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Marilia Mendonça: torres violavam a proteção do aeroporto de destino da sertaneja

Artista morreu em um acidente aéreo no interior de Minas Gerais (MG)

Da Redação Publicado em 05/11/2021, às 20h13 - Atualizado às 21h22

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Torres perto do aeroporto podem ter motivado acidente de avião com Marilia Mendonça - Instagram/@mariliamendoncacantora
Torres perto do aeroporto podem ter motivado acidente de avião com Marilia Mendonça - Instagram/@mariliamendoncacantora

Marilia Mendonça morreu em um acidente de avião, na tarde desta sexta-feira (5). A aeronave que levava a cantora para o aeroporto de Ubaporanga, em Minas Gerais, caiu na zona rural de Piedade de Caratinga. Diante da tragédia, começaram as apurações do que pode ter causado a queda.

De acordo com o relatório obtido pelo portal R7, o sistema de informações aeronáuticas do aeroporto aponta que haviam torres de alta tensão em montagem, oferecendo risco a aproximação de aeronaves.

O relatório Infotemp indicou que as torres instaladas violavam a proteção do aeroporto de Ubaporanga. O relatório aponta ainda que a irregularidade foi divulgado pelo sistema nos dias 3 de julho e 13 de setembro.

A Companhia Energética de Minas Gerais (Cemig) confirmou que o avião bimotor, que transportava Marília e as outras quatro vítimas, atingiu o cabo de uma torre de distribuição da empresa, em Caratinga, no Vale do Rio Doce. Cerca de 33 mil clientes da região estão sem energia. Além disso, nos últimos meses, pilotos relataram que os mesmos fios atrapalhariam o pouso no aeroporto.

As Forças Aéreas Brasileiras (FAB) fará uma perícia nos destroços da aeronave, ouvirá testemunhas e investigará documentos de inspeções técnicas e manutenções para investigar o acidente.

A Aeronáutica informou ainda que "investigadores do Terceiro Serviço Regional de Investigação e Prevenção de Acidentes Aeronáuticos (SERIPA 3), localizado no Rio de Janeiro (RJ), órgão regional do Centro de Investigação e Prevenção de Acidentes Aeronáuticos (CENIPA)" foram deslocados para o local da tragédia com o objetivo de apurar o ocorrido. 

IRREGULARIDADES
O avião, um bimotor King Air da Beech Aircraft, funcionava como um táxi aéreo e tinha capacidade para suportar 4,7 mil quilos, podendo levar até 6 passageiros.

Segundo a Agência Nacional de Aviação Civil (Anac), o avião de Marília Mendonça estava com a documentação em dia e tinha autorização para fazer táxi aéreo.

No entanto, a CNN Brasil apurou que o órgão foi procurado em junho pela Procuradoria da República em Goiás para fiscalizar supostas irregularidades da empresa PEC Táxi Aéreo, dona da aeronave. 

A empresa estaria desrespeitando a jornada de trabalho dos pilotos e tripulação, e operando com equipamentos de segurança fora das normas. Além disso, o avião que carregava a sertaneja estaria com problemas no para-brisas, o que prejudicava a visualização para pousos e decolagens.