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Globo e Drauzio Varella terão que pagar R$ 150 mil para pai de menino morto por Suzy

Emissora exibiu reportagem em que o médico presta apoio; matéria repercutiu

Da Redação Publicado em 23/06/2021, às 11h14 - Atualizado às 11h15

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Reportagem de Drauzio Varella com Suzy Oliveira no 'Fantástico' - TV Globo
Reportagem de Drauzio Varella com Suzy Oliveira no 'Fantástico' - TV Globo

A TV Globo e Drauzio Varella terão que pagar R$ 150 mil por danos morais após a exibição de uma reportagem que foi ao ar no 'Fantástico', em março de 2020. Na ocasião, o médico prestou apoio para a detenta Suzy Oliveira, o que fez com que a matéria repercutisse. 

Mais tarde, veio à tona de que Suzy foi condenada pelo homicídio de uma criança de nove anos. Assim, o pai do menino que morreu foi procurado pela imprensa para voltar a falar do caso. O processo afirma que ele "sofreu novo abalo psicológico ao reviver os fatos". Além disso, também é usado como argumento a "piedade social" devido à repercussão da entrevista da detenta no programa.

A decisão da Justiça em primeira instância foi assinada pela juíza Regina de Oliveira Marques, do Tribunal de Justiça de São Paulo. 

“Por todo o exposto, julgo parcialmente procedente o pedido inicial para condenar solidariamente os requeridos ao pagamento ao autor de indenização por danos morais no importe de R$ 150.000,00 devidamente corrigido e acrescido de juros de 1% ao mês, ambos desde a data da sentença até o efetivo pagamento”.  Tanto Drauzio, quanto a TV Globo ainda podem recorrer.

PEDIDO DE DESCULPAS
Dias após a exibição da reportagem, Drauzio pediu desculpas à família da vítima de Suzy. “Posso imaginar a dor e peço desculpas para a família do menino que foi involuntariamente envolvida no caso”. 

O médico ainda destacou o principal objetivo da reportagem: “Na matéria em questão, o foco era mostrar as condições que vivem as transexuais presas. A imensa maioria delas está presa por roubo e furto. A maneira como ela foi apresentada deu a entender que ela fazia parte desse grupo maioritário. Por isso eu entendo a frustração de quem se decepcionou comigo”, explicou.

“Eu lamento, mas assumo totalmente a responsabilidade pela repercussão negativa que o caso tomou”, afirmou o médico. 

A reportagem, que mostrava o descaso, preconceito e abandono de detentas trans alocadas em unidades prisionais masculinas, movimentou as redes sociais e gerou grande comoção, principalmente em relação a história de Suzy, que não recebia visitas há oito anos.