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Morre Jô Soares, aos 84 anos

Esposa do humorista confirmou o falecimento na madrugada desta sexta-feira (5)

Da redação Publicado em 05/08/2022, às 07h16

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Jô Soares morreu em São Paulo (SP) - Globo/Zé Paulo Cardeal
Jô Soares morreu em São Paulo (SP) - Globo/Zé Paulo Cardeal

Morreu o humorista e apresentador Jô Soares, aos 84 anos, na madrugada desta sexta-feira (5). De acordo com uma publicação da esposa do artista, Flávia Pedras, na redes sociais, o ator faleceu em São Paulo (SP), no Hospital Sírio Libanês. A causa da morte não foi divulgada.

"Faleceu há alguns minutos o ator, humorista, diretor e escritor Jô Soares. Nos deixou no hospital Sírio Libanês, em São Paulo, cercado de amor e cuidados", escreveu Flávia.  Jô estava internado desde o último dia 28, para tratar de uma pneumonia.

Ela informou que o funeral do artista será restrito aos familiares e amigos.  Ainda não há informações de data e horário da despedida. 

Confira a publicação de Flávia Pedras na íntegra:

ÚLTIMAS APARIÇÕES 

José Eugênio Soares, conhecido como Jô Soares, não aparecia nas telinhas desde o fim do talk show ‘Programa do Jô’ na Globo, em 2016. Entretanto, em 2021, ele apareceu na imprensa pela última vez. O apresentador estava sendo vacinado contra a covid-19 e cedeu uma entrevista ao Jornal Nacional.

“É fundamental fazer uma campanha porque eu sei que tem gente que toma a primeira dose e não toma a segunda, eu não entendo, e tem gente que não toma a vacina. Isso é realmente uma coisa medieval”, disse ele.

Já em 2020, o humorista deu uma entrevista para o ‘Provoca’, apresentado por Marcelo Tas, da TV Cultura. Na época, Marcelo tinha perguntado a Jô se havia alguma mágoa por estar fora da TV por muito tempo. “Eu acho que consegui fazer a minha carreira no período correto. Quando eu acabei o meu programa, a televisão já estava em decadência. Não estou falando isso num sentido ruim, é uma coisa histórica”, respondeu ele.

Sincero, Jô Soares tinha dito na época que não tinha medo da morte: “Eu não tenho medo da morte, tenho medo de ficar improdutivo. Só espero morrer ‘pá, acabou’. Fiquei com medo de ficar velho quando eu passei dos 40, depois dos 80 eu já estou acostumado”.

Vale lembrar que o apresentador morava em um apartamento no bairro de Higienópolis, em São Paulo (SP).

HISTÓRIA

Filho único do empresário paraibano Orlando Heitor Soares e da dona de casa Mercedes Leal Soares, José Eugênio Soares nasceu no Rio de Janeiro em 16 de janeiro de 1938. Também teve apenas um filho, Rafael Soares, que era autista e morreu em 2014, aos 50 anos. Rafael era fruto do relacionamento com a atriz Therezinha Millet Austregésilo, com quem Jô Soares foi casado entre 1959 e 1979.

Ainda pequeno, Jô Soares morou no anexo do hotel Copacabana Palace e aos 12 anos mudou-se para a Europa, onde viveu por cinco anos. Estudou na Suíça, aprendeu vários idiomas e queria ser diplomata. Mas a arte falou mais alto. Voltou com a família para o Brasil em 1958 e começou a frequentar aulas de teatro.

Já em 1959, interpretou o papel de um americano na chanchada “O Homem do Sputnik”, de Carlos Manga, estrelada por Oscarito; escreveu para o “TV Mistério”, programa da TV Continental, dirigido por Adolfo Celli, com Paulo Autran e Tônia Carrero no elenco; e começou a trabalhar na TV Rio, incentivado pelo dramaturgo e humorista Silveira Sampaio, em programas como “Noites Cariocas”.

Mudou-se para São Paulo em 1960 e começou a trabalhar na TV Record escrevendo o “Simonetti Show” e atuando em programas como o “La Reuve Chic”, “Jô Show”, “Quadra de Azes”, “Show do Dia 7” e “Você é o Detetive”. Jô Soares também interpretou o mordomo do seriado “A Família Trapo” com Otello Zeloni, Renata Fronzi, Ronald Golias, Cidinha Campos e Renato Corte Real no elenco.

A estreia na TV Globo aconteceu em 1970 com ‘Faça Humor, Não Faça Guerra’. Três anos depois, atuou como ator e redator ao lado de Max Nunes e Haroldo Barbosa em o ‘Planeta dos Homens’. Ganhou destaque com ‘Viva O Gordo’ (1981), época em que criou o bordão “Um beijo do Gordo!”. O título veio da peça “Viva o Gordo e Abaixo o Regime!”, sucesso do teatro no qual o humorista fazia críticas veladas
à ditadura.