AnaMaria
Busca
Facebook AnaMariaTwitter AnaMariaInstagram AnaMariaYoutube AnaMariaTiktok AnaMariaSpotify AnaMaria

Manter a vida sexual ativa durante a gravidez é seguro, sim...

...e até recomendado pelos médicos

Júlia Arbex Publicado em 20/10/2017, às 14h00 - Atualizado em 07/08/2019, às 17h45

WhatsAppFacebookTwitterFlipboardGmail
A gravidez não precisa ser um impedimento - iStock
A gravidez não precisa ser um impedimento - iStock
A gravidez é um período de muitas transformações pra mulher: a barriga cresce, os seios aumentam, ficamos mais sensíveis, o sono não é mais o mesmo... Já o sexo vira tabu até para quem é bem resolvido! “Existem muitos mitos que envolvem a sexualidade
durante a gestação e que acabam complicando a vida do casal. Algumas pessoas acreditam, inclusive, que as relações podem prejudicar o bebê”, diz a ginecologista e terapeuta sexual Mariana Maldonado. A seguir, entenda o que é mito e o que é verdade:

Os médicos acham melhor evitar o sexo durante os nove meses.
Mito. Se não houver nenhuma ameaça de aborto ou de parto prematuro, não há motivos para não ter relações sexuais. Os médicos, inclusive, até recomendam. “Além de aumentar a cumplicidade do casal, o sexo pode passar boas energias para o bebê”, explica
a ginecologista.

Transar na gestação faz bem pra saúde
Verdade. O sexo ajuda a controlar a ansiedade, melhora a autoestima e reduz a pressão arterial.

Não é bom que a mulher tenha orgasmos se estiver grávida.
Mito. Segundo a especialista, vários estudos mostram que durante o orgasmo da mãe, a sensação de bem-estar e relaxamento é passada também para a criança.

A penetração pode machucar o bebê.
Mito. Há quem pense que durante a penetração vaginal o pênis pode chegar tão fundo a ponto de machucar o bebê, mas isso não acontece. No entanto, Mariana lembra que se existir qualquer ameaça de aborto ou de parto prematuro, a penetração vaginal deve ser feita somente se o médico liberar.

Grávidas são seres divinos e não devem ser desejadas.
Mito. “As grávidas continuam sendo mulheres e, obviamente, sentem desejo e querem, sim, que seus parceiros tenham atração por elas”, afirma.

O orgasmo pode provocar o parto.
Mito. Em uma gravidez normal e sem riscos, as contrações uterinas desencadeadas pelo orgasmo são curtas e breves, não sendo
suficientes para iniciar um trabalho de parto.

A barriga atrapalha a vida sexual do casal.
Verdade. Determinadas posições ficam praticamente impossíveis no final da gravidez, como a clássica “papai e mamãe”. Mas não é por isso que o casal não vai mais transar. “A gravidez exige que os dois se reinventem e descubram novas posições sexuais. Vale lembrar que o sexo não se limita à penetração. O casal pode partir para o sexo oral, masturbação mútua, toques e carícias”, diz.

Grávidas sofrem com queda da libido.
Mito e verdade. A ansiedade, os medos, o estresse e as alterações hormonais podem influenciar de maneiras diferentes no desejo de
cada gestante. “Algumas mulheres ficam com a autoestima baixa e não se reconhecem em seu próprio corpo. Então, cabe aos companheiros estimulá-las e fazer com que as mudanças da gravidez sejam algo positivo e um diferencial na hora da relação sexual”, explica. Outras mulheres, no entanto, ficam com mais vontade de transar durante a gravidez.

Algumas posições são mais confortáveis do que outras
Verdade. Durante a gravidez, algumas posições sexuais ficam desconfortáveis e, até, impraticáveis. As mais indicadas são a
“conchinha” ou a de “quatro apoios”.

A lubrificação vaginal diminui.
Mito. Cada mulher tem uma sensibilidade diferente, mas a lubrificação tende a ser até maior durante a gestação, o que torna o sexo mais prazeroso.

A grávida e o bebê não estão livres de doenças.
Verdade. Algumas doenças sexualmente transmissíveis, como a herpes, a sífilis, o HPV e o HIV, podem ser transmitidas para o feto
ainda no útero ou durante o parto. Por isso, durante a gravidez, é importante que a mãe continue usando preservativo e faça um bom pré-natal.

Há casos em que o sexo é contraindicado.
Verdade. Isso acontece em alguns casos especiais, como quando a mulher tem um histórico de abortos, sangramentos, ou caso a bolsa tenha se rompido antes do previsto.