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Gabi Brandt amamenta filho de cunhada; conheça os perigos da amamentação cruzada

Blogueira Gabi Brandt amamenta filho da cunhada; entenda os riscos da amamentação cruzada

Marcela Del Nero Publicado em 09/07/2019, às 11h19 - Atualizado em 07/08/2019, às 17h47

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Gabi Brandt e sua cunhada, Sarah Pôncio - Reprodução/Instagram
Gabi Brandt e sua cunhada, Sarah Pôncio - Reprodução/Instagram

Gabi Brandt, influenciadora digital, deu à luz seu primeiro filho, Davi, com o cantor Saulo Pôncio, da dupla UM44K, na última sexta-feira (5).

Após a chegada em casa, a blogueira decidiu amamentar o filho de sua cunhada, Sarah Pôncio, irmã de Saulo. A prática foi duramente criticada nas redes sociais. (Confira imagem abaixo)

Apesar de ser uma história aparentemente comum, este é um exemplo de amamentação cruzada. Você sabe o que é isso? AnaMaria Digital foi atrás de todas as informações sobre o assunto.

NÃO É INDICADO
A prática de mães amamentarem filhos de outras mães, conhecida como amamentação cruzada, foi contraindicado formalmente pelo Ministério da Saúde e Organização Mundial da Saúde (OMS) e traz diversos riscos para a criança.

Segundo a pediatra Rosa Maria Negri Alves, do Departamento de Aleitamento Materno da Sociedade Brasileira de Pediatria (SBP), um bebê só deve mamar do peito da sua própria mãe por conta do risco de transmissão de infecções. Ela ainda ressalta que a SBP também é totalmente contra a amamentação cruzada.

Lelia Cardamone, pediatra e membro do Departamento de Aleitamento da Sociedade de Pediatria de São Paulo (SPSP), relembra que a prática não é permitida desde que foi constatado que algumas doenças infectocontagiosas, como a AIDS, podem ser transmitidas durante o aleitamento materno.

O QUE FAZER CASO NÃO CONSIGA AMAMENTAR?
A primeira orientação é buscar ajuda junto ao seu médico, pediatra ou a unidade onde teve o seu filho. Caso não consiga nenhum auxílio, a mulher pode procurar um Banco de Leite Humano (BLH). Existem 221 no Brasil (veja localizações)

Para Lelia, a melhor opção quando não há leite materno é o banco de leite. "A diferença fundamental é que o material doado diretamente por uma outra mãe é pasteurizado nessas unidades, o que o isenta de qualquer possibilidade de transmissão de doenças", diz. 

Ambas as especialistas ressaltaram que uma mãe nunca deve amamentar outra criança que não seja o seu próprio filho. Isso porque, mesmo se esta mãe estiver com os exames normais, ou mesmo se teve uma gravidez tranquila, ela pode estar em uma janela imunológica e esse bebê corre o risco de contrair alguma doença.


(Foto: Reprodução/Instagram)