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Karina Bacchi fala sobre aprendizados na quarentena: ''Valorizar as pessoas e agradecer sempre''

A apresentadora é mãe de Enrico, de 2 anos, e esposa de Amaury Nunes

Tainá Goulart Publicado em 11/07/2020, às 08h00 - Atualizado em 14/07/2020, às 18h54

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A celebridade passou as férias em Punta Cana com a família antes da pandemia - Instagram/@karinabacchi
A celebridade passou as férias em Punta Cana com a família antes da pandemia - Instagram/@karinabacchi

O medo e todos os transtornos da pandemia de COVID-19 não abalaram a união da família da apresentadora Karina Bacchi

Apesar de morar no mesmo condomínio que os pais, Ítalo e Nádia, ela manteve o distanciamento deles. 

Porém, aprendeu a valorizar ainda mais suas origens, sem perder a energia para brincar e se divertir com o filho, Enrico, ao lado do marido, Amaury Nunes.

Confira a entrevista exclusiva completa.

COMO FOI O COMEÇO DA PANDEMIA PARA VOCÊ E SUA FAMÍLIA? 
Nós nos preservamos desde o início das notícias de pandemia, tanto que decidimos afastar o Enrico da escola duas semanas antes do fechamento obrigatório. Realmente, nós nos afastamos de todos, inclusive dos meus pais, que moram na casa vizinha, no mesmo condomínio. Eles são do grupo de risco, pois ele tem 70 anos e ela, 72. Não podíamos arriscar. 

E A ROTINA EM CASA, QUAIS FORAM AS ADAPTAÇÕES QUE FIZERAM? 
Como dispensamos as funcionárias, eu e o Amaury passamos a fazer tudo, trabalhando em parceria mesmo [risos]! Incluímos todos os trabalhos domésticos, dividimos as tarefas, para manter a casa em ordem. Fomos adaptando, mudando e dialogando bastante. E isso fortaleceu muito a nossa relação e a compreensão com os dilemas do outro. 

Nós tivemos que dividir melhor o nosso tempo, compreender o cansaço do outro e equilibrar o que podíamos. Acho que nossas raízes juntas ficaram mais profundas, sabe? Sem contar que tivemos que nos desdobrar para manter o Enrico entretido. Quanta energia!

QUAIS FORAM AS SUAS PREOCUPAÇÕES COM O ENRICO? 
No início, ele perguntava muito o motivo de não poder visitar os avós, ver os amiguinhos da escola e ir à praia, por exemplo. Meu coração ficava apertado nessas horas, porém, com paciência, fui explicando e as rotinas foram se ajustando bem, com muitas atividades com ele. Gosto bastante de criar com Enrico e não faltou imaginação. 

Fizemos receitas juntos na cozinha, pinturas, brincamos de esconde-esconde − e até ajudou a gente em algumas tarefas de casa. O Amaury, claro, joga bastante bola com ele e é o responsável pelas aulinhas de inglês do Enrico. O nosso filho é um menino muito carinhoso e atencioso com o que a gente propõe, mas, realmente, ele estava sentindo muita saudade dos avós…

DE QUE MANEIRA VOCÊ DECIDIU QUE PODERIA VOLTAR A VER SEUS PAIS? NÃO TEVE MEDO DE CONTAMINAÇÃO? 
Não só a saudade do Enrico, mas todos nós estávamos sentindo falta da companhia e da união. Eu e meus pais somos muito unidos mesmo. Então, depois de mais de dois meses em isolamento total, todos nós fizemos exames para detectar o vírus e todos deram negativo. Com isso em mãos, nós decidimos nos encontrar e voltar a conviver apenas entre as nossas casas, que são vizinhas. Porém, com todas as medidas de proteção e higienização, pois ainda não podemos relaxar neste ponto. 

QUAL FOI A SENSAÇÃO DE REVER ‘DE VERDADE’ A SUA FAMÍLIA, DEPOIS DE TANTO TEMPO? MUITA EMOÇÃO? 
A sensação do reencontro foi muito boa, incrível. Nós trocávamos mensagens no celular, fazíamos conversas por vídeo, mas não é a mesma coisa. Aquela angústia que estava no nosso coração deu lugar à sensação de união. Essa convivência estava fazendo muita falta, como nossos almoços de domingo, o bate-papo cara a cara. Parece que isso dá mais força e esperança no coração, com tanta coisa ruim que está acontecendo. 

QUAIS AS PREOCUPAÇÕES QUE VOCÊS TOMAM QUANDO SE ENCONTRAM? 
Quem sai de casa, nas raras vezes, sai com máscaras o tempo todo, o álcool-gel na bolsa e luvas descartáveis, dependendo da situação. Mas evitamos sair ao máximo, só para compromissos indispensáveis, como mercado e farmácia, quando é necessário. 

Eu mesma, nos últimos tempos, só saí para fazer alguns exames e para entregar algumas doações de diversos tipos, que conseguimos para as centenas de famílias da comunidade de Paraisópolis, em São Paulo, por meio da Ong Florescer, que eu e minha mãe tocamos.

ANTES DA PANDEMIA, VOCÊ E TODA A FAMÍLIA FIZERAM UMA VIAGEM PARA PUNTA CANA... COMO FOI ESSE MOMENTO? 
Nossa última viagem em família foi para Punta Cana, em fevereiro, e ficamos no Hotel TRS Grand Palladium. Foi incrível, pois comemoramos os 50 anos de casados dos meus pais. Aproveitamos muito juntos, o mar e as belezas da região, tipo exploradores. O Enrico se divertiu tanto no mar, nas piscinas, brincando e descobrindo coisas novas. Inesquecível! E acho até que a viagem nos ajudou a ficar ainda mais unidos. Quem sabe não foi uma preparação para aguentar o que estava por vir?

COM A PANDEMIA, O QUE MUDOU NA FORMA COMO VOCÊ ENXERGA A SUA VIDA E O MUNDO AO REDOR? 
Com certeza, eu fortaleci ainda mais a minha convicção de que o essencial está nas relações verdadeiras de amor e a minha fé em Deus. Além de ser muito importante valorizar o que já conquistamos, as pessoas que estão ao nosso redor e agradecer sempre. A maior virtude do ser humano está em saber enxergar e valorizar a essência de cada um. E, com esta pandemia, nós conseguimos ver claramente como tudo está interligado.

E NA SOCIEDADE, O QUE VOCÊ ACHA QUE MUDOU NAS RELAÇÕES ENTRE AS PESSOAS?
Eu sinto que a pandemia também funcionou como uma lupa, como se estivesse ampliando a visão de todos sobre vários assuntos importantes. Muitas deficiências estão aparecendo, tanto as individuais quanto as coletivas. Estamos tendo a oportunidade de nos deparar com muita coisa, que poderá nos ajudar a evoluir bastante, aproveitando essa maior transparência para nos fortalecer.