karen e Noá. 
Mesmo com a rotina puxada de gravar a novela das 21h, vira e mexe Nero mostra nas redes sociais que está cuidando do filho. “Aquele clichê de pais babões e cafonas de que ‘é uma sensação diferente’, ‘algo inexplicável’ ou ‘momento mágico’ é a mais pura verdade. Beijos com sorriso bobo-alegre e a esperança alegre e boba que amanhã acordemos num mundo mais gentil”, declarou quando seu menino nasceu. A seguir,  a entrevista que ele deu sobre Romero Rômulo, o personagem polêmico que encarna na novela.



Já é seu segundo protagonista em horário nobre, em pouco tempo. Como se sente? 

Personagem bom não tem nada a ver com ser protagonista. Eu estou louco para fazer só uma pontinha [risos], porque descansar às vezes é bom. As pessoas confundem muito. Você pode pegar um papel grande e ser ruim e também pegar um pequeno e transformá-lo em um personagem interessante.



Poderíamos dizer que o Romero tem dupla personalidade? 

A personalidade dele é tripla. Ele é um camaleão e vai se vestindo conforme as próprias necessidades. Acho que vêm muitas surpresas e serão desmascaradas algumas pessoas. Os bonzinhos fazem coisas ruins e os malvados fazem uma bondade. Acho que é assim na vida real. Todo mundo dança entre o bem e o mal o tempo inteiro.



O fato de ele ser tão humano ajudou a criar empatia com o público? 

Todos os meus personagens são assim, eu só consigo entender gente desse jeito, com defeitos e qualidades. Não consigo fazer de outro jeito, a não ser que eu faça um príncipe encantado ou um vilão da Disney, que aí seria uma ilha da fantasia.



E você sabe quem ele é?

Sim, mas ele não [risos]. O Romero não sabe quem ele é. Às vezes, eu olho para ele e acho que é um cara totalmente perdido. Quando quer ser mal, não consegue ser do jeito que ele gostaria e quando quer ser bom, também não consegue ser tão bom assim. Ele consegue ser um bandido e um anjo incompetente.



Como perdeu  10 kg em pouco tempo? Se privou de alguma coisa? 

Eu me privei de vida vagabunda e fui fazer exercício. Já não comia muita fritura, mas cortei um pouco dos carboidratos. Só as bebidas nas festinhas é que fizeram falta, essa é a parte chata [risos]. Quando se fala em emagrecer, as pessoas vão atrás de um milagre que não existe. Eu consegui perder 10 kg porque levei a sério, busquei profissionais para me ajudar.