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Filha de Bussunda desabafa sobre a morte do pai: ''Achei uma injustiça enorme''

Hoje, a herdeira acredita que o pai mudaria seu estilo de piadas e teria uma conversa sobre “como anda o mundo”

Da Redação Publicado em 15/06/2021, às 11h52 - Atualizado às 11h56

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Júlia Besserman dirige um dos episódios de série sobre o pai, Bussunda - Lucas Seixas/Globo
Júlia Besserman dirige um dos episódios de série sobre o pai, Bussunda - Lucas Seixas/Globo

A professora Júlia Besserman, filha do humorista Bussunda, recordou toda a trajetória do pai no documentário ‘Meu Amigo Bussunda’, que estreia no Globoplay na próxima quinta-feira (17), data em que marca os 15 anos de morte do humorista. Em entrevista ao jornal O Globo, a moça contou que desenvolveu miopia após a morte do pai e ainda revelou o que teria dito para evitar que ele tivesse morrido.

“Queria que soubesse que foi um put* pai mesmo pelo tempo curto, que isso eu não por trocaria por nada”, conta ela, que faz terapia há 10 anos e precisou reformular alguns sentimentos, como a culpa e a revolta: “Pensava: ‘Se tivesse ligado no dia, talvez ele tivesse ido ao médico’ ou ‘Se estivesse perto, não teria acontecido’. Essas fantasias que a gente cria”.

Quando recebeu a notícia da morte do pai, Júlia não se conformou. “Me perguntei: ‘Por quê?, Por que com a gente?’. Achei uma injustiça enorme. A sensação foi de um balde de água fria, que gela da cabeça aos pés. Imediatamente, comecei a chorar”.

Apesar da miopia ser algo hereditário, Besserman acredita que o sofrimento do luto potencializou a doença. Depois que a condição se desenvolveu, ela não voltou mais à praia, local onde ela mais frequentava com Bussunda. Júlia também foi resistente à terapia.

“No início, não quis fazer. Tive a sensação de que tinha que passar por cima dos meus sentimentos. Fiquei de luto por um mês, e voltei à escola na época das provas. Botei na minha cabeça que tinha sido suficiente. Aí, cheguei na faculdade muito mal. Claramente, não lidei com nada”, declarou.

Se o pai estivesse vivo, ela saberia quais seriam seus interesses hoje: “Cheguei a um ponto do luto em que nem sinto mais pena por mim, mas pelo que ele não pôde presenciar. Minhas formaturas, eu virar professora... Ele não viu os filme da Marvel, adorava quadrinhos. Ia adorar Tik Tok, se amarraria em rede social por vídeo. A questão do humor eu não ia questionar, seria o último assunto que puxaria, não ia gastar o encontro com isso. Seria mais colocar o papo em dia sobre o mundo mesmo”.